Organização e Representação do Conhecimento: Um Estudo Aplicado aos Documentos de Gestão da Qualidade
Por: JulianaLodiCarv • 11/5/2016 • Resenha • 695 Palavras (3 Páginas) • 521 Visualizações
HIPPERT, M.A.S.; NAVEIRO, R. M. Organização e representação do conhecimento: um estudo aplicado aos documentos de gestão da qualidade. Ambiente Construído (online), Porto Alegre, v. 10, n.1, p 89-101, jan./mar.2010
Maria Aparecida Steinherz Hippert possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Juiz de Fora (1983), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense (1998) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Suas linhas de pesquisa são em Educação em Engenharia e Gestão de Projetos na Construção Civil. Ricardo Manfredi Naveiro possui graduação em Engenharia Mecânica pela Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1972), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), doutorado em Projeto do Produto pela Universidade de São Paulo (1991), pós doutorado no Departamento de Engenharia Industrial da North Carolina State University (2001) e junto ao grupo de Sistemas de apoio à decisão na Universidade Paris VI. Suas linhas de pesquisa são em Difusão de novas tecnologias de projeto e de produção na indústria e Gestão do desenvolvimento de projeto de produtos.
O trabalho em questão apresenta uma proposta estruturada para organização do conhecimento sobre materiais e serviços de construção utilizados por empresas de edificações onde cada empresa deve considera-la genericamente adaptando de acordo com suas próprias necessidades. O objetivo é apresentar assim, uma proposta de estrutura que organize o conhecimento sobre materiais e serviços necessários ao processo construtivo utilizado pelas empresas de edificações.
A Introdução do texto aborda o conhecimento como uma fonte de vantagem competitiva onde impulsiona uma nova economia na qual essa competitividade está associada à criação e ao compartilhamento com os demais parceiros da empresa. É colocado que o conhecimento deve ser representado por uma ontologia, mesmo que ainda não existente para a construção civil, entendida segundo Chandrasekaran, Josephson e Benjamins (1999) por um “conjunto de conceitos padronizados, termos e definições aceitos por uma comunidade particular”.
Segundo apresentado, a estruturação do conhecimento deve ser organizada seguindo um critério de grupos ou classes com base nas semelhanças existentes, porém são abordadas algumas dificuldades em relação à construção civil no que diz respeito à falta de um sistema de classificação consensual e inexistência de uma norma nacional.
A estrutura normalmente utilizada é baseada em uma árvore hierárquica cujo entendimento é facilitado, porém tem certa rigidez na inserção de novos elementos e onde pode-se encontrar objetos classificados em mais de uma classe. Outra opção de classificação do conhecimento é a utilização de facetas, desenvolvida por Ranganathan (1967) cujo objetivo era a criação de uma biblioteca na qual agrupa termos estruturados por assunto.
O artigo mostra de forma geral, a metodologia de pesquisa aplicada em uma pequena empresa realizado por etapas como definição da abrangência da análise, finalidade da organização pretendida, resgate do conhecimento existente nos documentos dos sistemas de qualidade da empresa construtora, montagem da estrutura para organização do conhecimento, estabelecimento dos termos de conceitos, teste da estrutura e representação do conhecimento. Utilizando da classificação facetada, adquiriu-se o conhecimento sobre os materiais e serviços utilizados pela empresa fazendo-se o registro e organizando os mesmos em classes. Essa análise foi realizada junto aos profissionais da construção civil por nível de experiência na área levando a criação de uma árvore de documentos, processos, elementos e material básico possibilitando assim que os materiais, serviços e fornecedores fossem relacionados e que a gestão ficassem organizada e otimizada.
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