Fichamento - O Gerenciamento ao empresariamento urbano
Por: arturbnas • 20/12/2017 • Resenha • 502 Palavras (3 Páginas) • 577 Visualizações
Artur Batista do Nascimento Mód.: Geo. Urbana
Leitura 6 - HARVEY, David. Do gerenciamento ao empresariamento urbano
Harvey explica como o capitalismo intervém na construção de uma geografia histórica própria e a consequência disso na sociedade. Os processos urbanos no capitalismo são moldados pela acumulação e rotação do capital e realizam papel principal na distribuição geográfica das atividades humanas e da prática político-econômica do desenvolvimento geográfico desigual, essa influência no urbanismo acaba limitando o desenvolvimento capitalista e gerando uma cidade que se cria de forma espontânea.
A partir daí começaram a se discutir de maneira mais ampla o urbanismo, entendo sua necessidade para a cidade, uma vez que para Harvey, a urbanização representa um processo social que ocorre no espaço, que configura o posicionamento de instituições políticas e administrativos. Entendeu se assim que a administração urbana reflete de forma direta na economia dentro das cidades. Porém o gestão da cidade não se limita a urbanização, a cidade deve ser pensada de acordo com todos os agentes sociais que a compõe. A visão da cidade que foi criada como uma empresa, fez com que surgisse um interesse em investir e incentivar as empresas. Para ele, esse empresariamento salienta de forma exagerada na economia política do local, caracterizados por projetos específicos, deixando de lado, por vezes, problemas gerais de toda a região, como por exemplo melhoria nas condições de vida da população. Outra característica advinda do empresariamento das cidades é a "parceria público-privada", no intuito de atrair investimentos e gerar empregos, porém o setor público, ao aceitar essa parceria é quem assume o risco, uma vez que os benefícios ficam com a iniciativa privada.
No capítulo que trata das “estratégias alternativas para a administração urbana”, Harvey trata quatro opções desse empresariamento, a primeira explora “A competição no quadro da divisão de trabalho significa a exploração de vantagens específicas para a produção de bens e de serviços. ”, vantagens que podem ser localização, mão de obra de qualidade e cita também o valor do incentivo do governo local. Ele ressalta o crescimento da competitividade diretamente proporcional ao consumo, tanto que a cidade deve se atentar a fatores como qualidade de vida, elevação da qualidade do meio urbano, nos atrativos de consumo, dentre outros. A segunda afirmação se relaciona com as parcerias público privadas e o risco assumido pelo público, e na quarta o foco em pontos específicos, e o esquecimento, por vez, de um território como um todo.
Harvey conclui que os benefícios do empresariamento servem como uma espécie de mascara, escondendo toda a realidade por trás das mudanças, dentre elas a desigualdade social, uma vez que benefícios atingem somente parte da população e a acumulação de capital e mudança de empresariamento favorecem somente a autonomia do estado.Porém ao se tratar da cidade como uma corporação coletiva, com decisões tomadas de forma democrática, seria positivo.
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