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A Construção das Cidades Segundo Seus Princípios Artísticos

Por:   •  21/1/2019  •  Resenha  •  634 Palavras (3 Páginas)  •  485 Visualizações

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SITTE, C. A Construção das Cidades Segundo Seus Princípios Artísticos. São Paulo: Ed. Ática, 1992.

Vivendo na transição gerada pela Revolução Industrial na Europa, Camillo Sitte se depara com fatores da modernidade que transformam a antiga configuração das cidades. Como arquiteto, Sitte faz duras críticas, em seu livro “A Construção das Cidades Segundo Seus Princípios Artísticos”, aos novos traçados urbanísticos a partir do século XIX, onde predomina a retilineariedade.

Em sua obra o autor exalta as antigas praças europeias que levam características únicas, que deste modo, se diferenciam entre si. Contrastando, assim, com os atuais formatos modernos que mantem as cidades como um “tabuleiro de xadrez”, expressão utilizada por Camillo para descrever cidades formadas por uma série de blocos de mesma dimensão repetidos incessantemente. Segundo ele, a variedade de técnicas presentes antes do advento da industrialização proporcionava ao indivíduo uma série de sensações prazerosas que os fazia apreciar as várias regiões de uma cidade. Monumentos nas bordas das praças, ornamentos deslocados, colunas, arcos, fuga simetria, juntamente com o uso de elementos artísticos são alguns dos fatores que levam a população a contemplar esses espaços, dando a eles um valor cultural imensurável. Diferentemente da padronização, que traz com sigo a monotonia, e perca de movimento, consequentemente o espaço perde seu valor artístico e cultural.

Além disso, o novo método implantado faz-se perder a valorização das grandes e mais importantes edificações quando estas são sempre isoladas em meio a um a amplo espaço. Esse sistema é contrário as várias maneiras já antes utilizadas, como na Roma e Itália, onde igrejas permaneciam encaixadas em outras construções dando o efeito de conjunto, assim, os edifícios estariam sempre “conversando’’ entre si, e não soltos, alheios ao seu redor. Em relação a valorização dos edifícios, Sitte também comenta sobre outros fatores, como a importância da proporção entre a relação de tamanho entre a construção e sua praça, a disposição delas, a fachada e monumentos artísticos. O primeiro e segundo item são de suma importância pois a obra pode perder completamente seu destaque se as dimensões e arranjo de uma praça não forem adequadas, por exemplo um prédio de grande escala e largura que contém uma praça gigantesca e comprida defronte seria totalmente desvalorizado. Por isso, o arquiteto divide as em dois tipos de praça, de largura e de profundidade, que devem se adequar muito bem a edificação relacionada. O terceiro e quarto item se relacionam, quando na modernidade um monumento artístico é disposto no centro de uma praça, isso obstrui a visão da fachada, que por sua vez deve ser elemento de destaque. Por esse motivo as praças europeias anteriormente construídas contém monumentos deslocados e que mesmo assim não perdem o destaque, e contribuem para o enaltecimento do espaço e também ajudam no deslocamento, já que os elementos artísticos não obstruem o fluxo de pedestres.

A nova configuração urbana, que se resume entre os formatos retangular, radial e triangular, é resultado da grande demanda populacional, e trará escassez de espaço, consequentemente, aumentando o valor dos terrenos, isso decorrerá na objetivação do espaço e trará à tona, mesmo

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