Ciclo de Conferencias
Por: AMBAST • 1/6/2017 • Relatório de pesquisa • 1.755 Palavras (8 Páginas) • 294 Visualizações
Ciclo de conferências |
Seminário I - Universidade Autónoma de Lisboa |
Aluno: António Tenreiro - 20160361 |
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Resumo geral das conferências
Colóquio Atlas/Cidade - Mercado de Arroios
A avenida Almirante Reis é uma das avenidas mais movimentadas e ricas da cidade de Lisboa, por toda a sua extensão é possível encontrar contrastes e ritmos diferentes de dimensões. Tendo características únicas e singulares ela contem uma parte da história do desenvolvimento de Lisboa. Com a Avenida em constante transformações é necessário fazer análises com base em dados científicos para se poder intervir e moldá-la á cidade para que não perca a sua identidade. Para combater a especulação imobiliária abusiva e o turismo excessivo é necessário planear estratégias urbanas e locais que sirvam as suas necessidades.
Pablo Ramos Alderete
O seminário realizado no dia 25 de janeiro,o arquitecto Pablo Ramos Alderete apresentou três Arquitectos espanhois e as suas obras mais implematicas. Começou por expor Juan Navarro Baldeweg apresentando o seu percurso como artista e arquitecto dando maior enfase á sua visão de como implementar os seus estudos aristicos na Arquitectura. De seguida falou-nos do emblemático Arquitecto Francisco Alonso de Santos e da sua intima relação com a matemática e como ele a aplicava na Arquitectura, de forma poética mostrou-nos a fachinacao de Alonso pela forma geométrica da coluna e como a mesma o influenciou nos seus estudos como Arquitecto. Por fim apresentou o Arquitecto Ramón Vázquez de Molezún e o seu interesse pelo desenho da máquina.
Igor Campos
Igor Campos, Arquitecto e Urbanista graduado pela Universidade de Uberaba, em 1997,apresentou-nos uma série de projectos do seu estúdio – MRGB. O nome do estúdio vem das palavras: Monumental; Residencial; Gregária e Bucólica, estas quatro escalas foram utilizadas na realização da cidade de Brasília pelo Arquitecto Doutor Lúcio Costa e resumo basicamente que o escritório esta apto a realizar qualquer tipo de projecto em várias escalas, desde da escala urbana e paisagista até á escala de habitação.
No dia 25/01 recebemos na UAL o Arquitecto Pablo Ramos, formado pela Escola Tecnica Superior de Arquitectura de Madrid, apresenta-se agora a desenvolver a sua tese de doutorado. Apresenta obras arquitectónicas, de três arquitectos espanhóis que trazem para a arquitectura novas fontes de inspiração.
Juan Navarro Baldeweg
O Arquitecto começou-nos por apresentar o trabalho do Arquitecto Juan Navarro Baldeweg, a maneira como o Arquitecto torna-se um artista quando vê a Arquitectura através da Arte, quando deixa de criar através dos meios convencionais e busca inspiração em algo diferente. Juan Navarro trabalhou com gravura e estudou arte em Massachusetts onde encontrou o lugar ideal para fazer crescer o seu interesse pela disciplina. É um pintor que projecta edifícios e um arquitecto que pinta quadros, é assim que muitos descrevem Juan Navarro, um artista completo. Diferentes linhas, cores e formas se combinam como um todo contínuo no trabalho do pintor para dar ritmo às suas pinturas. Navarro Baldeweg não copia a realidade, mas sim expressa sentimentos que intensificam aqueles elementos gravados em sua mente. Elementos esses que foram mostrados pelo convidado palestrante Pablo Ramos, presentes no projecto “La Casa de la lluvia”.
Este projecto nasce da inspiração e da observação do arquitecto onde encontra os elementos que lhe chamam mais atenção – gravidade , luz e movimento (tempo), estes três elementos vão ser a base da inspiração para realizar a casa da chuva. Na gravidade o arquitecto Pablo Ramos falou-nos de como uma coluna colossal não necessariamente deverá suportar uma enorme carga ou mesmo carga nenhuma, ficará apenas como objecto de reflexão para o observador para causar um certo desconforto ou questionamento. A luz é trabalhada por Juan Navarro de uma forma mais prática. Como nos foi mostrado Juan analisa as sombras fabricadas pela projecção da luz nas aberturas de uma casa e aplica, dando-lhe contraste, umas fitas no lugar das mesmas. Assim consegue congelar o tempo por meio da luz e do movimento. Ao aplicar ainda um baloiço pendurado por cabos metálicos a 45º em relação ao piso, faz culminar numa instalação os três elementos por ele analisados, dando-lhes força, contraste e inspiração para a sua casa da chuva.
O tema chuva, que irá inundar o seu projecto, foi consequência do estudo feito dos três elementos anteriores. Visto bem, a chuva carrega esses mesmos três elementos e Juan ao projectar uma casa num lugar onde a chuva teria uma grande presença não poderia deixar escapar esta oportunidade de aplicar as sua ideias. Tudo na casa foi pensando para avivar os cinco sentidos, desde o telhado metálico que fará com que a chuva ao cair faça um barulho característico, até ao tipo de pedra utilizado no piso externo que escurece quando molhado,as próprias canalizações que fazem a captação das águas pluviais estão bem presentes projectando-se como beirais.
“Eu estou interessado no edifício, como o vêem, como o sentem, como é feito, o edifício como um corpo.” ZUMTHOR, Peter - entrevista in “Berlage Papers 22”. p. 2.
Na área externa foi projectado uma estrutura metálica em forma de nuvem em duas dimensões que mais é uma instalação ao ar livre fazendo deste um detalhe pontual e talvez pessoal de toda a pesquisa feita por Juan.
Francisco Alonso de Santos
“O processo criativo deve produzir uma obra que detenha desenho, harmonia e beleza. Estas qualidades também estão presentes na criação matemática.” Kline, M. (1953). Mathematics in Western Cultura. Oxford: Oxford University Press. New York, 1977, pag. 523-525.
Francisco Alonso de Santos também conhecido por Paco alonso é arquitecto e professor da Escola de Arquitectura de Madrid e da Universidade Pontifícia de Salamanca, com apenas dois projectos construídos Paco é um arquitecto que relaciona a matemática e a geometria com a arquitectura criando projectos demasiados complexos e por vezes sem aplicar o programa exigido pelos possíveis clientes. Projectista que leva as suas ideias aos extremos sem olhar para as consequências.
Apaixonado pela forma geométrica da coluna,Paco vai desenvolver e trabalhar esta ate á exaustão ao concorrer para o concurso do museu “San Isidro” onde propõe uma coluna torcida de uma escala monumental numa paisagem que nada se assemelha á sua proposta. Sem introduzir o programa exigido,pois para ele nada poderia estragar a beleza da forma pura.
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