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Relatório Bioclimático de Torres - RS

Por:   •  13/3/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.427 Palavras (6 Páginas)  •  254 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

BIANCA PEREIRA DO ROSÁRIO
THAÍS MAIA DOS SANTOS

RELATÓRIO

RELATÓRIOS DE ESTRATÉGIAS DE BIOCLIMÁTICA

BELO HORIZONTE - MG

2019

BIANCA PEREIRA DO ROSÁRIO
THAÍS MAIA DOS SANTOS

RELATÓRIO

RELATÓRIOS DE ESTRATÉGIAS DE BIOCLIMÁTICA

Atividade da disciplina de Projeto de Arquitetura Bioclimática do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Prof.: Maria Inês Lage de Paula

BELO HORIZONTE
2019

INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta uma situação estudada na cidade de Torres (município localizando em Rio Grande do Sul), entre os meses de Janeiro a Dezembro. Ele descreve dados para possibilitar ao arquiteto a escolha ideal do tipo de construção que deve ser executado no levantamento da edificação. É preciso ter em mente, que as alterações climáticas têm sempre que fazer parte de qualquer planejamento futuro. E este é o momento em que se deve encarar a responsabilidade na construção de uma edificação que dure no médio em longo prazo. Este planejamento requer que sejam levados em conta as inter-relações existentes entre a infra-estrutura urbana, as edificações, e a adaptação aos riscos climáticos.
A pesquisa colabora na qualidade do projeto e na adaptação do mesmo ao clima local, além de possibilitar custo-benefício ao cliente. Portanto, acessar este potencial no setor da construção civil contribuirá com a solução de problemas globais de mudanças climáticas, redução da poluição do ar, mais saúde, maior segurança energética, entre outros.

 RELATÓRIO – MÉTODO DAS TABELAS DE MAHONEY

Para a implantação do edifício na região do munícipio de Torres, fizemos um diagnóstico utilizando as tabelas de Mahoney a fim de nos orientar no trabalho para um projeto capaz de superar as temperaturas climáticas da cidade.
Com isso, recomenda-se primeiramente que a planta de configuração seja linear, com fachadas principais orientadas para Norte e Sul a fim de reduzir a exposição ao sol.
Torres tem como predominância o rigor térmico de conforto (23,85%), a ventilação natural (22,27%), aquecimento solar passivo/alta inércia térmica (com 44,33%) e aquecimento passivo (equivalente a 9,55%.) durante o ano.
Apenas nos meses de Junho a Setembro, Torres se torna uma cidade mais fria, tanto durante o dia como à noite, ou seja, a temperatura se mantém baixa.  Para isso utilizam-se paredes externas leves, que possibilitam a entrada do calor e as vedações internas pesadas, para um maior armazenamento desse calor e uma defasagem térmica mais lenta durante a noite. Para a utilização da edificação durante o dia faz-se um espaço aberto para a penetração da brisa, protegido do vento quente ou frio. Os compartimentos em fila, com duas faces externas opostas para permitir permanente movimento do ar e evitar possíveis complicações médicas às crianças da creche.
Já para as aberturas, que sejam médias e localizadas na orientação Norte e Sul, no lado exposto ao vento e na altura do corpo.
As coberturas devem ser leves e isoladas.
Para os pisos podemos optar com materiais leves, de baixa capacidade térmica.


INCIDÊNCIA SOLAR- RADIAÇÃO

Conforme a latitude da cidade de Torres, observamos os horários em que a incidência solar é superior a 400 na Tabela-9 do Manual de Conforto Térmico (Anésia Frota e Sueli Schiffer, pág.207). Lembramos que a tabela em questão corresponde valor aproximado (30° Sul) em relação a Torres (-29.23° Sul).
Segue a tabela:

[pic 1]

Tabela - Para melhor compreensão da incidência solar em Torres:

-

Norte

Sul

Leste

Oeste

Solstício de Verão

Sem radiação

Sem radiação

Radiação de 7h a 10h

Radiação de 14h às 17h

Equinócio

Radiação de 10h às 14h

Sem radiação

Radiação de 7h a 10h

Radiação de 14h às 17h

Solstício de Inverno

Radiação de 9h às 15h

Sem radiação

Radiação às 9h

Radiação às 15h

  • Máscara feita a partir da análise:

[pic 2]

 

RELATÓRIO – DIAGRAMA DE GIVONI

Com base no estudo do diagrama de Givoni analisamos que o traçado realizado na carta bioclimática, referente à cidade de Torres/RS está inserida nas seguintes zonas:

  • Conforto: É o estado que expressa satisfação ao homem com o ambiente térmico que o circunda. Dessa forma, é possível verificar que a sensação de conforto térmico pode ser obtida para umidade relativa que varia entre 20 a 80% e temperaturas entre 18° e 29°. São correspondentes 23,85% de sensação térmica de conforto na cidade de Torres. 

O que pode ser feito: Quando o ambiente interior estiver com temperatura próxima a 18°C, deve-se evitar o impacto do vento, que pode produzir desconforto. Em situações de temperatura próxima a 29°C é importante controlar a incidência de radiação solar sobre as pessoas, evitando assim o excesso de calor.


  • Ventilação Natural: Atenua a sensação de calor que pode estar presente em ocasiões em que a temperatura interior da edificação passa os 29° e que a umidade do ar for maior que 80%. Torres tem uma ventilação natural equivalente a 22,27%. 

Oque pode ser feito: Atenuadar por intermédio da ventilação.

  • Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: Neste caso, devem-se adotar medidas construtivas com maior inércia térmica a fim de evitar perdas de calor, ou seja, durante o dia é absorvido calor e à noite é liberado aos poucos. Esta zona está entre as temperaturas de 14° a 20°. Corresponde a 44,33% na cidade de Torres. 

O que pode ser feito: Opta-se por um o aquecimento solar e um isolamento térmico, evitando que o calor interno seja transmitido ao exterior e aproveitando os ganhos internos de calor, aumentando a temperatura interior.

  • Aquecimento Passivo: Este tipo de aquecimento deve ser adotado para casos em que o local tem baixa temperatura do ar. No caso da cidade em estudo, isso é equivalente a 9,55%.

O que pode ser feito: Junto com a estratégia de alta inércia térmica onde são utilizados componentes de elevada capacidade térmica, sujeitos a exposição direta dos raios solares. Ou seja, uso de componentes que retêm o calor absorvido e que liberam lentamente para o interior do ambiente quando as temperaturas internas tornam-se inferiores. Estes componentes devem ser sombreados e protegidos da exposição aos raios solares no verão para evitar sobreaquecimento do ambiente interno.

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