Resenha Sobre o Documentário 100 Anos da Bauhaus
Por: FERNANDA PECCHIO TIMOTEO • 23/1/2023 • Resenha • 899 Palavras (4 Páginas) • 181 Visualizações
Resenha sobre o documentário: Especial 100 anos da Bauhaus
Elaborado pelo Camarote21 e publicado pela emissora DW Brasil, o documentário “Especial 100 anos de Bauhaus” relata as principais ideias que a Bauhaus proporcionou e desvenda mitos os quais são compartilhados até os dias de hoje. Fundada em 1919 pelo arquiteto alemão Walter Gropius, a Escola de Arte Vanguardista Staatliches Bauhaus foi importante para a época em questão, ao passo que modificou a concepção estética e rompeu com os valores e as tradições de uma sociedade pós Primeira Guerra Mundial.
Os integrantes da Bauhaus, conhecidos, também, como ultramodernistas dos anos 1920, exploravam campos do design e da filosofia pouco desenvolvidos na Alemanha, entre eles pode-se citar Walter Gropius, Mies Van Der Rohe, Paul Klee e as mulheres que, por muito tempo, foram apagadas da história da Bauhaus como Ise Frank e Lilly Reich. Tais ideias prevalecem atualmente como forma de inspiração para muitos arquitetos e artistas contemporâneos.
Ao terminar a breve descrição do início da Bauhaus, a equipe correlaciona o presente e o passado, ao relembrar do integrante arquiteto israelense Arieh Sharon que ajuda a construir a Cidade Branca de Tel Aviv e uma Universidade na Nigéria, a qual foi símbolo da jovem democracia local, e da atual arquiteta nigeriana Tosin Oshinowo que se inspirou no espírito da Bauhaus e ajuda a modernizar a arquitetura da cidade de Lagos, na Nigéria. Tosin, em sua entrevista, comenta que trabalha com o estilo ultramoderno, minimalista e atemporal em seus projetos, com o intuito de modificar e modernizar sua cidade natal, Lagos. Seu projeto mais conhecido foi a Maryland Mall, lugar que expressa nitidamente a ideia do funcional e do compacto de Tosin Oshinowo.
Após isso, o programa retoma sua análise sobre os integrantes da Bauhaus e destaca o papel feminino na trajetória da Escola de Arte. Ise Frank e Lilly Reich foram mulheres resistentes e revolucionárias tanto no aspecto artístico quanto no social, uma vez que a maioria de suas obras foram apagadas da história por conta do machismo e da misoginia que prevaleciam. A escritora e editora Ise Frank se casou com Walter Gropius e, a partir disso, começou a organizar, divulgar os projetos e cuidar dos contatos e visitas na Bauhaus. Ise se contrapôs com os costumes da época por pertencer à alta burguesia e, ainda assim, possuir a vontade de trabalhar. Em 2019, Ise Frank foi a primeira mulher a ser homenageada na série “Mulheres na Bauhaus”, nova série da Biblioteca Goethe Brasília. A segunda mulher a ser relembrada foi a arquiteta e designer Lilly Reich, figura essencial para o progresso da Escola. Lilly foi chefe do setor de construção, diretora artística do Pavilhão Alemão para Exposição Internacional de Barcelona e primeira mulher no conselho de diretores da Federação Alemã de Trabalho, porém, seus projetos de design e outros trabalhos ao lado do seu companheiro de profissão e de vida, Mies Van Der Rohe, foram completamente ignorados. Um exemplo fundamental disso foi a construção do projeto Haus Lange, a qual Lilly foi responsável pelo design de interiores da casa e, atualmente, sua parte do projeto foi apagada e esquecida.
Em seguida, o documentário apresenta fatos sobre o ano de 1933 e as consequências desta data para
...