Resumo do Texto A cidade

1. Fichamento de resumo

A cidade: uma perspectiva histórica (Pg. 56 – 66) quarto capítulo.

CARLOS, Ana Fani A. A cidade. São Paulo: Contexto, 1992.

O texto aborda as possíveis origens das cidades, e essas podem ser:

I. Industrial (região do ABCD paulista);

II. Cultural:

a) Religiosa (Aparecida do Norte, S.P.);

b) Universitária (Oxford, Reino Unido);

c) Cidades Museus (Versalhes, França);

III. Comerciais;

IV. Administrativas;

V. Políticas.

A cidade, em resumo, é uma criação humana, que vai se constituindo ao longo do processo histórico, e que ganha função devido aos mais diversos fatores históricos, levando as cidades a adquirirem formas, características e funções distintas umas das outras, de acordo com o local ou época. Ela nasce da necessidade dos homens de organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e, para o estabelecimento de um sistema de relações e sua manutenção, é indispensável um sistema de comunicação.

“ A cidade tem uma origem histórica: nasce num determinado momento da história da humanidade e se constitui ao longo do processo histórico, assumindo formas e conteúdos diversos” (CARLOS, 9ª edição, 2011, pg56)

1.1. A origem da cidade

O mundo como é hoje é um produto do homem, resultado da ação de várias gerações que foram se aperfeiçoando. Mas o espaço não é apenas um palco para a ação do homem, pois o homem o molda desde o período paleolítico, aproveitando-o e tirando seu sustento antes mesmo de permanecer em um determinado espaço.

O primeiro passo para a formação das cidades é dado com o início da agricultura. As primeiras cidades surgem onde esta atividade apresenta certo estágio de desenvolvimento, sendo primeiro na Ásia e muito mais tarde na Europa.

O aprimoramento técnico foi necessário para o surgimento das primeiras cidades, configurado pelas sociedades agrícolas, com uma nova formação sociocultural. A existência da cidade pressupõe uma participação diferenciada dos homens no processo de produção, e podemos vincular a existência das cidades em pelo menos seis elementos:

I. Divisão do trabalho;

II. Divisão da sociedade em classes;

III. Acumulação de tecnologias;

IV. Produção do excedente agrícola;

V. Sistema de comunicação;

VI. Concentração das atividades espaciais não agrícolas.

1.2. A época histórica da formação das cidades

As secas que aconteceram, principalmente na região do Oriente Médio, afugentaram a caça, o que obrigou o homem a migrar procurando outras fontes de alimento. Essas peregrinações foram deixando de ser pela caça, e passaram a ser pelos lugares com melhores condições de pasto. Já a agricultura ganha força em lugares próximos aos rios que, após a sua enchente, deixam o solo fértil, como o Nilo no Egito, por exemplo.

Ao fixar-se nesses locais, o homem começa a formar as primeiras tribos, que se unem para se defender dos nômades e camponeses sem terra, ajudando na formação das primeiras cidades.

Entre os primeiros povoados que podem ser considerados cidades, estão: Kisch, Babilônia; Ur, Babilônia e os Uruk, Babilônia.

1.3. As cidades mais antigas

As cidades eram basicamente comerciais, localizadas às margens dos rios e, posteriormente, às margens do mar Mediterrâneo. Ur, por exemplo, estava entre os rios Tigre e Eufrates, e controlava todo o comércio marítimo da região.

A cidade mais notória desse período foi Roma, que estendia sua influência até o norte da África, utilizando suas terras férteis como um verdadeiro celeiro para o Império, mas o bloqueio do mar Mediterrâneo causado pela invasão sarracena (século VII) inviabilizou o comércio e provocou declínio nas cidades romanas.

Nesse período, a Europa Ocidental regride a um estado exclusivamente agrícola, onde a terra passa a ser a única fonte de riqueza e subsistência.

1.4. Feudalismo

O feudalismo surge com uma nova estrutura de classes sociais, onde a terra passa a ser sinônimo de poder e riqueza.