AS CIDADES PARA UM PEQUENO PLANETA
Por: Lorrainy Antunes • 20/3/2020 • Resenha • 4.423 Palavras (18 Páginas) • 430 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA[pic 1]
LORRAINY ANTUNES – D4727B-0
RESENHA
CIDADES PARA UM PEQUENO PLANETA – RICHARD ROGERS
GOIÂNIA,
2019
LORRAINY ANTUNES – D4727B-0
RESENHA
CIDADES PARA UM PEQUENO PLANETA – RICHARD ROGERS
Resenha do 9º período apresentada para obtenção de nota da NP1 do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Paulista – UNIP.
Professor: Paulo Lins
GOIÂNIA,
2019
SUMÁRIO[pic 2]
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04
2 A CULTURA DAS CIDADES..................................................................................05
3 CIDADES E ARQUITETURA SUSTENTÁVEIS.....................................................09
4 CIDADES PARA UM PEQUENO PLANETA..........................................................15
CONCLUSÃO............................................................................................................17
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem objetivo de compreensão mais profunda dos conceitos relacionados a sustentabilidade das cidades. O crescimento urbano e a população mundial tem aumentado significativamente e esses números deveriam ser diretamente proporcionais a disponibilização de recursos naturais, planejamento das cidades para suportar a densidade de construções e pessoas, porém, não é isso que ocorre, pois uma cidade é planejada para uma quantidade de pessoas e esse número dobra com o passar do tempo e a cidade continua com a mesma estrutura preparada anteriormente.
Richard Rogers tenta demonstrar no livro que as cidades futuras podem ser precursoras da restauração da harmonia da humanidade com o meio ambiente, da compatibilização de usos existentes nas cidades, adequando todos os aspectos que se referem as mesmas a sustentabilidade, para que o desenvolvimento urbano seja em prol do bem coletivo.
2 A CULTURA DAS CIDADES
A sobrevivência da sociedade sempre dependeu da manutenção do equilíbrio entre as variáveis de população, recursos naturais e o meio ambiente. Porém esse equilíbrio está ameaçado, devido à expansão da população em nível mundial, acarretando a destruição dos recursos naturais e do meio ambiente.
A cada dia a crise ambiental se torna mais chocante. Observando os dados referentes a quantificação de habitantes nas cidades, em 1900 apenas um décimo da população vivia nas cidades e hoje metade de toda população mundial ocupam as mesmas, podendo atingir cerca de três quartos de todos os habitantes do planeta no prazo de 30 anos, causando a aceleração do aumento da poluição e erosão. As cidades são as principais causadoras do ecossistema e a maior ameaça para sobrevivência da humanidade no planeta, com emissão de gases geradores do efeito estufa. E conforme crença apontada por Richard Rogers, pode-se acreditar que a arquitetura, o urbanismo e o planejamento urbano evolua proporcionando ferramentas cruciais para criar cidades com ambientes sustentáveis e civilizados.
O aumento da conscientização ecológica, da tecnologia das comunicações e da produção automatizada, contribuem para o desenvolvimento sustentável e ambientalmente consciente, atendendo as necessidades atuais e preservando para as futuras gerações. Ar limpo, água potável, camada de ozônio efetiva, mar sem poluição, terra fértil e abundante diversidade de espécies, não são apenas recursos independentes, todos eles refletem na boa qualidade de vida nas cidades. Percebe-se nos desenhos urbanos que o princípio da forma e disposição dos elementos, são pela necessidade de cada local, quando na verdade o princípio orientador deveria ser a sustentabilidade, porque todos dependem da conservação do planeta para continuidade da vida nele.
Quando se diz que as cidades são as principais fontes que causadora da destruição e do desequilíbrio ambiental, insere-se nelas a ação do homem, pois é através dele que há expansão urbana. E além dos problemas em escala ambiental, há ainda a instabilidade social, onde há o aumento da riqueza global e ao mesmo tempo o aumento da pobreza e do número de pobres, fato considerado contraditório, pois no planeta a riqueza é maior que a população, e grande parte dessa população em condições de pobreza é cada vez maior, são abandonados em guetos nos centros urbanos, sendo que, de modo geral o número e número de moradores “ilegais” ou “não oficiais” extrapola o número de oficiais, perpetuando o ciclo de poluição e destruição.
Há alguns exemplos de cidades que são extremamente prejudiciais ao meio ambiente em detrimento de todos, como São Paulo, Los Angeles, Beirute, dentre outras. E são nas cidades de crescimento rápido do mundo em desenvolvimentos que os problemas são mais perceptíveis e se não houver a solução dos problemas ecológicos e sociais, sendo necessário novos conceitos de planejamento urbano para integrar as responsabilidades sociais.
As cidades foram criadas pra suprir as necessidades do homem e proporcionar qualidade de vida, através de um ambiente sustentável e saudável. Porém as cidades não são mais vistas como deveriam, devido ao fato de terem se transformado em um centro de conflitos em relação à segurança, trânsito, moradia, sem harmonia no emaranhado de ruas e edifícios, sendo sinônimo de medo, barulho, estresse, dentre outros sentidos contrários a satisfação. Os espaços públicos entre os edifícios foram negligenciado ou dilapidado, criando ainda mais pobreza e alienação. E a visão que as pessoas tem de cidade é, um local de grande intensidade de veículos automotores, grandes edifícios, poluição, dentre outras características ruins e principalmente uma arena de consumo.
Com a conveniência comercial e política, deixou-se as necessidades mais amplas em prol do coletivo para necessidades individuais, e cada vez mais há a formação de polos da sociedade em comunidades separadas devido a global ascensão da democracia, levando ao declínio da vitalidade dos espaços urbanos. Foi classificado por Michael Walzer (cientista político) dois grupos distintos do espaço urbano que é Espaço Monofuncional, onde o espaço preenche apenas uma função, devido a decisões tomadas por incorporadores ou planejadores antiquados, como por exemplo o centro empresarial, a zona industrial, o shopping, o automóvel, dentre outros, no qual as pessoas de modo geral passam rapidamente. E o Espaço Multifuncional, pensado para uma variedade de usos, participantes e usuários, como por exemplo as praças lotadas, o mercado, o parque, dentre outros, constituindo espaços onde as pessoas estão prontas para olhar, participar e contemplar. Sendo claro que as duas desempenham papéis na cidade, o monofuncional atendendo o desejo moderno e consumo particular, e o multifuncional de reunir diferentes partes da cidade, desenvolvendo um sentimento de tolerância, consciência alerta, identidade e respeito mútuo. E obviamente o primeiro tipo de espaço acaba por ofuscar o segundo, destruindo a própria ideia da cidade abrangente.
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