É POSSÍVEL FIXAR METAS PARA O CÂMBIO REAL?
Por: angelafai • 24/8/2015 • Trabalho acadêmico • 407 Palavras (2 Páginas) • 157 Visualizações
É POSSÍVEL FIXAR METAS PARA O CÂMBIO REAL?
Em um ambiente de mobilidade internacional de capitais, a fixação da taxa cambial torna a oferta de moeda endógena: a elevação da taxa de juros atrai capitais, o que obriga o Banco Central a comprar todo o fluxo expandindo a oferta monetária. O câmbio não pode ser uma âncora, porque é corrigido pelas inflações passadas, e oferta de moeda não pode ser uma âncora porque é passiva. Já se o governo operasse com uma meta fixa para o câmbio nominal, a política monetária também teria somente eficácia para determinar o equilíbrio externo, e apenas a política fiscal teria eficácia para expandir ou contrair a demanda agregada doméstica.
Uma depreciação cambial reduz o preço relativo dos bens domésticos, elevando a sua demanda, mas como a oferta desse bem é fixa, o estoque de riqueza tem de declinar para recompor o equilíbrio, e isso se faz através do aumento do imposto inflacionário.
DESMISTIFICANDO A TESE DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO:
O que está ocorrendo, a nosso ver, é um processo de reestruturação, que tem gerado custos econômicos e sociais muitas vezes elevados. É a partir de ajustes entre as atividades industriais e mesmo entre as empresas de um mesmo ramo que a indústria brasileira tem se fortalecido, aumentando os investimentos, ganhando produtividade e inserindo-se de forma mais intensa no cenário internacional.
No processo de urbanização de uma sociedade tradicionalmente agrícola, a indústria começa a ganhar participação tanto em termos de produção quanto em termos de emprego, ao mesmo tempo em que serviços típicos das cidades começam a surgir. De um lado, começa-se a ter a desaceleração do crescimento na demanda por bens manufaturados, ao mesmo tempo em que a produtividade da indústria continua crescendo. De outro, a demanda por serviços começa a registrar forte incremento, enquanto a produtividade do setor terciário continua em expansão, mas em ritmo normalmente inferior ao da indústria. Esse processo é acompanhado por um persistente aumento da participação dos serviços no PIB e no emprego, com o oposto ocorrendo na indústria. É a esse processo natural de desenvolvimento que o termo de desindustrialização deveria ser associado.
Dentre todos os setores da economia, a indústria de transformação normalmente é o mais dinâmico,assim como o maior difusor de inovações e aquele no qual os ganhos de produtividade ocorrem mais rapidamente , ela também contribui para seu próprio desenvolvimento econômico, o que ocorre pelas conexões entre ganhos de produtividade e aumento da renda per capita.
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