O Aldo Rossi
Por: Ana Luiza Morais • 12/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 533 Palavras (3 Páginas) • 375 Visualizações
Aldo Rossi
Nos meados dos anos 70, a arquitetura italiana começou a ganhar seu espaço no panorama internacional, por conta das ações dos arquitetos da época, que começaram a converter as invenções e novidades em algo mais identidário, sem sair das tipologias da cidade tradicional.
Aldo Rossi foi um desses arquitetos, que, junto à Carlo Aymonino, Giancarlo De Carlo, Vittorio Gregotti e Giorgio Grassi, formaram o grupo La Tendenza, mais conhecido como Escola de Veneza. Com a herança deixada por Ernest Nathan Rogers, que foi uma grande referência italiana, o grupo reintroduziu conceitos como ‘tradição’, ‘história’ e ‘monumento’, termos que foram banidos da linguagem na primeira metade do século XX.
O grupo revê temas da modernidade, tentando constituir uma relação teórica e operativa entre a análise urbana e o projeto. Um estudo que se divide em três enfoques principais: a conexão entre a tipologia da arquitetura e a forma urbana; a concepção de um projeto como expressão de uma cidade; e a correlação entre a tradição e a inovação.
Figura *. Estudo para um quarteirão em Berlim.
Fonte: Revista Casabella 654, p. 17.
Sendo assim, a arquitetura de Aldo Rossi caracteriza-se como a expressão da cidade, que, consequentemente, misturava a inovação com a tradição. Desde cedo, Aldo desenvolveu uma experiência que se dividia entre o projeto e a pesquisa. Em meados dos anos 60, ele traduz para o italiano, além de editar, a obra Architecture: essai sur l’art, de Étienne-Louis-Boullée.
O interesse pela arquitetura do iluminismo confirmou-se no decorrer de sua trajetória, como dá pra notar as referências presentes nos textos que ele fez. E, em 1970, ele já era arquiteto, professor e teórico, o que fez com que Rossi desenvolvesse essas três áreas de atuação.
L’Architettura della città, que traduzido para o português, A Arquitetura da Cidade, é um livro de sua autoria, publicado em 1966, em que ele canaliza uma significativa expressão de alento principalmente para jovens e estudantes de arquitetura para que os motivasse a redescobrir, estudar e analisar a cidade em sua história.
Sobre a experimentação a que se dedicam os jovens arquitetos que eram motivados por seu trabalho, Rossi afirma: “na realidade as formas arquitetônicas elaboram-se no tempo e tornam-se patrimônio comum da arquitetura como acontece com qualquer técnica ou ciência. Alguém antes de nós viu certas coisas e no-las transmite.”
A respeito da invenção que se apropria da experiência que acumulou ao longo dos anos, Rossi continua: “engano pensar que a criação nasce do nada ou de cada um”.
Rossi indicava seus mestres: Mies Van der Rohe, Adolf Loos e Heinrich Tesenow. Do primeiro, ele afirmava ter aprendido que o “detalhe é invenção só na medida em que é aplicação da mente à clareza do resultado e que desta forma nos preservamos de todas as falsidades do êxito”.
Já do segundo, ele afirmava: “a temer o engano que se esconde também naquilo que cremos ser ótimo porque o engano consiste não só no ornamento, mas também no habito e naquilo em que nos deleitamos sem que nós mesmos nos engrandeçamos.”
Do terceiro, ele
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