O Sindicalismo no Brasil
Por: Marianaaaasssss • 2/11/2020 • Projeto de pesquisa • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 223 Visualizações
E.E.B SANTA CRUZ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MARIANA ZALUSKI BARBOSA
SINDICALISMO NO BRASIL
CANOINHAS
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
2.1 Origem do sindicalismo 4
2.2 O sindicalismo no Brasil 5
2.3 Sindicalismo na era Vargas 6
2.4 O novo Sindicalismo 7
3 CONCLUSÃO 8
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho estará abordando como tema o contexto histórico do Sindicalismo no Brasil e suas origens, bem como se desenvolveu e os motivos pelo qual ocorreu. Haverá citações de acontecimentos ocorridos fora do brasil. Dessa forma, percebe-se a importância em resgatar a matriz histórica de todos os marcos importante para então ser possível estudar o tema citado.
É pretendido relatar de forma resumida a impotência deste movimento, visto que traz em pauta, o fortalecimento dos sindicatos e as mudanças que sofreram para defender os interesses da classe trabalhadora, bem como seu esforço para conquistar muitos dos direitos trabalhistas que hoje usufruímos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Origem do sindicalismo
No que se diz respeito ao sindicalismo, o mesmo surgiu simultaneamente ao capitalismo e tem origem nas corporações de ofício da Europa medieval. Sua matriz histórica coexistiu com o desenvolvimento industrial, que tem como pilar a Revolução Industrial na Inglaterra que ocorreu no final do século XVIII. Durante este acontecimento, os trabalhadores oriundos das indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas sociedades de socorro e auxílio mútuo, que por sua vez tinham por objetivo prestar assistência a estes indivíduos e suas famílias em momentos de dificuldades.
Esta revolução teve extrema importância no advento do capitalismo, pois devido à incessante concorrência que ocorria entre os fabricantes capitalistas, as máquinas foram conseguindo cada vez mais lugar nas fábricas, por conseguinte tomando o lugar de muitos operários, estes se tornaram o que é chamado "excedente de mão de obra".
Surgem então duas novas classes sociais: o capitalista, que é o proprietário dos meios de produção (fábricas, máquinas, matéria-prima), e o proletário que era proprietário apenas de sua força de trabalho. Este ultimo se originou de grandes massas que foram expulsas do campo e de seus antigos empregos em virtude do avanço da Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo. Essa classe defronta-se com condições de vida precárias nas novas cidades e não conta com nenhum tipo de proteção no ambiente de trabalho, acontecendo assim muitos acidentes. Neste insalubre ambiente, os operários cumpriam uma jornada de 14 a 16 horas diárias de trabalho com retorno a um salário miserável e era comum o uso da mão de obra infantil (a partir dos 6 anos de idade) e a realização de punições físicas destinadas aos considerados indisciplinados menos produtivos.
Dessarte surgem os sindicatos, associações criadas pelos operários, que começaram a se reunir para confrontar seus empregadores e negociar melhores salários e condições de trabalho, bem como impedir que o operário fosse obrigado a aceitar o que lhe for imposto pelo empregador. As primeiras evidências de união entre trabalhadores surgiram com a quebra de máquinas fabris como forma de resistência, movimento conhecido como ludismo.
Posteriormente, o Parlamento Inglês aprovou em 1824 uma lei amplificando a livre associação aos operários, algo que antes era impossível a quem não pertencia às classes sociais dominantes. Dessa forma, começam a serem criadas organizações sindicais equivalentes aos atuais sindicatos, as intituladas trade unions. Passando então a negociar em nome do grupo de trabalhadores, as trade unions unificava a luta na busca por maiores direitos e salários.
A principal ferramenta de luta do sindicalismo tem sido a greve. A momentânea interrupção do trabalho demonstra a importância dos trabalhadores para a geração de riquezas, tal como para o próprio funcionamento da sociedade.
2.2 O sindicalismo no Brasil
No final do século XIX, a economia brasileira sofre uma grande alteração, marcada pelo término do período escravocrata e a Proclamação da República. Após séculos sendo um país onde a mão de obra era composta quase tão somente por escravos, o Brasil passou a atuar com mão de obra assalariada e a receber trabalhadores estrangeiros. Os imigrantes que chegavam possuíam conhecimentos acerca do trabalho assalariado e dos direitos trabalhalistas já conquistados em seu antigo país. Ao chegarem Brasil, a vida levada pelos trabalhadores imigrantes era precária, visto que as condições de trabalho eram deploráveis, dessa forma, rapidamente grupos de trabalhadores começaram a se organizar, formando a infraestrutura para o que se tornariam os sindicatos posteriormente. Entretanto, o movimento sindical só efetivou-se no país durante o século XX com a industrialização nacional, sendo o estado de maior ênfase neste âmbito o de São Paulo, onde a industrialização cresceu mais rapidamente. Este movimento esteve ligado a correntes ideológicas como o anarquismo, que foi a posição hegemônica no movimento operário brasileiro. Existiam também outras posições de menor influência política entre a classe como a dos socialistas, que fundaram o primeiro partido operário no país em 1890, e mais à frente, adotaram as teses da 2ª Internacional, especialmente, a comemoração do 1º de Maio como data internacional da classe trabalhadora. Dentre as citadas acima, também temos: o marxismo, o socialismo, o anarcossindicalismo, o trabalhismo vanguardista e o populismo.
Em abril de 1906, ocorreu o 1º Congresso Operário Brasileiro realizada no Rio de Janeiro, com a presença de vários sindicatos, federações, ligas e uniões operárias, principalmente do Rio e São Paulo. Foi então constituída a Confederação Operária Brasileira (COB), a primeira entidade operária nacional.
Em 1907, foram expulsos do país 132 sindicalistas. A crise de produção gerada pela Primeira Guerra Mundial e a queda frenética dos salários dos operários, caracterizou-se por uma avassaladora onda de greves entre 1917 e 1920. A greve de 1917 em São Paulo chegou a envolver 45 mil pessoas. O governo intimou as tropas do interior e 7 mil milicianos ocuparam a cidade. O ministro da Marinha enviou dois navios de guerra para o porto de Santos. A repressão sobre os trabalhadores era absoluta.
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