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ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM TERMINAL RODOVIÁRIO INTERURBANO

Por:   •  4/3/2016  •  Artigo  •  4.356 Palavras (18 Páginas)  •  724 Visualizações

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COMPLEXO RODOVIÁRIO PARA IMBITUBA/SC: ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM TERMINAL RODOVIÁRIO INTERURBANO.

Amanda Spíllere Krieger

RESUMO

Dentre alguns dos problemas de mobilidade que podem ser observados nas cidades, a inserção obsoleta de determinados equipamentos urbanos, como o Terminal Rodoviário, é responsável por acarretar uma série de conflitos nos fluxos e trajetos diários de um município. Neste contexto, o estudo dos parâmetros que orientam a concepção de um terminal, associado ao estudo da melhor localização para o mesmo, faz-se essencial. Uma implantação adequada ao contexto urbano é primordial para qualquer município, pelo fato do terminal funcionar como portal de entrada para viajantes e usuários provenientes de outras localidades. Especificamente sobre o caso de Imbituba, a implantação proposta justifica-se pela necessidade de centralizar o equipamento em relação à extensão territorial do município, e também busca reduzir o tempo de viagem desperdiçado no trajeto. O problema da pesquisa consiste em elaborar uma nova proposta de terminal rodoviário interurbano para a cidade, oferecendo acesso facilitado aos moradores, usuários e daqueles que trafegam na BR101. O presente trabalho é uma síntese do Trabalho de Conclusão de Curso I, elaborado pela autora como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo da UDESC.

Palavras-chave: Terminal Rodoviário. Transporte Interurbano. Imbituba. Estação Rodoviária.

1 INTRODUÇÃO

Prover uma solução ou minimizar os efeitos da problemática do transporte urbano e interurbano nas cidades é um desafio contínuo. O crescimento e expansão desordenados de atividades de diversos setores, o constante aumento populacional, associados à ausência de planejamento, são responsáveis pela desarmonia existente na mobilidade de muitas delas.

Por conseguinte, é necessária uma maior atenção em relação ao planejamento das mesmas, de seus fluxos e ligações, tanto quanto se faz interessante prever a infraestrutura indispensável para seu desempenho funcional e de seus equipamentos urbanos fundamentais. Em meio a esse conjunto de fatores, o tema apresentado estuda a possibilidade de melhor inserção do terminal rodoviário no tecido urbano do município, aproximando-o da Rodovia Federal que atravessa a cidade, e, simultaneamente, oferecer uma edificação que proporcione o atendimento adequado das necessidades da cidade e de seus moradores.

2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A problemática em estudo se dá em Imbituba, uma cidade portuária localizada no litoral sul de Santa Catarina, com população estimada de 40.170 habitantes e extensão territorial de 182.929km². Povoada por açorianos em 1715, é conhecida por em seu território ter sido fundada a quarta armação de pesca baleeira do Brasil, que entrou em decadência com a descoberta do petróleo e acabou extinta em 1829. O município está situado no coração da APA (Área de Proteção Ambiental) da Baleia Franca, instituição criada por decreto federal em setembro de 2000, e é considerado a Capital Nacional da Baleia Franca. O Porto de Imbituba, construído em 1871, foi implantado objetivando o embarque do carvão para posterior exportação. Sua concessão foi dada pelo Governo Federal por 70 anos a partir de 06 de novembro de 1942 à Companhia Docas de Imbituba. Findada em 2012, atualmente está sob administração do estado, representado pela empresa SCPar (PMI, s.d).

Seu atual terminal rodoviário intermunicipal, o Terminal Rodoviário Ângelo Manoel Fernandes (Figura 1), localizado no centro da cidade, foi concebido com intenção prévia de ampliação, sendo deixada parte do terreno de implantação para isso (informação verbal) .

Figura 1: Terminal Rodoviário Ângelo Manoel Fernandes, fachada anterior.

Fonte: Acervo próprio da autora, 2015.

A área de expansão foi cedida ao Fórum Comarca de Imbituba por meio de um termo de doação, assinado em 16 de junho de 2011, durante a gestão do Prefeito Roberto Martins. Na época, Martins alegou que o terreno em questão serviria para um projeto de integração que beneficiaria os munícipes . Porém, até o momento da elaboração do presente trabalho, o mesmo não havia sido executado.

Ao analisar a estrutura do atual terminal rodoviário é verificada a necessidade de se repensar a concepção deste equipamento urbano. Atualmente, o terminal interurbano do município, inaugurado em 07 de dezembro de 1996, apresenta obstáculos que dificultam seu uso e sua expansão para os próximos anos. Um dos problemas que interfere no uso é sua localização (Figura 2), que afeta os fluxos do município, em virtude da implantação do mesmo. O município não conta com um plano de mobilidade em vigência. Logo, isso acarretou em um mal posicionamento do terminal, o qual transtorna o acesso dos usuários de bairros mais afastados, em decorrência da longa extensão territorial do município.

Figura 2: Imagem aérea da implantação do Terminal Rodoviário.

Fonte: Google Earth®. Acesso em 22. mar. 2015. Adaptado pela autora.

Além da distância entre os bairros, há problemas de circulação até o terminal. No trajeto definido até o mesmo, os ônibus têm que cruzar o único semáforo da cidade. Porém, atualmente, grande parte das linhas vêm evitando esse transtorno, principalmente em horários de pico, já que chegam a perder entre 10 e 20min no semáforo, devido ao movimento de veículos. A solução foi mudar a rota dos itinerários, que agora acessam o terminal pela Avenida Nicolau B. da Rosa Matos, que dá diretamente nas plataformas de embarque/desembarque, nos fundos do terminal (informação verbal) . Porém, a via utilizada não é pavimentada, e na maioria das vezes encontra-se sem manutenção. Com a chuva e o consequente escoamento da água são abertas valas imensas.

Quando planejada, em meados dos anos 90, a circulação de veículos não era tão intensa, já que, na época da implantação do terminal, havia a alternativa do transporte ferroviário de passageiros, que funcionava como meio de deslocamento alternativo. Com a desativação do serviço em 1997 houve a migração destes usuários para o transporte interurbano rodoviário.

O fluxo médio de embarques/desembarques mensais varia de 1100 a 1300 embarques/desembarques, podendo

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