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Tipo de gerentes

Por:   •  27/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.992 Palavras (12 Páginas)  •  246 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

INSTITUTO UFC VIRTUAL

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

DISCIPLINA DE SEMINÁRIO TEMÁTICO III– TÓPICOS ESPECIAIS EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 

GESTÃO NO SETOR PÚBLICO

MODELO GERENCIALISTA NO HOSPITAL GERAL DA POLÍCIA MILITAR JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR

Francisco Antonio de Oliveira 
Karine Carliane Moreira 
Marzio Airton dos Santos Ferreira 
Silvia Helena Sales Batista 
Thaís Venancio de Paiva

FORTALEZA

2013

Introdução

O presente trabalho tem o propósito de conhecer a gestão do Hospital Geral da Polícia Militar José Martiniano de Alencar, instituição pública cearense, da esfera estadual do governo, localizada na cidade de Fortaleza. Trata-se de um estudo visando conhecer qual é o tipo de gerência da unidade hospitalar: sua rotina, seus processos, seus valores e desafios. Também se pretende analisar a forma e o modelo de gestão organizacional, bem como as características e os resultados da instituição.

O HGPMJMA foi a instituição escolhida pela possibilidade conferida à equipe de vivenciar a rotina diária de um hospital público, de maneira que esse subsistema governamental pôde ser melhor compreendido pelo grupo de estudantes de Administração em Gestão Pública.

        Na organização em foco, recentemente ocorreu uma mudança em sua administração: o referido nosocômio foi transferido do âmbito da Polícia Militar para a rede SESA/SUS, da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Essa modificação permitiu a realização de uma análise comparativa entre dois modelos de gestão (burocrático e gerencial) e dois tipos de organização (linear e funcional).

O trabalho de campo foi realizado e os procedimentos metodológicos utilizados foram entrevistas e consulta ao acervo da instituição. Funcionários, civis e militares, responderam ao questionário. Na coleta de dados documentais, foram analisados alguns recreatórios da direção administrativa.

As perguntas feitas pela equipe se concentraram em buscar informações sobre como era o modelo de gestão anterior, como é o modelo de gestão atual, e a diferença entre ambos. Assim, foi possível conhecer a visão dos funcionários a respeito da mudança administrativa ocorrida no hospital.

        A importância do estudo desse tema reside na busca do entendimento de distintas formas de gestão e da reestruturação organizacional com o intuito de preservar a vida da referida instituição e, consequentemente, buscar o crescimento da mesma, proporcionando eficácia e efetividade ao serviço público.

Histórico dos Modelos de Gerenciamento do Estado

Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, que ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua lei é uma Constituição. É dirigido por um governo soberano, reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da força e da coerção (CICCO; GONZAGA, 2009).

Sobre os tipos de Estado, Bobbio (1986) diz que, à base do critério histórico, a tipologia mais corrente e mais acreditada junto a historiadores das instituições é a que propõe a seguinte sequência: Estado feudal, Estado estamental, Estado absoluto e Estado Representativo. Historicamente, também se desenvolveram diversas formas de gerenciamento estatal que acompanharam as mudanças nos formatos de Estado.

O feudalismo era caracterizado pelo absolutismo e por uma organização social bem delimitada, com raras possibilidades de mobilidade, isto é, dificilmente alguém subia ou descia de sua camada na sociedade. Por ser um regime monárquico, o chefe de Estado mantinha-se no cargo até sua morte ou abdicação, e geralmente a sucessão era dada por critérios hereditários. Na Baixa Idade Média, início do declínio do feudalismo, os senhores feudais detinham poder militar e judicial, e tinham o direito de cunhar as suas próprias moedas, pois o comércio estava renascendo e, junto com ele, o lucro.

A geração de excedentes advindos das relações comerciais fez surgir uma nova classe social: os burgueses. Este grupo não tinha laços com a terra, tampouco com a monarquia e logo começou a reivindicar mais espaço na sociedade. Assim, mais tarde, em 1789, a burguesia faz a Revolução Francesa, exigindo o Estado de Direito. A partir de então, o Estado começa a se organizar em torno de uma Constituição e os interesses coletivos passam a ser vistos com mais atenção e seriedade.

A Revolução Francesa ajudou a expandir um conceito que já vinha desde a Idade Média e que teve notável evolução na Revolução Americana: o liberalismo. Os liberais também defendiam o Estado de Direito, com o acréscimo do governo com poder limitado e o total respeito à propriedade privada e ao livre mercado. A doutrina liberal perpassou séculos e chegou até o final do século XX, ganhando uma nova versão que será vista mais adiante: o neoliberalismo.

 As ideias liberais, aliadas aos efeitos da Revolução Industrial, trouxeram um elevado crescimento econômico que não encontrou pilares suficientes para sua sustentação. O avanço tecnológico acarretou um enorme aumento da produção, mas sem a possibilidade de escoamento, pois a política de salários não era feita de forma proporcional ao ritmo industrial. Esse cenário gerou a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, cujo impacto fez com que o governo adotasse uma postura intervencionista, através de planos de recuperação da economia.

Em 1936, John Maynard Keynes - por meio do seu livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda - defendeu a intervenção estatal dividida em dois formatos: o modelo de bem-estar social e o modelo desenvolvimentista. No primeiro, também conhecido por Welfare State, o Estado promove e defende a economia, regulamentando as políticas socioeconômicas em parceria com sindicatos e entidades privadas. Já no segundo a ênfase reside no apoio e financiamento da industrialização, da infraestrutura urbana e da modernização da agricultura.

 Para Medeiros (2001), as políticas surgidas no Brasil, no início dos anos 1920, já constituíam um esboço da formação do Estado do bem-estar social brasileiro, cuja função era atuar como instrumento de controle dos movimentos de trabalhadores no país. O Estado desenvolvimentista teve forte presença na história da economia brasileira em dois momentos: no governo de Juscelino Kubitschek, na década de 1950; e nos governos militares dos anos 1970.

Entretanto, ainda na Era Vargas, houve uma mudança nos padrões da administração pública brasileira. Teve início o esforço para extinguir o patrimonialismo, no qual o aparelho do Estado funcionava simplesmente como uma extensão do poder para quem estava no comando. Getúlio Vargas, inspirado nas ideias de Weber, implanta a administração burocrática, buscando princípios tais como o formalismo, a meritocracia e a impessoalidade.

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