Trabalho Historia do Direito

As mudanças de cuba, o que o povo espera do futuro após a reaproximação com os estados unidos, rotinas dos habitantes da capital havana, as moradias fornecidas pelo governo, como funciona a iniciativa privada em um país socialista e a medicina que salva vidas ao redor do mundo. Jornalista Mauro Tagliaferri e Gabriel gravina.

O repórter fala do jeitinho cubano de se adaptar a uma economia que parou no século passado, tudo que vc ouviu falar sobre cuba provavelmente é verdade, é verdade que visitar a capital havana parece uma viagem no tempo uma volta a primeira metade do  século passado ou mesmo antes um museu a céu aberto com casarões edifícios e monumentos, os estilos se misturam, a decadência, o desgaste e o abandono são as características em comum é verdade que em recursos escassos há sorriso e simpatias de sobra, existem amplas e arborizadas avenidas, sem qualquer arranha céu o calor latino do verão quase 40 graus as filas para tomar o sorvete com preço subsidiado pelo estado e quando o sol vai baixando o malecon a avenida beira mar é o ponto de encontro da cidade, é verdade também que a frota de veículo grande parte foi fabricada nos anos 50 do século XX e seguem rodando bravamente, muitos desses carros seguem como taxi os cubanos compartilham como se fossem lotações se o destino dos passageiros coincidir é só embarcar. Envelhecido mais ainda funcionando o que vale para os veículo  vale para o país inteiro, os carros dizem muito da capacidade dos cubanos de se adaptarem as dificuldades o que poderia ser uma frota envelhecida é usada para o ganha pão de muita gente principalmente no transporte de turistas, os carros que servem para o ganha pão dos cubanos tem uma história pra contar nos anos 50 quando os veículos eram importados dos estados unidos, os americanos eram aliados do ditador cubano fugencio batista a elite cubana exportava açúcar e vivia de luxo companhias americanas dominavam a economia enquanto isso a maioria da população, podre, desempregada e analfabeta era reprimida com violência com a reação guerrilheiros passaram a combater as tropas de batista e em 1959 o grupo comandado por ernesto the guevara e pelos irmãos Raul e fidel castro tomou o poder ex integrantes da ditatura foram fuzilados, empresas e propriedades rurais nacionalizadas, o novo governo realizou uma reforma agrária institui saúde e educação gratuita e ao se declarar socialista aproximou-se da antiga união soviética adversária dos estados unidos os americanos romperam ligações diplomáticas com a ilha e proibiram seus cidadãos e empresas de fazerem negócios com cuba esse embargo já dura 55 anos, hoje é ele que impede a chegada de peças originais para reposição nos carros antigos, os americanos imaginavam que estrangulando a economia forçariam mudanças na política e até derrubariam o regime, só que mais de meio século depois cuba continua sendo um país socialista e com os irmãos castro no poder a estratégia do embargo fracassou n a política mais deixou sequelas graves na economia as nações unidas condenam seguidamente o embargo que o governo cubano chamam de bloqueio para manter a infraestrutura e a tecnologia no país atrasadas ao longo desses 55 anos cuba perdeu a vantagem estratégica de estar apenas a 150 km da maior economia do mundo as relações comerciais passaram a se concentrar na europa, russia e china com o frete mais caro, o acesso aos bancos e aos créditos no mercado internacional ficou restrito enquanto isso nos estados unidos a manutenção do embarco foi usada para agradas os dissidentes cubanos que se instalaram na flórida um estado que costuma decidir eleições presidenciais no país mais de meio século passou e entre os exilados cubanos e seus descendentes ainda há resistência em relação a reatar laços com o regime castrista. Hoje os descontentes são minoria nos estado em entrevista com o cubano Hugo Cansio que era adolescente quando a família se mudou para a flórida, hoje ele vive em miame mais mantem negócios na área de comunicação nos dois países e se prepara para investir em turismo hugo vê uma nova mentalidade de lado a lado. “Durante muitos anos se repetiu uma geração que os principais problemas desse pais eram produto do embargo americano e das questões políticas da comunidade exilada que foi chamada de máfia de maiame mas agora entende - se que implementar as melhorias em cuba é de responsabilidade do estado cubano isso é estimulante independentemente do fim do embargo a mudança mais importante que não depende de nenhuma governo é a mudança de mentalidade, por outro lado Miami também mudou completamente muitos dos que apoiaram a politica equivocada dos estados unidos mudaram de opinião é hora de nos unirmos como cubanos e ajudarmos a reconstruir nosso pais .

Reconstruir é um verbo que cuba terá que conjugar literalmente e o mais rápido possível com a revolução os casarões do centro de havana foram destinados a moradia popular hoje degradados são como nossos cortiços cada um subdividido entre muitas famílias, o improviso na estrutura do prédio salta os olhos o encanamento  e a fiação elétrica estão expostos, os moradores desses casarões esperam desde 1985 para que um apartamento sai para eles morarem, e agora a situação ficou mais urgente porque um dos casarões caiu e afetou a estrutura de outros casarões. O salário no pais equivale a 20 dólares, cerca de 70 reais,  estado garante a saúde, a educação e a moradia mesmo que em condições precárias, ainda fornece alimentos em preços subsidiados, eles controlam o que já adquiriu em cadernetas, mais a variedade é pouca e quantidade limitada raramente dá para um mês as famílias precisam complementar suas compras nos mercados normais onde os preços estão subindo, a inflação tem sido estimada entre 5 e 6% ao ano e se falta dinheiro os cubanos vão buscar os alimentos no mar em havana não é comum a pescaria no malecon, uns são por passa tempo e outros por necessidade. Mais em cuba nem tudo é precariedade na busca por alternativas para aumentar a renda e pra fazer a economia crescer, a uma janela aberta para mudanças e com vista para os estados unidos. Assim como o povo cubano demonstra a capacidade de improviso no dia a dia o governo também teve que se adaptar para manter a economia do país viva, aos poucos o país permitiu a abertura de pequenos negócios e assim surgiu a geração de primeiros empreendedores da ilha socialista. Um puxadinho, uma lanchonete improvisada na garagem de casa é assim que muitos cubanos tentam ganhar um dinheirinho extra. O regime socialista controla a economia, mas as seguidas crises que o país atravessou forçaram o governo a flexibilizar essa política especialmente nos últimos cinco anos. Em cada grupo de 10 trabalhadores cubanos 7 são empregados do estado, com isso o governo vem autorizando a abertura de pequenos negócios particulares de modo ao longo do tempo substituir postos de trabalho estatais por empregos na iniciativa privada. Cuba tem 11 milhões de habitantes, cerca de 5 milhões formam a força de trabalho a taxa de desemprego no ano passado foi de 3,6%, 70% dos trabalhadores estão empregados no setor de serviços que corresponde 82% de geração de riquezas no pais , a indústria e agricultura são poucos desenvolvidas mais da metade das terras cultiváveis estão abandonadas, cuba importa 82% do alimento que consome e pra complicar o país enfrenta nesse ano a pior seca desde 1901 a ilha tem poucos rios e depende chuva para encher as represas até agosto os reservatórios armazenavam 1/3 da capacidade a defesa civil decretou situação de emergência em consolacion del sul dentro de uma região agrícola no oeste da ilha caminhões pipa e tratores aclopados são usados para abastecer a população os moradores usam garrafas para buscar a água que não chega mais nas residências, de modo geral o panorama econômico gera poucas perspectivas especialmente entre os mais jovens, muitos quando podem emigram, mais esses cenários obrigou muitos cubanos a abrir pequenos negócios como lanchonete, pousada e taxis essas pessoas não são funcionárias do governo trabalham por conta própria por isso são chamadas de cuentropropistas. Em entrevista com a empreendedora Isabel Gonzales dona de 2 restaurantes que empregam 24 funcionários e tem lucro mais arca com as dificuldades de fazer parte da primeira geração dos empreendedores privados do pos revolução em cuba. “ A principal dificuldade é o abastecimento por não contarmos com o mercado atacadista em cuba, temos que comprar no varejo e isso nos afeta nos preços que seriam menores no atacado e também na falta de mercadorias pois fazemos compras nos mesmos lugares que a maioria da população, são poucos os dias que nestes quatro anos que conseguimos fazer o cardápio completo isso me aborrece muito e aborrece o cliente também.” A origem dos restaurantes em cuba está nas pessoas que abriam suas próprias casas para servir refeições as vezes até clandestinamente depois quando o governo deu as permissões para os restaurantes funcionarem as pessoas continuaram nas residências. Empreendedores com Isabel respondem por 500 mil empregos do país o estado se beneficia de impostos e o trabalhador com salários por lei o empreendedor tem que remunerar melhor do que o público chega – se a pagar o triplo a exigência também é melhor. “No setor privado se exige que tudo esteja bem desde a limpeza, uniforme, apresentação até a qualidade da comida e o serviço de primeira que se oferece aos clientes”.

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