A Liderança Autocrática

Liderança Autocrática e o filme “O diabo veste Prada”

A liderança autocrática é caracterizada pelo controle individual sobre todas as decisões, cujo líder faz escolhas baseadas em suas próprias ideias, julgamentos, percepções e experiências, envolvendo controle absoluto e autoritário sobre a equipe de trabalho. O líder determina e fixa as diretrizes, além disso, coordena a execução das tarefas, delegando-as entre os componentes.

Geralmente esses líderes possuem um perfil dominador, controlador e ditador. Essa forma de agir é capaz de prejudicar os integrantes da equipe de trabalho, já que pode levar a uma diminuição da motivação e empenho, causando dissabores. Entretanto existem pontos positivos, como por exemplo, que através desse tipo de liderança as decisões podem ser tomadas rapidamente, os processos de trabalho são mais simplificados e permitem que os membros de equipe se tornem altamente qualificados na execução de diversas tarefas.

O filme “O diabo veste Prada”, conta a história de Miranda Priestly que é a editora chefe de uma grande revista e se encaixa ao perfil de líder autocrático.  É uma mulher extremamente exigente e com autoridade absoluta, que não aceita ser questionada. A empresa é conduzida de uma forma em que Miranda fixa as diretrizes e as estabelece com pouca participação do grupo, dominando todo o ambiente de trabalho.

No filme é evidenciado o jeito agressivo, duro e autoritário de Miranda, sua principal qualidade é o total controle da organização, já que há pouca delegação dos trabalhos executados. O filme também revela os seus defeitos: a sobrecarga de responsabilidades e a quantidade excessiva de trabalho que acaba influenciando em sua vida pessoal, inclusive em seu relacionamento com suas filhas e marido.

Em “O diabo veste Prada” é possível analisar o outro lado da história: os funcionários, as pessoas que são subordinadas ao líder autocrático. Andrea é contratada e desempenha suas atividades com excelência. Entretanto, mesmo fazendo um bom trabalho, Miranda possui características de líder autocrático como: é extremamente exigente, critica e deprecia os funcionários de forma rude e em público, é arrogante e indiferente, submete os funcionários à muita pressão na execução das tarefas, encaminha e exige demandas em cima da hora, os funcionários são submetidos à jornadas exaustivas, não reconhece o trabalho árduo para que seus pedidos sejam realizados, dentre outros.

Esse tipo de ambiente de trabalho muitas vezes estressa o funcionário, gerando insatisfação, reclamação e irritação. Por ser um local muito exigente, Andrea se esforça sobremaneira para alcançar melhor colocação e reconhecimento dentro da organização. Quando isso acontece, ela começa a colocar o trabalho em primeiro lugar em sua vida, com dedicação quase que exclusiva, desencadeando problemas pessoais, já que ela deixa sua família, amigos e namorado de lado para atender as necessidades e ordens de sua chefe, independente do dia, horário e situação. Desta forma, realiza-se o seguinte questionamento: Dar prioridade ao trabalho ou a família? A carreira é mais importante que a vida social? Vale a pena sacrificar a vida pessoal em razão da profissional?