Fichamento Estudo de Caso Café Monte Bianco
Por: Angelina Cassim • 27/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.222 Palavras (5 Páginas) • 282 Visualizações
[pic 2]
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Nome do aluno (a): Angelina Cassim da Silva
Trabalho da disciplina: Contabilidade
Tutor: Prof. Claúdia Basilio
Macaé
2018
Estudo de Caso de Harvard: Cafés Monte Bianco
Referência: SIMONS, Robert L.; D AVILA, Antonio. Harvard Business School, 114 – P02, 2000.
Texto do Fichamento: Elaborando um plano financeiro
A contabilidade faz parte do cotidiano das empresas e estas necessitam cada vez mais de informações sólidas para a tomada de decisões estratégicas. Ao contrário do que muitos acreditam, a contabilidade não é somente utilizada para a geração de guias e cumprimento de obrigações legais, mas também é decisiva no contexto gerencial.
Ao analisar o caso da empresa Café Monte Bianco, podemos observar o “peso” que as demonstrações contábeis têm na decisão da empresa e que uma tomada de decisão superficial, sem um olhar mais crítico e profundo nos dados apresentados, pode levar a uma decisão errônea, comprometendo o futuro da organização.
A empresa Café Monte Bianco, estava localizada em Milão e era produtora e distribuidora de cafés premium, fundada por Mário Salvetti e atualmente dirigida pelo seu neto Giácomo Salvetti. Empresa familiar que presava pela tradição e renomes dos seus fundadores. Os cafés da Monte Bianco eram reconhecidos como os melhores do continente. A empresa investia em pesquisas e buscava aprimorar cada vez mais a qualidade do seu produto através de novas combinações de sabores.
Em um determinado dia, o presidente Giácomo Salvetti convocou uma reunião com os principais líderes de sua empresa e comunicou quanto sua nova meta de superar o sucesso do seu avô, aumentando agressivamente seu negócio. No ano 2000 a Monte Bianco conseguiu um resultado excelente e o fator determinante para este sucesso foi a produção de marcas próprias.
Durante a reunião, foram debatidas algumas opiniões entre focar na produção de marcas próprias, que já vinha dando certo e tinha salvo a empresa na desaceleração do mercado em 1998, quando a demanda pelo café premium tinha sido extinta, ou, focar na produção do café
premium, entendendo que este produto era a essência da Monte Bianco, uma vez que foi desenvolvido pelo fundador da empresa. Os fatos e dados apresentados nesta reunião, não foram suficientes para que o Presidente tivesse clareza e segurança de qual decisão seria a melhor para o sucesso e crescimento da Monte Bianco. Sendo assim, foram solicitados novos dados, levando em conta as implicações de trabalhar no segmento de marcas próprias, assim como um plano financeiro para o próximo ano considerando uma produção adicional de 1.800.000 Kg de cafés de marcas próprias.
Novos dados estatísticos foram levantados e apresentados ao Presidente, conforme havia sido solicitado. O Gerente de marketing fez uma previsão de demanda do café premium para o próximo ano (2001), com diversos preços e investimentos. Através desta análise, chegou à conclusão que apesar do café premium ser a essência da Monte Bianco, é um mercado muito inconstante, sem falar que os clientes deste produto negociam fortemente preços e estabilidade por longo prazo, que se não forem atendidos, simplesmente mudam de fornecedor.
Já no segmento de marca própria, existe grande demanda dos varejistas, podendo a empresa definir quantos varejistas ela quer atender e os preços neste segmento são mais baixos. O Gestor de produção complementou que se a empresa optar por produzir apenas marcas próprias, o custo fixo diminuiria em torno de 781 milhões de liras e este café pode ser estocado, diferente do café premium.
Com base neste levantamento mais apurado, Giácomo estava se convencendo que marcas próprias seria a melhor opção, entretanto, foi questionado pelo Presidente o quanto esta mudança afetaria a liquidez da empresa, que para sua surpresa, esta análise não foi considerada pelos seus Gestores.
Para tomada de decisão, não basta somente saber que determinado produto é o mais rentável para a empresa. Se faz necessário ainda, analisar a taxa de retorno deste produto, em quanto tempo este retorno irá ocorrer e se este atende as expectativas da empresa.
Com base no levantamento que foi feito, ficou comprovado que apesar de todos os dados apresentados indicarem que a empresa deveria focar na produção apenas de marcas
próprias, ao analisar o ROE do plano financeiro para 2001, pode ser visto que o retorno sobre o Patrimônio, seria bem maior com a produção de mix de marcas de café. Como sócio da Monte Bianco, Giácomo queria saber exatamente o retorno que teria optando pela produção apenas de marcas próprias. Esta necessidade de obter dados conclusivos e confiáveis, quanto aos negócios da empresa, faz parte do cotidiano dos sócios, acionistas e empresários, que tem a responsabilidade de tomar as decisões mais assertivas para o crescimento da empresa.
...