Fichamento de Urbanismo B
Por: Rebeca Baracat • 20/8/2018 • Trabalho acadêmico • 738 Palavras (3 Páginas) • 263 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
FICHAMENTO DE URBANISMO B
Professoras: Mônica e Claudia
TEXTO 02 – Reconstruindo uma história esquecida: origem e expansão inicial das favelas do Rio de Janeiro
Rebeca Schonenberger Baracat RA: 18096248
Campinas 2018
Na introdução do texto mostra como o Rio era perante as favelas até o fim da década de 1930. Apresenta estatísticas das habitações em favelas e o valor que o governo dá a isso. De acordo com o texto, as favelas até a década de 30, ‘’existiam de facto mas não de jure’’. Isto é, elas estavam lá, mas ninguém as considerava como parte da cidade e sim como locais provisórios. Só a partir da década de 40 começam a dar atenção a esses lugares.
O Rio de Janeiro no final do século XIX era marcado como a capital do Brasil, porém grandes contradições. Necessitava doe um porto novo para agilizar as importações e exportações, ampliar as vias para melhores condições de circulação tanto de pedestres quanto de meio de transporte e por fim as baixas demográficas que causam várias epidemias, principalmente as sanitárias.
Com isso as dificuldades estavam em ter capitais ou na ausência do comando político efetivo nas ações. Com o problema da insalubridade além de acarretar na queda de produtividade, solapava a política imigratória e reduzia o fluxo de capitais estrangeiros para o país.
O combate as habitações coletivas no Rio foram maiores perante os cortiços que chegaram a abrigar mais de duas mil pessoas. Houve um grande impasse entre os órgãos públicos de higiene, que faziam de tudo para destruir os cortiços, e a Câmara Municipal que lucrava com os cortiços. No fim da década de 1890 já tinham conseguido demolir e fechar alguns cortiços, porém isso não mudava a questão econômica do Brasil e somente entre 1903 e 1906 a economia volta a melhorar com as indústrias de café.
A origem da favela é anterior à Reforma Urbana. E ela surgiu por dois motivos: Crises habitacionais e crises políticas e estas são a Revolta da Armada e de Canudos. A partir disso começa-se a ter insuficiência de moradias aos militares que trabalhavam nessas lutas e então constroem barracões que futuramente serão vendidos para o que a imprensa chama de ‘’paisanos’’.
Após divulgarem na imprensa a ocupação ilegal e lucrativa dos terrenos insalubres, o prefeito ordena a imediata destruição de todos os casebres. A era das demolições é marcada pela imprensa censurando o real problema e os engenheiros somente dando atenção à originalidade e inesperado do povo.
A ‘’Caridade de Terra’’ é reportada mesmo que quase sem informações e em 1910 a favelização ganha ímpeto. No curto espaço de tempo, em 10 anos, as favelas tomam a paisagem carioca e a partir de 1920 tornam-se multidirecionais e incontroláveis.
Das favelas às favelas diz respeito ao governo retirar o Morro Santo Antônio da existência. Isto não acontece de fato, mas os moradores do Morro da Providência se rebelam quanto a isso e os denominam a partir dessa reação de perigosos, criminosos... E, portanto, se começa a dar forma de que a favela é um lugar ruim.
A imagem da favela é cada vez mais racista. Temos dois modos que as adjetivam. O primeiro diz que o povo morador desta área é ralé =, maldoso e que mataria por qualquer motivo. E após a prescrição de que iriam ‘’limpar os morros’’, a imprensa aparece com o novo e segundo adjetivo: o de pobre, trabalhador e sem condições por culpa dos poderosos.
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