A MANIPULAÇÃO INDEVIDA DA CIÊNCIA NA ELABORAÇÃO DE ARMAS QUÍMICAS E AS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS PARA OS SERES HUMANOS
Por: Jéferson Vieira • 31/8/2021 • Trabalho acadêmico • 627 Palavras (3 Páginas) • 215 Visualizações
JÉFERSON VIEIRA DOS SANTOS
FILOSOFIA: A MANIPULAÇÃO INDEVIDA DA CIÊNCIA NA ELABORAÇÃO DE ARMAS QUÍMICAS E AS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS PARA OS SERES HUMANOS
SALVADOR
2020
A modernidade trouxe grandes mudanças importantes em diversas áreas, o que fez com que os estudiosos se aperfeiçoassem em outras áreas de suas especialidades. A ciência moderna surge no século XVII, rompendo o pensamento mítico, onde todas os fenômenos são explicados através do divino. Segundo Renan Bardine “se a causa de uma doença é a ira divina, explicar a doença pela ira divina não nos ajuda muito a entender porque há doença” e foi aí que surgiu a ciência para nos dar explicações cabíveis. A ciência começa a apresentar juízos de realidade, apresentando as razões que relacionam os fatos e fenômenos, mostrando seu funcionamento e a forma correta de controlá-los de forma mais assertiva e isolada. Ao contrário da Filosofia que tenta compreender os acontecimentos e fenômenos de formas mais amplas, analisando todas as possibilidades para daí apresentar seu argumento. O desenvolvimento científico trouxe diversos avanços para a sociedade contemporânea, mas também trouxe prejuízos incalculáveis quando falamos no desenvolvimento das armas químicas. Cientistas de diversos países já criaram armas químicas com poder de destruição devastador. Com seu primeiro uso tendo sido na primeira guerra mundial, fazendo 100 mil vítimas letais e 1,3 milhões de feridos. Se pararmos para pensar, isso seria avanço ou retrocesso da ciência? Bom, sem sombra de dúvida, levando para o lado do conhecimento, é sim um grande avanço. Descobrir componentes de gases letais seria o ideal para que fizesse surgir a proibição do seu uso e desenvolvimento, mas o que ocorreu/ocorre é justamente o contrário. As armas químicas e biológicas são utilizadas desde a antiguidade, onde seu uso era comum, sendo de forma silenciosa através da contaminação da água, vírus, doenças, envenenamento por gases ou bem mais devastador por explosão de bombas e explosivos químicos. A guerra para alcançar o poder mundial é antiga e com o surgimento dessas armas químicas, com seu primeiro uso sendo datado na Primeira Guerra Mundial, observamos o retrocesso da ciência. Ela agora passa a ser utilizada para matar pessoas e nações, a fim de alcançar o poder e território inimigo. Foi neste evento que se percebeu que a Ciência claramente estava do lado do Estado e não dos seres humanos. Embora alguns cientistas fossem contra a utilização dessas armas químicas em guerras, outros, que defendiam seu país, acreditavam que o uso de seus conhecimentos na criação dessas armas fosse a melhor maneira de se defender do inimigo.
Um alívio para a população mundial foi a Convenção de Armas Químicas assinada em 29 de abril de 1993, onde “178 países signatários concordaram em proibir o desenvolvimento, a produção, o armazenamento e o uso desse tipo de arma, que explora as propriedades tóxicas de uma substância química para matar ou incapacitar”. Mas, em 2013, um ataque químico na Síria matou mais de 1.400 pessoas, dentre elas 426 crianças. O mais recente, em 2017 no mesmo país, levou a morte de 58 pessoas e dezenas de feridos. Isso tudo nos mostra que, independentemente de qualquer acordo entre as nações para a não produção dessas armas, elas existem e, a qualquer momento podem ser usadas, e que a ciência ainda está trabalhando em sua criação. Mesmo que a decisão de sua utilização não seja de responsabilidade do seu criador, ele ainda sim tem uma parcela de culpa no uso da ciência para fins devastosos.
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