Resenha - Por Uma Arquitetura

INTRODUÇÃO

O livro Por uma arquitetura de Le Corbusier, questiona  arquitetura e o urbanismo, desde a revolução industrial até a década de 20. Fazendo uma grande reflexão  e critica ao caminho tomado pela arquitetura, aos avanços da tecnologia com a revolução industrial, as habilidades surgidas a partir de então pelos engenheiros, o uso de novos materiais e a estagnação dos arquitetos nesse período. Abordando essas questões Le Corbusier, escreve alguns pontos e princípios que deve-se instalar na nova arquitetura, mais conhecida como Arquitetura Moderna.

Por uma Arquitetura

Com a  Revolução Industrial, que aconteceu no século XVIII, surge um grande avanço tecnológico, novos materiais e principalmente, o avanço da engenharia, houve uma rápida dominação dos materiais surgidos , aperfeiçoamentos e estudos de novas técnicas. Porém, a revolução trouxe grandes mudanças não somente no avanço da técnologia, mas também enorme mudanças foram sofridas nas cidades.

Le Corbusier criticava e possuía uma grande preocupação com a sua classe profissional, o futuro dos arquitetos e com a cidade que eles deixariam para o futuro, pois até então não havia uma grande preocupação dos arquitetos com as cidades.  Para Le Corbusier, pensar na arquitetura é também pensar na cidade, de acordo com suas mudanças e necessidades. Para que se tenha uma cidade e arquitetura utilitária, é necessário que a cidade se adéqüe com as mudanças ocorridas no mundo, criando soluções ideais de acordo com as necessidades e problemas surgidos. No urbanismo, por exemplo, algumas soluções são: a mobilidade, lazer, infraestrutura. Já na arquitetura, criar elementos econômicos, sem grandes exageros e funcional.

Outra critica feita pelo autor foi a arquitetura não trazer condições necessárias e suficientes para resolução de problemas, sendo um desses problemas detectados por ele em sua época, a necessidade de reconstruir o norte da França, que sofreu enormes destruições no período da 1ª guerra mundial, pois os arquitetos estavam desprovidos, sem saber como construir da maneira moderna,  não sabendo utilizar os novos materiais e  sistemas construtivos. Na arquitetura atual a reconstrução e adaptação das cidades com as mudanças sofridas também é um problema.

O arquiteto abordava alguns lembretes da arquitetura, sendo eles: o volume, a superfície e a planta. A planta é considerada o elemento gerador, pois ela é o ponto de partida da arquitetura, sendo a superfície e o volume determinados pela planta, é a partir dela que se cria uma boa arquitetura. Um dos exemplos disso foi uma de suas obras, A Vila Savoye, uma residência que utiliza os pontos da arquitetura moderna e possui uma planta geradora, pois a partir do estudo da planta e sua funcionalidade que se criou o projeto. Para Le Corbusier a planta é geradora pois a arquitetura é feita através dela e sem ela há desordem. O arquiteto faz critica também as superfícies, pois elas não devem ser parasitas, absorver e devorar o volume, elas devem possuir formas reveladoras, sendo claras e límpidas, trazendo a calma e as alegrias da geometria.

O dever da arquitetura é projetar de acordo com as mudanças, evoluções e necessidades que ocorrem no período, analisar os valores e elementos constitutivos, das casas, das cidades e das pessoas.