A cidade como bem cultural - Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses
Por: Vic5 • 11/9/2017 • Resenha • 385 Palavras (2 Páginas) • 2.244 Visualizações
A cidade como bem cultural – Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses
BEM CULTURAL
Para compreender a atribuição de qualidade a cidade é necessário examinar três dimensões em que toda cidade se realiza:
- Artefato – cidade como coisa feita e fabricada, com configurações topográficas, arranjos espaciais, estruturas e equipamentos.
- Representações sociais - A cidade também é a imagem que seus habitantes fazem dela. O bem cultural tem matrizes no universo os sentidos, da percepção e da cognição, dos valores, da memória e das identidades, das ideologias, expectativas, mentalidades, etc.
- Campo de força – Sem as práticas sociais, não há significados sociais.
Usos da cidade como bem cultural: usos culturais?
As pessoas notam construções importantes para elas, e quando criam uma atuação para esse espaço, tendem a criar centros culturais, centros de atividades.
Município: o lugar da fruição
A cidade para ser culturalmente qualificada precisa de condições de viabilidade econômica, infraestrutura, políticas adequadas de habitação, transporte, saúde, educação. Ou seja, precisa ser boa como cidade. Cultura como economia.
PRESERVAÇÃO E ORDENAÇÃO URBANA
É responsabilidade do poder público o patrimônio ambiental, a legislação, as instituições e as práticas qualificadas dos cidadãos.
A preservação deveria ser parte essencial no planejamento, mas não é isso que acontece. A instituição CONDEPHAAT é responsável pelo patrimônio cultural e não é nem legitimada na politica.
Preservação do entorno de um bem tombado. Para haver a consideração do estado em proteger uma área com a intenção de tombamento é necessário passar por alguns pré-requisitos. Esses requisitos são para analisar condições de ambiente, entorno, modificação de estilo arquitetônico, etc.
EXCLUSÃO/INCLUSÃO SOCIAL E POLÍTICAS DE PATRIMÔNIO AMBIENTAL URBANO
A intervenção sobre bens culturais por órgãos de preservação repercute intensamente na cultura, mas não é, com certeza, uma intervenção na cultura.
- Multiculturalismo – o território urbano se decompõe em pontos múltiplos de apropriação desigual e é nesse quadro que o próprio planejamento produziu a segregação.
- Tombamento de bairros – com a proteção do poder público, bairros conseguem manter seus traçados viários, cobertura vegetal, inserção das estruturas nos lotes.
- A mercantilização da cidade - forma sútil de privatização. Vende-se a cidade para seus próprios habitantes. O planejamento urbano, ao invés de partir de levantamentos socioeconômicos e de responsabilidades assumidas por um poder público hoje substituído pelo empresariado, deve aproveitar-se de pesquisas de mercado para formular as imagens que venderão o novo espaço construído.
Victória Arruda
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