O LOTE URBANO COLONIAL E A IMPLANTAÇÃO DA ARQUITETURA

Reis Filho, Nestor Goulart

Quadro da Arquitetura no Brasil / Nestor Goulart Reis Filho. – São Paulo : Perspectiva 2014.

O livro vai nos mostrar sobre como 9a arquitetura urbana e o lote se relacionam e se desenvolvem no período colonial até os dias atuais.

LOTE URBANO COLONIAL E A IMPLANTAÇÃO DA ARQUITETURA

Aproveitando as influências de Portugal nossas vilas e ruas eram padrões como por exemplo dimensões e número de aberturas, altura dos pavimentos e alinhamento com as edificações vizinhas, eram exigências.

As técnicas construtivas eram primitivas. Nos casos mais simples as paredes eram de pau-a-pique e nas residências mais importantes empregavam-se pedra e barro. Cabe também ressaltar que nessa época eram desconhecidos os equipamentos de precisão da topografia, então os traços das ruas eram feitos por cordas e estacas. Os tipos de habitações da época eram o sobrado e a casa térrea, onde isso definia os status sociais.

As primeiras transformações arquitetônicas começaram a aparecer no Brasil devido a fundação da academia de Belas-Artes, a integração do país no mercado mundial e a abertura dos portos que possibilitou a importação de equipamentos, onde contribuíram para a alteração das fachadas nos centros próximos ao litoral aonde as importações chegavam.

Com a decadência do trabalho escravo e o início da imigração europeia, as cidades recebem serviços de água e esgoto. Um novo tipo de casa se criou: a casa de porão alto, que valorizava o interior e trazia intimidade para a casa com a separação da área intima da área comum.

RESIDENCIAS POPULARES E DA CLASSE MÉDIA E EDIFICIOS INDÚSTRIAIS

De fato, a abolição da escravidão e a instalação da República não foram suficientes para que o país alcançasse condições de valorização ou melhoria da mão de obra.

O período entre a primeira e a segunda guerra mundial, deu início ao desenvolvimento industrial. Começaram então as primeiras modificações tecnológicas de importância no Brasil. Na arquitetura a mecanização do transporte horizontal e vertical garantiram as bases para um grande desenvolvimento.

É a época do aparecimento dos arranha-céus, do crescimento urbano e da multiplicação da periferia. As casas já deixaram de serem padrões e começam a ter jardins na frente e afastamento lateral, investe-se também em áreas de visitas e fachadas.