Fichamento Urbanismo (Acioly & Davidson)
Por: Bruno Marcon • 3/4/2024 • Trabalho acadêmico • 592 Palavras (3 Páginas) • 75 Visualizações
Hoje em dia, os planejadores urbanos e urbanistas enfrentam um problema crucial sobre a forma, o tamanho e o padrão do crescimento das cidades no século XXI. De um lado, podemos encontrar as cidades compactas, bem densas, e verticalizadas, enquanto do outro lado temos as cidades mais amenas, tranquilas e menos densas.
A densidade do crescimento urbano é um tema controverso e, muitas vezes, confuso. Decisões tomadas nessa área podem ter um grande impacto na saúde, no meio ambiente, na produtividade das cidades e no processo de desenvolvimento humano como um todo. As densidades urbanas afetam diretamente os processos de crescimento urbano tanto no nível da cidade quanto do bairro, como, por exemplo, o congestionamento, a falta de espaço de lazer, a baixa qualidade ambiental, etc. Mas, por outro lado, também são afetadas por imperfeições nas políticas de habitação e fundiária urbanas, por ineficiência de gestão e planejamento urbano e por parâmetros de desenho urbano que, ao final, limitam a oferta e a disponibilidade de espaço residencial e aumentam os custos e valores do espaço urbano de forma excessiva.
O livro Densidade Urbana acompanha o trabalho do arquiteto e planejador urbano Claudio Acioly Jr. e do planejador urbano Forbes Davidson. O propósito deste trabalho foi examinar e apontar as debilidades, desafios e virtudes enfrentados em diversas metrópoles pelo mundo em relação à densidade e ao planejamento urbano.
A quantidade de habitantes em uma cidade é um reflexo do seu planejamento e administração. Diversas localidades ainda enfrentam este problema em termos de sua densidade, o que gera uma dúvida entre os diversos profissionais que lidam com esta questão: Qual o modelo ideal da cidade contemporânea? Existe um número mínimo de habitantes?
Ao analisar os diversos modelos urbanísticos existentes pelo mundo, percebemos opiniões diferentes a respeito do ideal. Enquanto alguns defendem uma densidade urbana elevada, com uma intensa verticalização, outros preferem um controle rigoroso dessa taxa, o que aumentaria a qualidade de vida dos indivíduos. Essa análise é relevante para o estudo dos fenômenos que ocorrem nas metrópoles e nos ajuda a traçar metas de planejamento e aperfeiçoamento da gestão urbana. Atualmente, diversos especialistas concordam que maiores índices de densidade urbana proporcionam melhores condições de vida e moradia, devido ao maior investimento em infraestrutura urbana. No entanto, é comum encontrarmos inúmeros casos de grandes aglomerações urbanas, como Guiné-Bissau, em que as condições habitacionais e de moradia são precárias, afetando a qualidade física e moral dos habitantes, o que é difícil de lidar em pleno século XXI.
Por outro lado, temos casos como Brasília, onde a baixa densidade populacional causada pelo seu planejamento de suas superquadras acaba segregando seus habitantes e causando o fenômeno das suburbanização periféricas, onde áreas isoladas da cidade acabam se urbanizando, causando um isolamento dessas áreas é uma prioridade ao transporte individual, o que causa um problema socioambiental de grandes proporções.
Comumente, muitos adoram transferir os habitantes para áreas centrais da cidade, a fim de aumentar a interação e, consequentemente, o aumento da população urbana, o que resulta em uma economia para o governo na construção de infraestrutura. No entanto, em diversas
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