Resenha Crítica do Livro Invente Seu Bairro
Por: gabrielabeghelli • 24/3/2020 • Monografia • 572 Palavras (3 Páginas) • 293 Visualizações
Resenha dos capítulos 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 14 do livro Reinvente seu bairro de Cândido Malta C. Filho
O autor inicia o capítulo falando sobre a organização urbana do comércio, dos serviços em geral e dos serviços de saúde e educação. É feita uma análise em relação ao comércio e serviços, organizando em 3 níveis.
O nível 1, compreenderia comércios e serviços que seriam considerados “locais”, ou seja, com frequência diária, como mercados, açougues e bares. Esse nível trata de serviços e comércios que estão perto das moradias.
O nível 2, compreenderia comércios e serviços “diversificados”, com frequência menor, como lojas de roupas e sapatos. Esse nível trata de serviços e comércios que estão dentro do bairro, porém, mais afastado das moradias.
O nível 3, compreenderia comércios e serviços típicos de centros, sofisticados, com frequência de demanda muito menor, ao estilo semestral e anual, como relojoaria e loja de automóveis. Esse nível trata de serviços e comércios que estão localizados nos centros.
Ao falar da organização das escolas e postos de saúde, ele afirma ser necessário uma atenção maior, devido a sua frequência. Para realizar a organização, devem ser discutido a realidade presente nas diversas configurações da estrutura urbana e os tecidos correspondentes. O grau da mobilidade urbana afetará o custo material e econômico.
Essa abordagem pela frequência da demanda tem a qualidade de colocar a questão da mobilidade urbana em foco, que é o maior problema urbano da cidade. Para o morador, quanto maior for a frequência da demanda, mais fácil é o acesso.
A proximidade espacial do comércio e dos serviços estará definida pelo mercado imobiliário, que nem sempre atende ao interesse da maioria, quando não houver planejamento público ou privado.
Cândido, como urbanista, reforça que o poder público deve distinguir claramente as atividades que se beneficiam da localização nos corredores de transporte das que são prejudicadas por essa mesma localização. Os urbanistas precisam de uma diretriz urbanística de planejamento que distinga clara e enfaticamente as “ilhas de tranquilidade” dos “rios de tráfego interno”.
Malta direciona o texto para o conceito de unidade ambiental de moradia, que é o espaço de morar, onde gera uma tranquilidade. Esse espaço poderia espraiar para além do lote se não fosse o uso cada vez mais intenso dos veículos, que gera uma degradação ambiental do espaço, violência urbana, roubos, assaltos e poluição ambiental. Tudo isso empurra os cidadãos para trás de grades e paredes e trancas; isolando-os do espaço de uso coletivo, separando os cidadãos. A organização da cidade em unidades ambientais de moradia de qualidade variada propicia uma diversidade ambiental.
Essas unidades permitiram um controle no aumento do volume de veículos, com a criação das travessias elevadas, ruas sem saída, etc, que gerou ilhas de tranquilidade, conceito associado a um uso civilizado e contido do automóvel. Foram criadas também as malhas cerradas de microônibus e metrô.
O Centro Histórico de São Paulo vem sofrendo perda de densidade demográfica com aumento de densidade de viagens por automóveis, ocasionando em uma expulsão da região, das famílias de menor renda. Isso criou a política de
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