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A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por:   •  9/5/2020  •  Relatório de pesquisa  •  4.675 Palavras (19 Páginas)  •  287 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Alexsandra Mannes Benkendorf[1]

Raquel Elisa da Silva Meneghelli[2]

Resumo

Os processos de alfabetização e letramento vêm sendo discutidos com mais ênfase nos últimos anos, entretanto esta discussão parece inesgotável, já que o ensino e a aprendizagem estão em constante transformação. Faz-se necessário o entendimento do conceito de cada um desses processos, contribuindo assim para uma melhor compreensão do tema, e com isso, aplica-los de forma correta e concreta em sala de aula. Desse modo, este trabalho tem por objetivo, contextualizar os conceitos de alfabetização e letramento e a sua importância, através de referenciais teóricos fundamentados e desenvolvidos, por pesquisadores da área. Descreveremos também, as fazes do princípio alfabético, assim como, algumas legislações pertinentes ao assunto e concluiremos comentando sobre o tema em si e a questão do ensino aprendizagem em nosso país.

Palavras-Chave: Alfabetização e Letramento. Princípio Alfabético. Legislações.

1 INTRODUÇÃO

No presente trabalho de pós-graduação iremos estudar sobre um tema muito importante para educação, a alfabetização e o letramento. Neste contexto, descreveremos a definição desses dois processos no entendimento de renomados autores linguistas e educadores de renome. Serão demonstradas também as fazes da alfabetização e por fim citar algumas leis criadas sobre o assunto através do tempo.

O estudo sobre o tema abordado é de grande importância, pois o processo de alfabetização e o letramento estão ligados à construção do conhecimento, desta forma torna-se de grande valia compreender as concepções que os envolvem. Sendo assim, são processos amplos e complexos que abrangem diversos sujeitos em diferentes modalidades de aprendizagem, que diferenciam e personalizam as formas de aprender.

Este trabalho justifica-se pela importância do conhecimento sobre o assunto para os profissionais da área de pedagogia, assim como servir de fonte de pesquisa. Os objetivos do trabalho são: Contextualizar o assunto demonstrando sua importância; Compreender através da literatura o que é Alfabetização e o Letramento; Identificar as fazes da alfabetização; Descrever algumas leis criadas sobre a temática.

A metodologia adotada para este trabalho foi uma pesquisa bibliográfica básica, qualitativa e exploratória, sendo utilizados como fontes de pesquisa bibliográfica livros de teóricos como Magda Becker Soares, Angela Kleiman, Leda Verdiani TFOUNI, sites oficiais sobre legislações, dentre outros documentos oficiais que abordavam o tema.

Inicialmente é comentado um pouco a respeito da diferença entre alfabetização e letramento, num segundo momento será descrito cada um desses processos separadamente, em seguida falaremos das fazes do princípio alfabético, descrevendo algumas de suas características e finalizamos descrevendo um breve estudo da legislação educacional brasileira numa concepção histórica.

2. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Para compreendermos claramente os conceitos de alfabetização e letramento, se faz necessário entender que esses processos distintos estão interligados. Na alfabetização se aprende simplesmente a ler e escrever de maneira sistemática, sem se ater ao contexto social este é um processo com início, meio e fim. Já no letramento o educando se apropria da escrita e da leitura atendendo as demandas sociais do seu dia a dia, sendo considerado um processo de constante aprendizado. Como a alfabetização e letramento são conceitos que se confundem é preciso distingui-los, assim segundo Soares, (2003, p.90):

A distinção é necessária porque a introdução no campo da educação do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e reconfigura-se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele.

Para Soares, os países onde existem poucos analfabetos, essa distinção tornar-se desnecessária, pois uma única palavra abrange todo o processo de inserção na escrita e na leitura. Em nosso país e em outros países, onde ainda existem muitos analfabetos, se faz necessária à comparação entre os dois conceitos, com a finalidade de desenvolver programas educacionais para pessoas iniciarem no mundo da escrita e da leitura. Segundo Soares, (2003, p.39):

[...] um individuo alfabetizado não é necessariamente um individuo letrado; alfabetizado é aquele individuo que sabe ler e escrever; já o individuo letrado, o individuo vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente as demandas sociais de leitura e escrita.

Nesse contexto, o grande desafio para o educador em nosso país é ensinar simultaneamente esses dois processos, desta forma, garantir uma proposta de alfabetizar letrando, um método onde o ensino e a aprendizagem tenham sentido e significado para o educando, compreendendo o código escrito e sua utilização dentro do seu ambiente sociocultural.

Sobre tudo, é de suma importância definir o que é alfabetização e o que é letramento. Leda Verdiaini Tfouni (2000, p. 9, 10), em “Letramento e Alfabetização” afirma que:

A alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para a leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isso é levado a efeito, em geral, por meio do processo de escolarização e, por tanto, da instrução informal. A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócios históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um estima de escritura de maneira restrita ou generalizada; procura ainda saber quantia práticas psicossociais substituem as práticas centradas e sociedades ágrafas. Desse modo, o letramento tem por objetivo investigar não somente quem é alfabetizado, mas também quem não é alfabetizado, e, nesse sentido, desliga-se de verificar o individual e centraliza-se no social.

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