A BIOMIMÉTICA: INOVAÇÃO INSPIRADA PELA NATUREZA
Por: Livia Mara • 24/6/2020 • Dissertação • 994 Palavras (4 Páginas) • 306 Visualizações
Resenha
“Biomimética: inovação inspirada pela natureza” - Janine Benyus
Janine Benyus, nascida em Nova Jersey, em 1958, é escritora e pesquisadora de ciências naturais e consultora de inovação. Em seu livro “Biomimética: inovação inspirada pela natureza”, a autora desenvolve a tese de que os seres humanos devem imitar, de forma consciente, a natureza em seus projetos. Esta afirmação se explica quando pensamos nos exemplos, como: o avião que imita o voo dos pássaros, o fogão que reproduz (de forma mecânica) o fogo, o ventilador que reproduz o vento entre tantos outros exemplos que nos deparamos no dia a dia.
No capítulo 1, Benyus esmiúça todo esse conceito de Biomimética, quando afirma que serem humanos estão dedicados a estudar as “obras primas da natureza”, como: fotossíntese, automontagem, seleção natural, ecossistemas autossustentáveis, olhos, ouvidos, peles, conchas, neurônios, terapias naturais e outras coisas. Estes indivíduos copiam os sistemas e os usam para criar processos para solucionar nossos problemas. Basicamente, é a imitação consciente da genialidade da vida. A inovação inspirada pela natureza.
Ainda neste capítulo, a americana salienta que “numa sociedade acostumada a dominar ou a ‘melhorar’ a natureza, essa respeitosa imitação é uma abordagem inteiramente nova, uma verdadeira revolução”, já que diferente da Revolução Industrial, a Revolução Biomimética não se ancora no que podemos extrair da natureza, mas sim, no que podemos aprender com ela. Em um mundo Biomimético, nossos processos de fabricação seriam os mesmos empregados pelos animais e pelas plantas, usando a luz do sol e compostos simples para produzirmos fibras, cerâmicas, plásticos e produtos químicos totalmente biodegradáveis. Sendo assim, quanto mais o nosso mundo for semelhante à natureza e funcionar da mesma forma que ela, maiores serão as possibilidades de sermos aceitos nesse lar que é nosso, mas não exclusivamente nosso.
Para o capítulo 2, o ponto mais relevante de seu livro, Benyus exemplifica questões que giram em torno da policultura, técnica essa que faz parte da permacultura. A policultura diz respeito ao fato de a agricultura ser, por si só, subsistente. Em miúdos: dentro de uma área de plantação, inúmeros tipos de vegetação podem ocupar o mesmo espaço e, em consórcio umas com as outras, conseguem se desenvolver de forma natural. Vegetações de maior porte e que desprendem de um maior tempo para seu desenvolvimento, conseguem valer- se de outras vegetações mais rasteiras ou mesmo de porte menores para que consigam ter a si (vegetação de grandes portes) todos os: nutrientes, luz, água, intervenções de insetos e outros atributos para que sua evolução seja feita de forma sustentável e privilegie todos os tipos que ali forem plantados. Sendo assim, árvores maiores, desfrutam dos nutrientes que árvores menores proporcionam e que vegetações rasteiras também disponibilizam. Já, as vegetações menores conseguem aproveitar de sombras e filtragem da caída da água para que também consigam se desenvolver de maneira mais equilibrada. Todo esse fenômeno tem como objetivo sustentar um meio apropriado para toda a natureza ali envolvida.
Isto posto, podemos falar da permacultura. Esta técnica, atualmente, é considerada uma ciência holística e de cunho socioambiental, que reuni o saber científico com o tradicional, popular e visa a nossa permanência na Terra. A permacultura possui três éticas e alguns princípios de planejamentos que são baseados na observação da ecologia e da forma sustentável de interação, produção e de vida das populações tradicionais com a natureza, sempre trabalhando a favor dela e nunca contra. As três éticas da permacultura são: cuidar da terra; cuidar das pessoas; cuidar do futuro.
O capítulo 3, intitulado como “Reaproveitamento de energia”,
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