Fundamentos da lógica ciência e raciocínio
Por: isaabell • 1/10/2015 • Trabalho acadêmico • 858 Palavras (4 Páginas) • 248 Visualizações
Fundamentos da lógica
Ciência e raciocínio
Estudo liderado pelo psicopedagogo Benjamin S. Bloom, na década de 1950, conhecido como Taxionomia de Bloom, onde é demonstrada justamente esta hierarquização da capacidade cognitiva humana, apresentada na figura a seguir:
[pic 1]
Adaptado de JONHSON & JONHSON, S, R.
Nesse estudo, que teve objetivos educacionais, foram apresentadas as etapas que devem ser seguidas para que, pedagogicamente, um aluno conquiste todas as habilidades necessárias à aprendizagem de um fato ou objeto em estudo. Fica claro, então, que o processo do raciocínio, ainda que natural em nós humanos, é complexo e demanda tempo, organização (método) e uso intensivo de todos os recursos neurológicos humanos – sua capacidade de pensar. É essa capacidade de pensar que nos faz humanos racionais e nos diferencia dos animais, que agem por instinto, simplesmente.
Razão e emoção
A natureza física da capacidade do pensamento humano está no cérebro, que também é o centro das emoções. Baseados nessa estrutura biológica, os cientistas desenvolvem um ramo da ciência da computação conhecido como “Inteligência Artificial - IA”. Os principais objetivos desses sistemas, segundo Vasconcelos e Martins Junior (2004), são:
- Capacidade de raciocínio - Aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis para chegar a uma conclusão.
- Aprendizagem - Aprender com os erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz.
- Reconhecer padrões - Tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento.
- Inferência - Capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano.
Conceito de proposição em lógica
Uma proposição deve possuir um “valor lógico” para que seja uma proposição lógica e esses valores são dicotômicos, ou seja, representam uma divisão em duas partes, em geral contrárias, que, nesse caso, chamaremos de “valores lógicos”: VERDADEIRO (V) ou FALSO (F).
São exemplos de dicotomia: noite e dia; sim e não; aberto e fechado; preto e branco; vivo e morto; verdadeiro e falso.
Então, se temos de atribuir um valor lógico (V ou F) a uma proposição lógica, ela deverá ser uma “declaração”, isto é, uma sentença declarativa.
São exemplos de sentenças declarativas:
- Todo cachorro é um animal. (VERDADEIRO = V)
- O carro não tem um motor. (FALSO = F)
- √16 = 4. (VERDADEIRO = V)
- Uma semana possui cinco dias. (FALSO = F)
Se as sentenças forem:
- Interrogativas - Quem esteve aqui?
- Exclamativas - Como é bom este computador!
- Imperativas - Fique parado.
Não se poderá atribuir a nenhuma delas um valor lógico Verdadeiro ou Falso, por isso não são classificadas como proposições lógicas.
Em geral, atribuímos a uma sentença lógica uma letra minúscula.
São exemplos de representação:
p: João é irmão de Gabriel.
q: Hoje está chovendo.
r: O time do ABC perdeu o jogo.
t: (58 – 41) > (23 + 7)
Sentenças (frases) sem a presença de um verbo na sua construção não são consideradas sentenças lógicas.
A sentença “A mesa é de madeira.” é uma proposição lógica, porque possui o verbo “ser” que lhe garante uma declaração e, com isso, pressupõe um julgamento de valor entre ser verdadeiro ou falso o que está se afirmando.
Mas a sentença “A mesa de madeira.” não é uma proposição lógica, por não ter o verbo e, assim, não estar presente o sentido de declaração a ser julgada logicamente entre verdadeiro ou falso.
Outro aspecto importante a ser comentado é a presença de sentenças abertas. Por exemplo:
- 12 – y = 10.
- O índice de crescimento econômico do Estado melhorou em 2014.
- Aquela é a carta de apresentação.
Notem que, nos três exemplos citados, não se pode afirmar se o valor lógico é Verdadeiro ou Falso, porque não se pode definir:
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