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Curso de Arquitetura e Urbanismo Teoria e História III

Por:   •  9/3/2019  •  Seminário  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  266 Visualizações

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Universidade de Caxias do Sul

Curso de Arquitetura e Urbanismo. Teoria e História III

Acadêmico: Natan Giotti

No texto o autor apresentou argumentos que procuravam compreender a questão arquitetônica como questão social. Ele denunciou a crise em que se encontrava a prática da arquitetura, combatendo o mau uso da tecnologia disponível, os “artificialismos ornamentais” e os excessos pitorescos da arquitetura anterior ao modernismo.

Ele propugnou combater essa crise por meio de uma arquitetura cuja forma derivasse das técnicas e materiais da sociedade industrial, mas que fosse assentada, simultaneamente, em leis estéticas e construtivas que não variam em função do tempo.

Costa defendia uma arquitetura vinculada a lógica da indústria, padronizada e reproduzível em grande escala, do modo mais econômico possível. Tratavase de uma concepção em que estrutura construída passava a ser o próprio espaço arquitetônico. Formafunção assegurada pelo uso de técnicas construtivas universais que respondesse efetivamente as demandas sociais da modernidade.

O concreto armado assumia papel central nesse imaginário que vislumbrava uma arquitetura harmonizada com o aspecto construtivo. Com o concreto armado e a respectiva estrutura técnica industrial, buscavase implementar edifícios mais objetivos e econômicos, livres de elementos de apoio e decorativos externos ao espaço elementar ou mais belos e lógicos, cujas forças de sustentação se distribuíssem de modo igual por todo o volume, conferindolhe unidade estética e perfeito equilíbrio entre as partes. A construção em concreto armado praticamente delinearia a arquitetura, fazendo da função a sua forma.

Nessa concepção não caberia nenhum tipo de ornamentação ou emprego de elementos supérfluos, que não integrassem a economia construtiva. O concreto armado liberou as paredes e outros elementos de sustentação de sua antiga função de apoio e produziu uma arquitetura de corpo mais fluido e versátil, constituída por superfícies lineares e lisas, muitas vezes extremamente finas. Outros materiais industriais de grande resistência como o ferro e o aço também deveriam ser empregados na constituição da estrutura arquitetônica. Procuravase o espaço arquitetônico que resultasse da própria construção. As técnicas desenvolvidas a partir de então teriam expandido as possibilidades plásticas e/ou esculturais do volume e permitido ao arquiteto maior liberdade em manipular o espaço interno. As paredes, por exemplo, livres da função de suporte, poderiam ser alocadas na planta de várias maneiras, sempre conforme o uso a que o edifício fosse destinado. Uma vez levantado o esqueleto e arranjada as paredes em seu interior, bastaria apenas vedar a estrutura com materiais leves como laminas de vidro, alvenaria, ou concreto para se alcançar a arquitetura pura e definitiva, o espaço em seu estado primordial, plenamente adequado as suas funções.

Segundo o autor, ele afirma a existência de princípios permanentes e que não são afetados pelo tempo a reger o ato arquitetural: a arquitetura é entendida como sistema construtivo, ou estrutura, e deriva sempre, das técnicas desenvolvidas socialmente. Nessa perspectiva, os arquitetos de toda e qualquer época não fariam mais do que manifestar princípios primordiais dentro dos limites formais do seu sistema construtivo. As concepções espaciais mudam, posto que respondam as transformações sociais em geral, mas a essência do espaço, os princípios de sua fundamentação, que constituem a arquitetura em si, é legitimada pela visão de que há um sistema construtivo ordenado por princípios inalteráveis.

Assim, os estilos históricos compartilhariam elementos estruturais, comum ao espaço antigo, mas seriam materializados conforme a estrutura técnica de dado período. O passado, presente e futuro se ligam pelo saber técnico, que é neutro ou impessoal, e portanto, é permanente.

Quando se refere ao gótico, por exemplo, Lucio Costa o interpreta em termos modernos, ressaltando sua uniformidade e padronização como qualidades universais, portanto intrínsecas a arquitetura contemporânea e ao ato arquitetural em si.

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