Resenha: Fundamentos da Arquitetura
Por: paolayoshima • 26/8/2024 • Resenha • 1.227 Palavras (5 Páginas) • 46 Visualizações
26 de agosto de 2024
REsenha: fundamentos da arquitetura farrely
Capítulo I – Contextualizando a Arquitetura
Ao iniciar um projeto arquitetônico, é fundamental realizar um estudo preliminar sobre a edificação, considerando sua interação com a cidade, o entorno e os habitantes. Isso envolve uma análise detalhada do terreno, incluindo uma visita ao local para examinar as construções existentes, seus materiais, formas e alturas. Além disso, é importante compreender a relação do terreno com a natureza, observando o percurso do Sol, o sentido do vento e as características do solo. Também deve-se analisar os acessos ao local, os meios de transporte disponíveis, as atividades predominantes e o perfil do público que frequenta a área.
O contexto histórico do terreno deve ser estudado, já que cada lugar carrega marcas e memórias de épocas passadas, influenciando as edificações atuais. É necessário distinguir entre lugar e espaço: o primeiro tem memória e identidade, enquanto o segundo é puramente físico. Um mapeamento histórico pode ser realizado sobrepondo vários mapas que representam diferentes estágios do local, permitindo a identificação de eixos significativos para o projeto.
A próxima etapa é a documentação e mapeamento do terreno, que inclui a elaboração de croquis, representações gráficas do espaço que ajudam a entender sua dinâmica. O estudo de figura e fundo é crucial para identificar áreas de cheios e vazios, enquanto o levantamento topográfico fornece detalhes físicos do terreno, como largura, profundidade e curvas de nível. Esse levantamento é representado por plantas baixas, elevações, cortes e maquetes de volumes.
A conclusão do estudo deve considerar o contexto urbano e paisagístico, decidindo se a nova obra será distinta ou harmoniosa com o entorno. A decisão de destacar ou integrar a edificação ao meio é uma escolha pessoal do arquiteto.
Capítulo II – A História e os Precedentes
A arquitetura é influenciada por precedentes históricos, sociais e culturais, aplicando essas influências às formas e estruturas contemporâneas. O desenvolvimento arquitetônico desde a antiguidade mostra uma evolução nas técnicas e materiais de construção, desde as pirâmides egípcias, que refletiam a dualidade da crença egípcia, até a arquitetura grega, que formalizou a linguagem arquitetônica com as cinco ordens de colunas: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita.
No período Medieval, surgiram estilos como a Arquitetura Gótica, caracterizada por arcos, pináculos e vitrais, refletindo narrativas bíblicas. O Renascimento rejeitou o medieval e retomou o interesse pelo clássico, com figuras como Filippo Brunelleschi e Michelangelo trazendo inovações como a cúpula de Santa Maria del Fiore e uma abordagem criativa única.
O século XVII trouxe o Racionalismo, com arquitetos como Ledoux e Boullé buscando a verdade externa das formas. Na Inglaterra, Inigo Jones introduziu o racionalismo na arquitetura, enquanto a arquitetura contrastante de Henry Hoare refletia a crença na verdade encontrada pelos sentidos.
O Modernismo, impulsionado pela Revolução Industrial, introduziu novos materiais como ferro e aço, exemplificados pelo Palácio de Cristal e a Torre Eiffel. Mies van der Rohe e Le Corbusier inovaram com o uso do vidro e o conceito de planta livre. O Movimento de Stijl, com suas composições simplificadas e cores primárias, também influenciou o design arquitetônico.
Capítulo III – A Construção
A construção traduz a arquitetura em sua dimensão física e materialidade. A alvenaria, feita com pedras e tijolos, requer técnicas específicas como arcos para sustentar aberturas e sobreposição alternada dos tijolos. O concreto, composto de agregados e cimento, pode ter uma aparência rústica ou delicada, e o concreto armado, com barras de aço, permite maior flexibilidade e resistência.
Gabiões, usados para sustentar taludes e construções, e muros de alvenaria de pedra seca, que demarcavam limites, são exemplos de técnicas antigas e suas reinterpretações modernas. A madeira, flexível e adaptável, é limitada em tamanho e requer uma extração sustentável. O ferro e o aço são usados em estruturas leves e revestimentos, possibilitando construções como arranha-céus.
O vidro, por sua vez, é utilizado para filtrar luz e distinguir espaços internos e externos. Na construção, quatro elementos principais são a estrutura, as fundações, a cobertura e as paredes e aberturas. A estrutura pode ser com paredes portantes ou independentes, oferecendo diferentes graus de flexibilidade. As fundações sustentam a edificação, enquanto as paredes definem os espaços e as aberturas permitem luz e ventilação. A cobertura varia conforme o clima, com coberturas inclinadas para escoar água ou proteger contra calor e neve.
As construções pré-fabricadas, com peças industrializadas, oferecem rapidez e flexibilidade. A sustentabilidade é crucial na escolha dos materiais e na eficiência energética da construção.
Capítulo IV – A Representação Gráfica e as Maquetes
O uso de CAD para desenvolver projetos permite a criação rápida de plantas baixas e cortes, mas pode haver diferenças entre o modelo digital e a construção real. As fotomontagens ajudam a visualizar e vender a ideia arquitetônica. Croquis, que podem ser rápidos ou detalhados, são fundamentais na fase inicial do projeto, permitindo explorar e desenvolver ideias.
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