ARQUITETURA DO PERÍODO COLONIAL
Por: PaulAlbert • 27/11/2015 • Trabalho acadêmico • 903 Palavras (4 Páginas) • 862 Visualizações
1 - Ambos os traçados possuem a praça como elemento principal, que também servia de eixo central para a igreja, que ficava localizada ao fundo do lote, junto com a escola e o convento. Como era o elemento principal, a igreja era sempre mais ornamentada e imponente em relação as outras edificações. Na entrada da praça, onde eram realizadas as reuniões e eventos religiosos, no lado oposto a igreja, ficavam a casa de câmara e cadeia e o hospital. Circundando este sistema, ficavam as residências. Cada habitação correspondia a uma família diferente. Acerca disso, ficavam as hortas de cada família e a horta comunitária, também os espaços destinados aos animais. Este era seu esquema original, que poderia variar mas nunca ficava muito longe do descrito aqui: a igreja, a praça e seu entorno permaneciam iguais, o que poderia diferenciar um pouco é a disposição das residências familiares que, por sua vez, ficavam independentes do todo. Quanto as ruas, podemos frisar a existência das duas principais, cruzadas ao centro da praça. Acerca, muros de todos os lados, garantindo a proteção daquele espaço.
2 - Inicialmente, a casa térrea era caracterizada por seu formato em fita, sua implantação em rua ou largo, e pelo seu tamanho. Ela podia ser de porta e janela, para a classe mais pobre, de meia morada, de morada inteira, de ¾ de morada, de morada e meia ou de morada e comércio. Isto podia ser percebido externamente pelo número de aberturas. Da mesma forma também se caracteriza o sobrado, que podia ser um solar, para as classes mais ricas, meio sobrado quando havia declividade em um dos lados, sobrado magro quando o lote era muito estreito, ou sobrado misto, quando havia comércio no térreo e residência na parte superior. A evolução destas tipologias ficam bastante claras se observadas suas aberturas: durante os séculos XVI e XVII, havia predominância dos cheios sobre os vazios, utilizavam verga reta; durante o século XVIII, verifica-se o aumento do número de aberturas e maior equilíbrio, bem como a utilização do arco abatido, a partir da metade deste século e; a partir do século XIX, os vazios passam a predominar sobre os cheios (vazios – aberturas, cheios – parede), o uso de ombreiras justapostas e em alguns casos raros, a janela de caixilharia inteira; também neste período, passa-se a utilizar a verga reta ou o arco pleno. Com esta evolução, veio também o uso de novos elementos arquitetônicos, como a entalada, o púlpito, o balcão corrido, a gelosia, o muxarabi e o caixote treliçado.
3 - Pode-se relacionar as Igrejas de Aleijadinho com as Igrejas da Terceira Ordem do Barroco Litorâneo no Brasil observando-se a sua unidade formal e estilística, conforme podemos perceber nos exemplos abaixo. Em ambas existe predominância da horizontalidade, com três volumes definidos e separados por telhados independentes. Em ambas existem pinturas no forro da nave central, o amadurecimento formal e o equilíbrio do partido em geral também são características bastante fortes em ambas, bem como a existência de um pátio como jardim no terreno. A proporção também é um ponto bastante forte, encontrada nos dois tipos de obras, tanto nas aberturas quanto na própria fachada. Existem semelhanças na ornamentação, na estruturação e na harmonia de ambas.
A casa acima citada segue a tipologia italiana no Rio Grande do Sul, fica no distrito de Vila Flores, em Veranópolis. Segundo
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