Cidades para um pequeno planeta

CIDADES PARA UM PEQUENO PLANETA – RICHARD ROGERS – CAP. 1 E 2

CAPITULO 1

- industrialização -> crescimento das cidades -> poluição + desmatamento
- na nossa busca por riqueza, há uma ‘destruição’ do meio ambiente

- sobrevivência da cidade: manutenção do equilíbrio entre as variáveis de população, recursos naturais e meio ambiente → DESCASO POR PARTE DA POPULAÇÃO → CONSEQUENCIAS: Destruição do meio ambiente e de recursos naturais, crescimento acelerado da população.

- crescimento desordenado da cidade → aumento de moradias ineficientes, de poluição e erosão

- cidade: habitat da humanidade E maior agente destruidor do ecossistema e a maior ameaça para a sobrevivência da humanidade no planeta.

- Solução: evolução da arquitetura, urbanismo e planejamento urbano → cidades com ambientes sustentáveis e civilizados

- cidades futuras em equilíbrio com o meio ambiente

- autor otimista: 3 fatores → aumento da conscientização ecológica, tecnologia das comunicações e da produção automatizada.

- desenvolvimento sustentável por meio de política econômica global: atender as necessidades atuais sem comprometimento com o futuro, além de focar no desenvolvimento em favor dos mais pobres. (Nações Unidas, Nosso Futuro Comum ou Our common future)

- êxodo/migração rural: crescimento desordenado da cidade → mais pobres excluídos da sociedade de consumo, privação e injustiça social → PERIFERIA → POBREZA AMBIENTAL, CICLO DE DESTRUIÇÃO E POLUIÇÃO.

- “não pode existir harmonia urbana ou melhoria ambiental real sem paz e garantia da aplicação dos direitos humanos básicos.” (pág. 8)

- vida na cidade: conceito de “cidade” e “qualidade de vida” são incompatíveis. No mundo desenvolvido, não há convivência entre as diferentes classes sociais e sim a segregação. Retira-se assim o conceito de cidadania → declínio da vitalidade dos espaços urbanos.

- Cientista Político Michael Walzer classificou o espaço urbano em 2 grupos distintos: espaços monofuncionais e multifuncionais.

        - Monofuncionais: apresenta uma única função. Atendem ao desejo de autonomia e consumo particular.

        - Multifuncionais: pensado para o povo. Ex: Praça lotada, rua animada, mercado, parque, etc. Reúnem partes diferentes da cidade, integrando-os como um todo, criando um sentimento de identidade e respeito mútuo. IDEIA DE CIDADE ABRANGENTE.

- Contudo: planejamento das cidades visando atender a demanda particular, o LUCRO → monofuncional >>>> multifuncional.

- desaparecimento do espaço multifuncional → consequências: declínio da vitalidade dos espaços públicos e da participação da vida urbana → distanciamento indivíduo - cidade

- espaço público sem função → sentimento de perigo e medo

- cidade tinha como objetivo integrar as diferentes classes sociais, integrar a vida urbana. Contudo, atualmente, as atividades estão cada vez mais divididas em territórios, com espaços (universidade, comercio em shopping) sendo fechados em detrimento aos mais ricos, sendo os mais pobres excluídos ou impossibilitados de frequentar tais espaços → segregação do povo.

- deslocamento para bairros residenciais afastados e a pobreza crescente na área urbana central, a procura crescente pela segurança privada e pelo transporte individual e a proliferação de espaços monofuncionais

- p/ cidade sustentável → conscientização dos habitantes da cidade para reverter tal situação, tendo como finalidade uma cidade mais sustentável. Rica diversidade de vida urbana.

- cidades: sementeira de nosso desenvolvimento cultural. Abriga diversos tipos de atividades e pessoas. A vitalidade informal do espaço publico é a mistura de espaços de trabalho, lojas e casas que torna os bairros vivos. EXEMPLO: ITALIA – “PASSEGGIATA” – Nome dado à interação das pessoas com o espaço publico

- cidadania ativa e uma vida urbana vibrante são componentes essenciais para uma cidade e uma boa identidade cívica. → espaço publico = responsabilidade e propriedade da comunidade.

- cidades refletem os valores, compromissos e resoluções da sociedade que abrigam. Sucesso dela depende de seus habitantes e do poder publico, da prioridade que ambos dao a criação e manutenção de um ambiente urbano e humano.

- transformações na cidade por busca de riqueza pessoal em detrimento da riqueza para o melhor desenvolvimento da mesma (cidade)

- CURITIBA EXEMPLO: Implementação de politicas para aumentar a consciência social e ambiental, englobando desde educação e comercio, ate transporte e planejamento → cidadãos donos de sua cidade e responsáveis pelo seu futuro → OU SEJA: participação publica + compromisso do poder publico podem transformar a estrutura física e social das nossas cidades

- Além da participação dos cidadãos, o desenvolvimento da tecnologia e as inovações que protejam nossa ecologia e humanizem a nossa cidade são importantes.

- uso equivocado da tecnologia gera problema na cidade

- desafio: mudar do sistema que explora o desenvolvimento tecnológico por puro lucro para um outro cuja finalidade eh de tornar a cidade sustentável. → exige mudanças fundamentais no comportamento humano, na pratica do poder publico, no comercio, na arquitetura e no planejamento urbano. (pag. 23)

CAPITULO 2

- Crescimento acelerado das cidades → cidades hoje: centro de consumo e produção. Parasitas de paisagem, organismo que drenam o mundo para seu sustento e energia, principais causadores de poluição.

- foco do capitulo: mostrar possíveis soluções para que as cidades possam se tornar auto- sustentáveis e absorvam o número cada vez maior de migrantes rurais.

- pegadas ecológicas das cidades: recursos consumidos por uma cidade. Esses rastros se encontram em áreas que proporcionam os recursos da cidade e fornecem locais para o destino final do lixo e da poluição. Sua expansão ocorre simultaneamente com a erosão de terras férteis, mares e áreas florestais intocadas. Devido a isso, essas pegadas urbanas devem ser reduzidas.

- Solução: Metabolismo circular nas cidades (Herbert Girardet): consumo reduzido pela implementação de eficiências e reutilização máxima de recursos → aumenta a eficiência global do núcleo urbano e reduz seu impacto no meio ambiente. → mudança de sistema das cidades com metabolismo linear para circular! (IMAGEM PAG. 31)

- para haver uma cidade sustentável é preciso que certos fatores estejam interligados e presentes no planejamento urbano. São eles: ecologia urbana, economia e sociologia. → cidades mais saudáveis, com mais vida e multifuncionais.