DEMONSTRACAO DOS FLUXOS DE CAIXA
Por: Priscilla Luiza • 13/11/2015 • Resenha • 1.258 Palavras (6 Páginas) • 419 Visualizações
DEMONSTRACAO DOS FLUXOS DE CAIXA
A Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma demonstração contábil que tem o objetivo de evidenciar as transações ocorridas em certo período e causa modificação no saldo do Caixa. Os dados sobre os fluxos de caixa de uma entidade são necessárias para apresentar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para conhecer como a entidade gera e usa os recursos de caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da entidade para utilizar esses recursos. Segundo Padoveze (2007) entende DFC sendo o demonstrativo contábil que evidencia o fluxo de recebimentos e pagamentos, para certo período de tempo, feitos por uma entidade.
A DFC evidencia o confronto entre as entradas e saídas de caixa, observando se haverá sobras ou faltas de dinheiro. E habilitam aos usuários a prever futuras necessidades de caixa da entidade, sua competência de gerar fluxos de caixa no futuro e de financiar alterações no escopo e natureza de suas atividades. Autoriza a gestão da empresa decidir antecipadamente se a empresa deve tomar recursos ou aplica-los, e ainda, avalia e controla durante o tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa e seus reflexos monetários.
“Outras vantagens são a de fornecer informações sobre a situação financeira e a possibilidade de utilização da demonstração de fluxos de caixa por um número muito mais ampliado de usuários”. (AFONSO, 1999, p. 22).
Segundo Iudicibus et al. (2010) o DFC deve atender aos seguintes requisitos:
- Demonstrar o efeito periódico das transações de caixa segregadas em atividades operacionais de investimento e financiamento, nesta ordem;
- Demonstrar separadamente, em nota explicativa as transações de investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da empresa, mas não impactam o fluxo de caixa do período;
- Reconciliar o lucro ou prejuízo com o caixa líquido gerado ou consumido nas atividades operacionais.
Para fins da Demonstração dos fluxos de Caixa, a definição de caixa é ampliado para contemplar ainda os investimentos qualificados como equivalente de caixa. De acordo com Iudícibus et al. (2010) “o conceito de caixa é ampliado para contemplar também os investimentos qualificados como equivalentes - caixa” e, ainda:
Equivalentes - caixa são investimentos de altíssima liquidez, prontamente conversíveis em uma quantia conhecida de dinheiro e que apresentam risco insignificante de alteração de valor. A definição apresentada é a adotada pelo IASB. [...] Consideramos que apenas os investimentos resgatáveis em até três meses em relação a sua aquisição enquadram-se na definição de equivalentes - caixa. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 568, grifo do autor).
Ainda destaca que para Pronunciamento Técnico CPC 03 o conceito de equivalente de caixa, compara com á adotada pelo IASB e FASB. É preciso o atendimento cumulativo, para reconhecer um investimento como um equivalente de caixa, e estabelece três requisitos: ser de curto prazo, com alta liquidez e demonstrar insignificante risco de alteração de valor.
O DFC adota que a classificação das movimentações de caixa é por grupos de atividades. Sendo que a classificação dos pagamentos e recebimentos de caixa relaciona-se, com a natureza da transação que lhe dá origem, e levando em conta sua intenção subjacente para fins de classificação.
- As atividades Operacionais – Inclui todas as atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços. Exemplos relacionados: de entrada são recebimento de venda avista, de juros e dividendos, de saída são pagamento a fornecedores, aos governos Federal, Municipal e Estadual, e pagamento de juros.
- As atividades de Investimento – São relacionados com o aumento e diminuição dos Ativos de longo prazo que a empresa utiliza para produzir bens e serviços. Envolve a concessão e recebimento de empréstimos, a aquisição e venda de Instrumentos financeiros se patrimoniais de outras entidades e a aquisição e alienação de imobilizado.
- As atividades de Financiamentos – São as operações que envolvem a obtenção de recursos dos donos e o pagamento a estes de retornos sobre seus investimentos. Exemplos relacionados: de entrada são vendas de ações emitidas, empréstimos obtidos no mercado, via emissão de letras hipotecárias, notas promissórias, etc., de saídas são pagamentos de dividendos ou outras distribuições aos donos, pagamento de empréstimos obtidos, etc.
A demonstração do Fluxo de caixa é classifica em dois métodos: direto e indireto.
Método direto
A demonstração dos fluxos de Caixa pelo Método Direto é também denominada Fluxos de Caixa no sentido Restrito. O método direto explicita os recebimentos (clientes, juros, dividendos e outros) e os pagamentos (empregados, fornecedores de produtos e serviços, juros, impostos e outros). O resultado final expressa o volume liquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante um tempo.
Exemplo do modelo de Demonstrativos dos Fluxos de Caixa pelo método direto.
Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Recebimento de Clientes e outros (+)
Pagamentos a Fornecedores (-)
Pagamento a Funcionários (-)
Recolhimentos ao governo (-)
Pagamentos a credores diversos (-)
Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais (=)
Fluxo de caixa das atividades de investimento:
Compras de imobilizado (-)
Aquisição de ações/cotas (-)
Recebimentos por vendas de ativos permanentes (+)
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