A Função das melhorias e modernidades propostas e viabilizadas em sua época
Por: jubs91 • 6/4/2018 • Relatório de pesquisa • 2.270 Palavras (10 Páginas) • 209 Visualizações
O Prefeito e Engenheiro Pereira Passos não nasceu no Rio de Janeiro e portanto não era um “carioca da gema”. Mas é considerado um dos melhores prefeitos da cidade e foi um dos mais populares e talvez o mais polêmico. Embora vindo de fora, conhecia profundamente os problemas da cidade. Foi prefeito do Rio entre 1902 e 1906, durante o governo do Presidente Rodrigues Alves.
Coube a ele planejar e enfrentar grandes forças opostas para conseguir implementar suas obras, que implicavam na demolição de algumas construções históricas de valor inestimável. Fora este aspecto polêmico ligado ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, teve que lidar também com a inércia e derrotismo.
Pereira Passos foi muito criticado em sua época, e era figura constante na imprensa, como alvo de críticas. Era uma época quando ainda não havia muita regulamentação e excesso de burocracias, e muitas decisões autoritárias eram mais fáceis de serem aprovadas pelas câmaras sem contestação. Era fácil criar leis para desapropriações, e estipular um valor à ser pago sem direito à demoradas contestações.
Em função das melhorias e modernidades propostas e viabilizadas em sua época, Pereira Passos tornou-se uma figura muito popular em sua época.
Avenida Central nos primeiros anos, vista à partir da Praça Mauá. Na foto ainda não aparecem automóveis, apenas uma carroça do lado direito e um côche talvez do tipo Tilbury, que era usada para transporte de pessoas puxado por 1 cavalo. Do lado esquerdo, vemos um edifício em estilo neogótico, de frente para a Praça Mauá, que existiu resistiu no local até o início dos anos de 1980, quando então foi demolido para dar origem a um arranha-céu que hoje ostenta no nº 1 da Praça Mauá. A Av.Central que foi aberta pelo Governo Federal promovia a ligação entre a Praça Mauá até a atual Praça da Cinelândia, que por sua vez, se conectava à Avenida Beira Mar, cujas obra de aberta ocorreram simultaneamente. O plano de modernização do Rio de Janeiro previa a ligação da Praça Mauá pois nesta ficaria o novo Terminal Marítimo de Transatlânticos de Posseiros e também ponto de início do Novo Cais do Porto do Rio.
A Avenida Passos, no centro do Rio de Janeiro, é uma homenagem ao ex-Prefeito e
considerado por muitos um dos maiores benfeitores da cidade. O nome foi dado à antiga
Rua do Sacramento, que foi alargada exatamente por Pereira Passos.
Como todo ser humano Pereira Passos pode ter cometido excessos ou erros. Mas o certo
é que, no conjunto de suas obras, ele viabilizou ao seu tempo a cidade do Rio de Janeiro.
Na verdade, viabilizou através de um método de reforma urbana bem mais saudável,
através das demolições para ampliação de avenidas.
Os métodos atuais de construção de viadutos elevados para comunicação urbana, ao invés
de valorizarem ou melhorar a qualidade de vida dos moradores ao longo de seu trajeto
somente deteriora e desvaloriza as áreas, para não dizer que as tornam insalubres e
praticamente inviáveis para morada em função das sombras e barulhos insuportáveis.
Acima a Av. Beira Mar antes da
construção da Praça Paris. Na foto de
cartão postal, vemos em primeiro plano
parte dos Jardins do Antigo Palácio
Monroe, atual área que fica em frente à
Praça da Cinelândia.
Ainda do esquerdo vemos os jardins do
Passeio Público e as duas torres do
antigo terraço do Passeio. Com a
construção da Av. Beira Mar, o mar que
lá chegava foi aterrado.
Mais à frente vemos a enseada da Glória
com parte dela aterrada para construção da Av. Beira Mar. Posteriormente, na década de 1920
foi feito um grande aterro sobre a enseada que desapareceu, com parte das terras do
desmantelamento do Morro do Castelo, onde foi construída a Praça Paris, inaugurada em 1927.
Ao fundo vemos a Igreja da Glória no outeiro ou colina em frente ao Morro da Glória.
Entre as obras de modernização da cidade que foram de responsabilidade do Governo
Federal estão a abertura da Avenida Central (atual Av. Rio Branco) e a construção
do Novo Cais do Porto e da Avenida Rodrigues Alves.
O restante de todas as foi entregue à iniciativa de Pereira Passos, como a abertura da Av.
Beira Mar, Av Mem de Sá, construção do Teatro Municipal entre inúmeras outras outras.
Modernismo paulistano em 1922
A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo
como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta
nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada
pelas formas estéticas europeias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico
e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.
Em um período repleto de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento
em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em
nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual, não se
sabia ao certo o rumo a ser seguido.
Teatro Municipal de São Paulo: palco da Semana de Arte Moderna
No Brasil, o descontentamento com
o estilo anterior foi bem mais explorado no
campo da literatura, com maior ênfase na
poesia.
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