As Morte E Vida De Grandes Cidades
Por: gustavofoffano • 21/8/2023 • Relatório de pesquisa • 827 Palavras (4 Páginas) • 72 Visualizações
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RESENHA 7° SEMESTRE – ARQUITETURA & URBANISMO
ATELIÊ DE PROJETO INTERDISCIPLINAR IV
MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES
JANE JACOBS
GUSTAVO FOFFANO – 0136/20-1
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MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES
“[...] Quando temem as ruas, as usam menos, o que as tornam mais inseguras ainda.” JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
A autora inicia o livro com a Natureza Peculiar das Cidades, debatendo os usos gerais da calçada, dividindo em tópicos, o primeiro tópico – Segurança – nos introduz a ideia de que ruas são orgãos vitais das cidades, que obviamente não existiriam sem elas e naturalmente se encaixam nas mais importantes partes dela, é também a área mais pública de uma zona urbanizada, sem restrição alguma de acesso, isso pelo menos para os pedestre.
Jane destaca uma dualidade direta entre ruas e o interesse da população pela cidade, indicando que ruas interessantes naturalmente criam cidades interessantes e ruas monotonas, cidades monotonas. Isso pode ser observado, por exemplo, na cidade de São Paulo, onde ruas atrativas (cheias de comercios e atrações em geral) como a Avenida Brasil, se fazem mais interessantes paras moradores da própria cidade quanto para turistas.
Embora mesmo com movimento constante a avenida não seja o melhor sinônimo de segurança, afinal, metrópoles não são suburbios mais povoados, metropoles estão, por definição, cheias de desconhecidos. Mesmo moradores próximos são desconhecidos uns para os outros – levando, obviamente, em consideração a diferença entre um “conhecido” e um “conhecido de vista” – e de fato não poderia ser diferente, devido a escala monumental que grandes metrópoles tomaram nos últimos dois séculos, é impossivel haver relações entre todos os núcleos familiares, há uma densidade populacional totalmente desproporcional à pequena área demográfica.
Não podemos também atribuir a violencia nas ruas a grupos minoritários ou de baixa renda, afinal há um enorme processo de gentrificação por trás de tais coincidencias. Visto que a elite social – pessoas mais abastadas, propriamente dizendo – afastam pessoas pobres dos centros urbanos, e acabam por facilitar o crime nas áreas periféricas. A ordem publica, a paz por assim dizer, não é essencialmente mantida pela polícia, sem obviamente negar a necessidade de sua existência, mas sim mantida pela vida geral na cidade, com ruas habitadas em diversos horarios e a não segregação de funções, como por exemplo, a criação de áreas totalmente destinadas a uma função social específica, como distruitos comerciais, residenciais e industriais (superficialmente falando), pois a segragação da função gera periodos propricios á ruas desertas, pois não há motivo para circular pelo distrito comercial durante a noite,
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quando a maior parte dos comercios se encontram fechadas. Tornando essas áreas propícias ao vandalismo e ao crime em geral em determinados momentos do dia.
É destacado durante o fim do primeiro tópico, três características principais para a existencia de ruas vivas e consequentemente mais seguras:
1. Nitidez na separação de espaços públicos e privados;
2. Olhos voltados para a rua, isto é, o edificios deve voltar suas principais fachadas, como quartos e salas, para as vias públicas, evitando que as fachadas mortas se virem para a rua.
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