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Fichamento - História do Urbanismo Europeu

Por:   •  2/7/2018  •  Resenha  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  539 Visualizações

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Fichamento do Capítulo 3 “A Circulação e as Áreas Verdes” do livro “História do Urbanismo Europeu” de Donatella Calabi.

3. A Circulação e as Áreas Verdes

CALABI, D. A Circulação e as Áreas Verdes. In:______. História do urbanismo europeu: questões, instrumentos, casos exemplares. São Paulo: Perspectiva, 2012. cap. 3, p. 63-80.

Em linhas gerais

A primeira parte do livro — “O ‘mal’ cidade: diagnóstico e terapia” irá tratar do início das preocupações com o assentamento urbano a partir das transformações sofridas pela atividade industrial. Esta irá alterar profundamente as relações entre a cidade e o espaço rural, não apenas por meio das intervenções nas vias de comunicação, como também no fluxo migratório para as áreas urbanizadas. Assim, tomará importância o crescimento ordenado da cidade, com ênfase na temática da habitação operária, da circulação e dos espaços verdes, da higiene e do debate estético presente nessas reformas.

“A infraestrutura viária, em particular, é um instrumento importante à disposição do projetista, capaz de introduzir modificações e ajustes na organização urbana e propor um projeto de modernização da cidade histórica. Na ideologia do plano, é dada certa proeminência à infraestrutura em relação às outras questões. [...]” (p.64)

“[...] Suas análises [de Hènard] tendem a subdividir os problemas do planejamento de Paris em três grupos de questões, ligadas respectivamente à circulação e ao sistema viário, aos espaços livres e à construção propriamente dita. [...]” (p.66)

“No que se refere aos espaços livres, após análise comparativa com Londres, [Hènard] pretende substituir a rede de parques existentes por um sistema geral de grandes parques repartidos harmoniosamente dentro da cidade. A praça é a modalidade intermediária (entre jardim e rua) de utilização dos espaços livres. Criticando Sitte, é através dos novos meios de acesso que o autor dos Études espera a volta da vida pública na praça.” (p. 67)

“[...] Durante todo o século XIX, em vários países europeus, principalmente na Alemanha, a remoção do perímetro das muralhas oferece a ocasião e o pretexto para resolverem um grande número de soluções urbanas decentes, em geral inspiradas no Ring de Viena. [...]” (p.71)

“”[...]Mas a fama do Ring, como já vimos, chega também à Itália, exatamente quando se pensa na transferência da capital do reino para Florença. [...] Demolidas as muralhas do tempo dos Medici, uma ampla avenida arborizada deveria ser realizada, criando um anel vário à guisa de uma grande “estrada parque”, e em seu perfil externo, do lado setentrional em relação ao rio Arno, deveria ser adaptada uma faixa bem elástica de loteamento com malha em forma de xadrez.”” (p. 72)

“[Em Viena] [...] Torna-se necessário mesclar o tecido urbano, demolindo os bastiões, e reunir as partes através da construção de um Ringstrasse (anel viário ou grande avenida em torno do centro histórico), dotado de uma coroa de edifícios públicos e comerciais, com museus e teatros funcionais, apesar da imagem de estado absolutista criada pelo imperador Francisco José e seus conselheiros. [...]” (p.73)

“O sistema de anéis, que enfatiza a circulação em volta da cidade velha, é complementado, no seu lado interno, com importantes edifícios representativos, deslocados diversas vezes na fase de projeto acima e abaixo do anel, como testemunho de uma certa indiferença em relação à localização. [...]” (p. 75)

“O sistema de parques deve ser concebido simultaneamente ao plano da cidade – o crescimento urbano é definido e controlado por um conjunto de espaços livres e de jardins públicos, interligados a um sistema viário rigorosamente hierarquizado, que define um zoneamento.[...]” (p.76)

“[...] Os primeiros estudos conduzidos em alguns trechos do perímetro das muralhas ainda não constituem obras de desqualificação; porém, a ênfase dos projetistas nos jogos e esportes indica uma das funções a ser acolhida na organização do conjunto das fortificações, vistas como possibilidade de incrementar as condições da higiene urbana. Um componente decisivo é o próprio sistema de áreas verdes, que toda grande cidade modelo deve possuir e que deve ser composto de elementos hierarquicamente diferentes [...]” (p. 76)


““Forestier [...] critica o concurso [para o plano de ampliação de Paris] e analisa os projetos premiados, apontando a ênfase sobre o sistema viário e a pouca atenção aos passeios, além do abuso da expressão “cidade-jardim”[...]”” (p. 78)

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