Resumo Introdução e Duração das cidades
Por: Nathalia Cazeri • 4/10/2019 • Resenha • 1.665 Palavras (7 Páginas) • 202 Visualizações
A Duração das Cidades - H.Acselrad
Vigiar e Unir: A Agenda da Sustentabilidade Urbana?
- sustentabilidade como a maneira como as sociedades, a partir da última década do século XX, problematizam as condições materiais da reprodução social > princípios éticos e políticos que controlam o acesso e a distribuição dos recursos ambientais
> resumo: “princípios que legitimam a reprodutibilidade das práticas espaciais” p.19
- no urbanismo, a inquietação fica na incerteza do futuro > quanto as cidades ainda vão durar? > de que maneira, com quais condições ?
- problemas que inviabilizam a cidade > poluição, congestão urbana, violência, segregação socioespacial, sobrecarga vias, etc
- entrada do meio ambiente na esfera política > governo das interações das práticas espacias dos distintos atores sociais
- genética do movimento ambiental no brasil tem 2 formulações distintas > apesar de ambas reconsiderarem as formas de apropriação dos insumos naturais pela sociedade moderna
1: movimento contracultural qu questiona o consumismo e contaminação da produção industrial de alimentos (agrotóxicos) - corresponde com movimentos sociais da década de 1960
2: Clube de Roma , preocupados com a contibuidade do capitalismo, se preocupam com a ruptura das fontes de insumos
- de forma análoga, há duplicidade na literatura da política ambiental >
1: preocupada com as práticas de gestã da representação simbólica de natureza > que ainda não é submetida ao capital > áreas de reserva e proteção > “para os ambientalistas”
2: procura acionar instituições, poder do Estado, para regular a apropriação da base material pelos capitais múltiplos desorganizados > “para os capitais” > encontrar o que certos agentes dominantes procuram
- dualidade no discurso da sustentabilidade urbana : prática (mudanças concretas na forma de apropriação e gestão da cidade ; retórica ( usar a incorporação do ambiental como maneira de neutralizar a crítica ambientalista, principalmente globalista)
- sustentabilidade prática da cidade = garantir a acumulação é manter a cidade viva segundo a concepção hegêmonica > a insustentabilidade se daria no com queda de produtividade e acumulação
> economizar a cidade seria adotar tecnologias capazes de economizar espaço, matéria e energia e reciclam materiais > minimizar mobilidade intraurbana e compactar cidades
- no plano neoliberal ainda há a competição entre as cidades para espetáculo (Brand, 2005)
- cidades tentam no mínimo persistir e não implodir em suas contradições > meio ambiente entra como a cola comum a todos > em nome do interesse coletivo alguém manda e faz decisões baseados nos poucos
- discursos das cidades que se dizem sustentáveis Europa final sec XX , segundo Cyria Emeliannoff(1995) : necessidade da integração da periferia pela descentralização, integração da memória pela restauração, integração dos atores pela interação > criar consenso para se tornar competitivo
- esses discursos estão muitas vez alinhados à flexibilização de leis urbanas e ambientais > trazer empresas > se tornar competitiva
- capital é o privilegiado na guerra fiscal e imagética > vantagens que estrangulam a capacidade de investimento > aumento desigualdade e degradação ambiental
- cidade do pensamento único é a cidade do ambiente único > negócios > toda a imagem ambiental é funcional ao pensamento único urbano > meio ambiente como oportunidade de negócios > começa no FHC
- cidade econômicas para investimentos > econômicas nos recursos e nos conflitos sociais > estimula competição entre cidades e o município acaba com menos grana e os problemas que se prometia serem menores aumentam
- desigualdade maior leva à falta de coesão social > chamado de risco por diminuir condições de capital extrangeiro > sociabilidade em crise substitui as políticas das cidades em polícias da cidade > Estado tem que controlar as populações marginalizadas pelas decisões econômicas tomadas pelos líderes globais
- populações segregadas ficam sob vigilância > e para mascarar fala-se em “solidariedade” e “cidadania” > vigiar e unir é a agenda neoliberal para as cidades
- Gould(2004) também aponta que a segregação residencial, sustentada pelo mercado, é a condição para a reprodução das desigualdades ambientais > quem mora em zona de risco tem menos poder de influenciar decisões do Estado em não construir em área de perigo , seja físico ou político > quanto mais resistência política pode ser gerada pior a localização e mais longe
- Tempo acelerado do capital é contraposto pelo tempo dialético da política , que é capaz de alterar
- movimento sociais também passam a ver em suas reinvindicações problemáticas ambientais > em especial movimento negro EUA > lixos tóxicos estavam sempre próximos de comunidades pobre e
negra americanas ( se juntam )
- lutas por justiça ambiental (dos movimentos sociais) se contrapõem às dinámicas do capital intraurbano > mesmo aos que consideravam o meio ambiente favorável aos negócios
- competição , que quer se fazer sustentável (para lucrar) pela maior mobilidade do capital, torna mais fraco o menos dotado de mobilidade (governos locais e trabalhadores) > multinacional pode mudar APP , mesmo que isso resulte em problemas para os moradores (desigualdade ambiental, enfraquecimento das populações mais pobres)
- Pergunta principal > se há limites para os recursos , com o que estamos nos apropriando desses recursos? Para fazer guerra ou produzir alimentos? Se apropriar de rios para fornecer energia barata para multinacionais ou para alimentar comunidade ribeirinhas?
- Conceber os espaços urbanos como meio para a propagação da desigualdade e do acúmulo do capital, ou como espaço de construção de uma sociabilidade democrática, com justiça ambiental ?
INTRODUÇÃO
- cidade com novos parâmetros não pode ser apenas restringidas ao urbanismo ecologizado, das cidades compactas, ou com a sustentabiilidade como marketing para promoção econômica
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