DESAFIO PROFISSIONAL
Por: YEDISPC • 27/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.343 Palavras (10 Páginas) • 340 Visualizações
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata do tema sustentabilidade. Este é um assunto que vem sendo muito discutido nos últimos tempos por empresários, pesquisadores, professores, alunos e a mídia em geral. Nos últimos anos, praticas de responsabilidade social tornaram-se parte da estratégia de um numero crescente de empresas de construção, cientes da necessária relação entre retorno econômico, ações sociais e conservação da natureza. Portanto elas devem adotar atitudes éticas e praticas que visem a própria prosperidade com a saúde ambiental e o bem estar coletivo da sociedade. O mesmo vem ganhando cada vez mais adeptos com um único objetivo de propor melhorias tanto para o meio ambiente como para as pessoas.
OS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA O MEIO AMBIENTE
A construção civil é o setor de produção responsável pela transformação do meio natural em meio construído, adequado ao desenvolvimento das mais diversas atividades. Essa cadeia produtiva é uma das maiores da economia, e consequentemente, possui maior impacto ambiental.
O Conselho Internacional da Construção –CIB estima que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Estes aspectos ambientais, somados a qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.
Apoderando-se dos recursos naturais, o setor da construção civil é também entre todas as atividades produtivas, o maior gerador de resíduos. Segundo o CBSC-Conselho Brasileiro de Construção Sustentavel, de tudo o que extrai da natureza, apenas entre 20% e 50% das matérias –primas naturais são realmente consumidas pela construção civil.
A cadeia produtiva da construção tem um peso grande também em termos de emissões de carbono. Segundo a UNEP (United Nations Environment Programme), as edificações respondem por 40% do consumo global de energia e por até 30% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) relacionadas ao consumo energético.
A construção é ainda responsável pela produção de materiais poluentes que chegam a ultrapassar os limites tolerados em poeira e CO2. O processo produtivo do cimento necessariamente gera o gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa. Para cada tonelada de clinquer (componente básico do cimento) produzido, mais de 600kg de CO2 são lançados na atmosfera. Juntando o sedimento ambiental da produção de outras industrias com o crescimento mundial da fabricação de cimento, chegou-se a um resultado alarmante. No período de 30 anos de 1950 a 1980 a participação do insumo no CO2 total mais que dobrou causando um grande impacto ao meio ambiente.
Todas as etapas do processo de construção como: extração de matéria prima, produção de materiais, construção e demolição geram RDC (Resíduos de Construção e Demolição) causam impactos ambientais que afetam direta e indiretamente os seguintes aspectos:
a)Saúde, segurança e o bem estar da sociedade.
a)As atividades sociais e econômicas.
c) As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente
d) A qualidade dos recursos ambientais
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de 2010 definiu o termo resíduo de construção civil, em seu Artigo 13, inciso I, literal h, como sendo “os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civis incluídas os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis”
O resíduo sólido de construção e demolição é responsável por um grande impacto ambiental, e é frequentemente disposto de maneira clandestina, em terrenos baldios e outras áreas públicas, ou em bota fora e aterros, tendo sua potencialidade desperdiçada.
Apesar desta prática ainda ser presente na maioria dos centros urbanos, pode-se dizer que nos últimos anos ela tem diminuído, em decorrência principalmente do avanço nas políticas de gerenciamento de resíduos sólidos, como a criação da Resolução nº. 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002), que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão destes resíduos, classificando-os em quatro diferentes classes:
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Apesar de ocasionar um grande impacto ambiental, a construção civil é um dos mais importantes setores da economia e essencial ao desenvolvimento do país, sendo responsável por mais de 2,327 milhões de empregos diretos e indiretos, de acordo com a pesquisa do SINDUSCON (Sindicato da Construção Civil) e da FGV (Fundação Getulio Vargas). Em contra partida é um dos setores que mais consomem recursos naturais, desde a produção dos insumos utilizados até a execução da obra. No Brasil , apropria-se de 75% do que é extraído do meio ambiente.
Segundo (Ceotto) estes são alguns dos impactos causados pela construção civil ao meio ambiente:
- A operação dos edifícios consome mais de 40% de toda energia produzida no mundo;
- Consome 50% de energia elétrica e 20% do total de energia produzida no Brasil;
- A construção civil gera de 35% a 40% de todo resíduo produzido nas atividades humanas;
- Na construção e reforma de edifícios se produzem anualmente cerca de 400kg de entulho por habitante, volume quase igual ao do lixo urbano;
- A produção de cimento gera de 8% a 9% de todo CO2 emitidos no Brasil, sendo 6% somente na descarbonatação do calcário.
Em 1972 quando a Organização das Nações Unidas, ONU, promoveu a conferençia das Nações Unidas sobre o meio ambiente humano, em Estocolmo (Suécia). Essa conferencia obteve um resultado pratico que foi a criação do PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE (PNUMA), a agencia da ONU que tem a missão de:
- Monitorar o meio ambiente global.
- Alertar os povos sobre problemas e ameaças.
- Recomendar medidas para melhorar a qualidade de vida da população sem comprometer os recursos e serviços ambientais das futuras gerações.
A partir daí, teve inicio uma mobilização no âmbito da ONU e em vários países que levou à difusão de novas ideias em relação ao modelo de crescimento econômico baseado na exploração irrestrita dos recursos naturais.
COM ENFASE NO ASPECTO ECONÔMICO
Para o banco mundial, sustentabilidade significa basear as politicas de desenvolvimento e as ambientais numa comparação entre custos e benefícios e uma cuidadosa análise econômica que fortaleça a proteção ambiental e aumente de forma sustentável os níveis de bem-estar.
A ideia central de sustentabilidade é a de que as decisões atuais não devem prejudicar as perspectivas de qualidade de vida futura. Isto significa que a gestão do nosso sistema econômico deve ser feita a partir dos dividendos dos nossos recursos (REPETTO, 1986, apud ROGERS, JALAL e BOYD, 2008, p. 43).
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