Resumo: O Ambiente Urbano

Capítulo 3

O ambiente urbano

 O ambiente urbano é formado por dois sistemas intimamente infraestrutura: o sistema natural ( físico e biológico(solo, vegetação, água, etc.) e o sistema antrópico (homem e suas atividades).

O homem, tem na cidade, a capacidade de dirigir suas ações, e utiliza o meio ambiente como fonte de matéria e energia necessárias á sua vida, ou como receptor de seus produtos e resíduos, não encontrando tudo que necessita na cidade (considerada um sistema aberto), dependente  de outras partes do ambiente geral.

As alterações introduzidas pelo homem no ambiente são sempre rápidas e variadas, não permitindo muitas vzs que haja recuperação normal da natureza. Outros animais  tb provocam alterações ambientais(na busca pelo alimento, construção de abrigos...), porém de forma natural em geral sem prejuízos para o ambiente.

MARCUS E DETWYLER entendem a cidade como “o ecossistema urbano” com necessidade biológicas(ar, agua, espaço, energia(alimento e calor), abrigo e disposição de resíduos,  e culturais (organização politica, sistema econômico, tecnologia, atividades social e intelectual, segurança), necessários ao funcionamento e crescimento da cidade.

O Prof. SAMUEL BRANCO, afirma que o ecossistema urbano é muito mais competência da sociologia do que da ecologia, porque a ecologia  clássica voltada especificamente a ciência do modo de vida  dos organismos, e não inclui na sua metodologia  de estudo, o homem social, seu impacto no ambiente, e o ambiente criado para o exercício especifico de sua ação social,  a CIDADE.  Considerando como um ecossistema por analogia  com os sistemas ecológicos naturais, o sistema urbano é incompleto. O fluxo de energia e matéria é que mantem sua autonomia, porém no sistema urbano, parcial e unidirecional uma vez que a cidade é apenas local de consumo, estando os centros produtores fora e acumulando-se nestas em forma de poluente, permanecendo a cidade assim em desequilíbrio.

Na cidade o homem é o principal iniciador e operador das alterações ambientais, e com a mudanças introduzidas pela tecnologia moderna, de um modo geral são mais rápidas do que as naturais, os efeitos são frequentemente mais dramáticos.

O ecossistema urbano tem funcionamento diferente  dos sistemas ecológicos naturais, pois a ação do homem é predominantemente, provocando mudanças rápidas e intensas. As atividades antrópicas tem que ser fortemente consideradas interligando aos ambientes naturais(físico e biótico).

A cidade pode ser vista como um sistema aberto que troca materiais e energia  com outros ambientes, para atender as necessidades do homem resultando na produção de resíduos, que são lançados na área urbana, gerando problemas ambientais, porem parte do que entra na cidade volta para ambientes externos como produtos ou resíduos.

Procurar o “equilíbrio relativo” nesse ecossistema é o grande desafio do homem. A questão é como alcançar o desenvolvimento sustentável das cidades.

Características Ambientais e a urbanização

O meio ambiente pode exercer influencias sobre o processo de urbanização, através de características favoráveis, ou não, provocando modificações e alterando suas características.

As condições  climáticas de uma região, seu relevo, tipos e formações de solos, cobertura vegetal e ecossistemas entre outros, são características de um ambiente que estão relacionadas com a urbanização influindo no processo ou sendo modificados por ele,  sendo usadas algumas características que orientarão o planejamento de uma área urbana.

Por outro lado, a previsão dos impactos ambientais que poderão resultar nos diversos usos do solo em uma cidade deve servir de base para a adoção de medidas de proteção do meio ambiente, evitando assim  as atividade antrópicas, as quais provocam mudanças nessas características do meio natural, prejudiciais ao ambiente e ao próprio homem.

Características do meio que influem ou são afetadas pelo processo de urbanização:

• Características climáticas: radiação solar, temperatura, velocidade e direção dos ventos, precipitação, umidade e camadas atmosféricas.

A temperatura está relacionada com a urbanização, áreas pavimentadas absorvem mais o calor durante o dia e expelem durante a noite, aumentando a temperatura... e outras condicionantes colaboram pra isso como, veículos, maquinas...

A elevação da temperatura resulta na formação de ilhas de calor, que ocorre devido a redução da evaporação,  alcançando valores máximos  nas áreas urbanas pobres em vegetação.

A velocidade dos ventos é menor nas cidades em consequência de barreiras (edificações).

Nas cidades observa-se maior precipitação pluvial do que no campo, pois as atividade humanas nesse meio produzem maior numero de núcleos de condensação, constatando-se menor umidade relativa nas áreas urbanas do nos campos.

• O desmatamento provoca alterações climáticas, pois a vegetação é responsável pela regularização da temperatura e da umidade. Além disso a  arborização contribui para uma melhor ventilação
• As alterações climáticas resultantes do processo de urbanização são significativs. Todos esses aspectos devem ser considerados no planejamento urbano, pois a correta utilização dessas características conduzira a um ambiente com melhores condições de vida.

• Geomorfologia. geologia e solos: características geomorfológicas (formas e dinâmicas do relevo), geologia e geotécnica.

As formas de relevo de uma determinada área tem grande influencia no seu processo de ocupação  e são geralmente bastante alteradas pelo mesmo.

A topografia de uma área pode influir no processo de urbanização.Algumas vezes o homem conseguiu  vencer obstáculos relacionados a topografia não favorável, mas feito com movimentação de terra e outras ações sobre a natureza, causando impactos adversos a paisagem pelo prejuízos a qualidade do meio ambiente.

A  declividade do terreno contribui para o escoamento das águas...

As condições topográficas também estão relacionadas com as características climáticas...

As características geológicas podem ser favoráveis ou apresentar limitações a ocupação urbana, sendo o conhecimento geotécnico da área necessário para poder orientar o uso do solo da mesma.