Residência Paulo Bastos
Por: Ingridh Freitas • 25/4/2017 • Trabalho acadêmico • 1.113 Palavras (5 Páginas) • 584 Visualizações
RESUMO
Este trabalho acadêmico volta-se para o estudo da residência Paulo Bastos, atual residência Alto de Pinheiros projetada pelo arquiteto Paulo de Mello Bastos. Foi utilizado como base para a pesquisa, o livro de Marlene Milan Acayaba chamado “Residências em São Paulo – 1947 – 1975”. Informações mais detalhadas foram obtidas através do escritório Paulo Bastos & Associados. O objeto de estudo possui uma visão muito particular do arquiteto e foi construída para a própria família. O arquiteto descreveu a residência como um projeto que não seria aceito pela maioria dos clientes, pois possui um estilo arquitetônico que permite a ligação visual entre os ambientes de maneira mais imediata e segundo ele, trazia maior sensação de liberdade.
Palavras-chave: Residência, Arquiteto, Pesquisa.
SUMÁRIO
1 FICHA TÉCNICA 4
2 O ARQUITETO 5
3 A RESIDÊNCIA 6
4 BIBLIOGRAFIA 8
Ficha Técnica
Residência Paulo Bastos
Arquiteto: Paulo Bastos
Local: Rua Desembargador Joaquim
Barbosa, 364 – Alto de Pinheiros / SP
Ano do projeto: 1970
Publicação: Casa e Jardim nº 258, julho 1976
Proprietários: Paulo e Lucia Helena Bastos
Composição familiar: 1 casal e 5 filhos
Estrutura: Gabriel Oliva Feitosa[pic 1]
Instalações: Giovani Negraes
Construção: Arquiteto dirigiu mestre
Período da construção: 1970-1972
Área do terreno: 1.100,00 m²
Área ocupada: 237,50 m²
% da ocupação: 21,59
Área construída: 324,86 m²
Área útil: 253,06 m²
Número de pavimentos: 2
[pic 2]
O ARQUITETO
O arquiteto Paulo de Mello Bastos (1936 – 2012) nasceu em São Paulo, no bairro Brás onde passou sua infância e mudou-se para o bairro Alto de Pinheiros no ano de 1972 com sua família.[pic 3][pic 4]
Formou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em 1960, tornando-se parte de uma geração de arquitetos talentosos que disseminaram suas idéias e marcaram a história da arquitetura quebrando paradigmas. Foi aluno de Carlos Barjas Millan, com quem posteriormente trabalhou entre 1960 e 1963. Em 1978, assumiu o cargo de docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo /PUC de Santos-SP. Foi presidente do Condephaat e era membro do International Council on Monuments and Sites (Icomos), órgão consultor da Unesco, do qual foi secretário geral no Brasil. Identificado com as lutas por cidades sustentáveis, foi vice-presidente do Movimento Defenda São Paulo e representante das entidades ambientalistas no Conselho Estadual de Meio Ambiente paulista.
Dentre seus projetos em destaque, estão os Quartéis Generais de São Paulo, no Ibirapuera e o Clube Paineiras do Morumby. O último projeto no qual esteve envolvido, foi a Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, em seu escritório Paulo Bastos & Associados.
[pic 5][pic 6]
[pic 7]
Clube Paineiras do Morumby
A RESIDÊNCIA
A Residência Paulo Bastos foi projetada em 1970 e sua construção foi concluída em 1972. Fez parte do movimento arquitetônico brutalista, onde é privilegiada a verdade estrutural das edificações, ou seja, tornar o concreto armado aparente e destacar vigas e pilares. A obra foi uma continuidade no trabalho do arquiteto, uma vez que já havia feito projetos no mesmo estilo arquitetônico. Diferente da maioria das residências brutalistas que não resistiu ao mercado imobiliário, por não agradar ao gosto dos consumidores, a residência Paulo Bastos continua a mesma desde sua construção e ainda pertence à família Bastos.
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