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Paola Berenstein Jacques

Por:   •  27/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  264 Visualizações

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O texto Parte de três questões “os Conflitos no espaço público, a corporeidade (como as pessoas agem de acordo com o ambiente) destes e a vitalidade e intensidade da vida nos espaços públicos”. A partir disso, ela começa descrever que os espaços públicos das cidades contemporâneas passam por um processo de espetacularização urbana a busca pela cidade “ideal” o que leva a negação de conflitos e tenta homogenizar os espaços públicos levando ao empobrecimento das experiências corporais, buscam se tornar midiáticas e eliminar a vitalidade das cidades.

Isso tem sido muito criticado pelo mundo acadêmico, sendo conhecido como “Cidade Genérica”.Buscam construir uma imagem de redes globalizadas, turísticas e culturais, ela cita como exemplo “modelo Barcelona” que exporta essa ideia oferecendo consultores especializados na criação de “imagens cenários”.

Os espaços públicos contemporâneos são vistos como estratégicos para construção e promoção de imagens e marcas consensuais e publicitarias, a imagem é tida como mercadoria e manipula o gosto e a opinião das pessoas, ou seja, o mercado é quem dita o “ideal” de forma homogênica e consensual.

Hoje o termo publicidade está equivocadamente ligado a propaganda “marketing” é a voz do mercado com endereços prioritariamente privados. O mercado é resumido em fábrica de consensos ele quem dita o que as pessoas precisam de forma que venham a incentivar o consumo, o que resulta no empobrecimento da própria experiência urbana ditam o domínio da sensibilidade.

Projetos urbanos contemporâneos do mundo todo seguem essa mesma estratégia “homogenizadora, espetacular e consensual” espaços públicos são transformados em imagens publicitaria não se fala mais nas pessoas e sim em venda de espaços públicos para fins privados, as imagens da cidade como marcas distintas se parecem cada vez mais entre si para atrair turistas. Para que isso ocorra os espaços públicos das cidades estão imitando espaços privados.

Hoje a ideia de espaço público passa a ser um espaço privado interno e com segurança privada, como um shopping por exemplo, espaços controlados e conflitos devidamente eliminados.

Richard Sennet diz que espaços pacificados estão diretamente relacionados a pacificação de nossos corpos e que o espaço público esta buscando imitar o privado pensando em atrair turistas e especuladores imobiliários, imagens do espaço público das cidades pacificas. Essas imagens que não mostram o conflito a realidade, são imagens de espaços políticos.

Jacques Rancière diz que esses espaços públicos transformados em simples imagens espetaculares são a própria negação do politico que tal caráter não deveria estar em qualquer esfera pública, ela fala que o consenso pressupões em suma o desaparecimento da politica, ela define o consenso como um estilo de governo que privilegia a discussão e a negociação e o dissenso como conflito e interesses de valores, possibilidade de opor um mundo comum a outro.

Rosalyn Deutsche mostra que não podemos ser nostálgicos a tentar recuperar aquilo que nunca tivemos. Ela fala que o espaço social é constituído de conflitos e que só a partir disso uma democracia espacial poderá surgir.

Chantal Moufe defende a ideia de modelo agonista competitivo sem conciliação final, sem possibilidade de consenso no espaço público

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