Plano de Estabilização Econômica
Por: MRBR • 28/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.287 Palavras (10 Páginas) • 143 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
BRUNO RAPHAEL DA SILVA ROCHA
DÉRIKE DE MELLO
GABRIEL GUARILHA DA SILVA
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA
Teresópolis – RJ
2017
BRUNO RAPHAEL DA SILVA ROCHA
DÉRIKE DE MELLO
GABRIEL GUARILHA DA SILVA
PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA
Teresópolis, 04 de Maio de 2017.
Docente: Sérgio
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho é sobre os planos de estabilização econômica, mais concretamente ele abrange desde o Plano Cruzado, que foi criado em 1986 durante o governo do José Sarney, até a PAC criado em 2007 e vem sendo utilizada pelo governo brasileiro até os dias atuais.
É objetivo deste trabalho dizer sobre cada plano de estabilização econômica brasileira da época de 80 até os dias atuais, fazendo um breve resumo sobre o assunto e tendo os planos separados em tópicos.
A metodologia utilizada para foi através de pesquisas retiradas da internet.
Plano Cruzado.
O Brasil vivia um grande estado de euforia (grandes inflações, eleições, escassez de alguns produtos...). Foi um ano conturbado, pois em 1985 havia morrido o presidente eleito Tancredo Neves. No ano de 1986, durante o governo de José Sarney, foi lançado o Plano Cruzado.
O principal objetivo do plano era conter a inflação e para isso o governo adotou diversas medidas:
- Criação de uma nova moeda, o Cruzado, que substituiu o cruzeiro. Cada cruzado era equivalente a 1000 cruzeiros.
- Congelamento dos preços de produtos e salários por um ano.
- Correção automática do salário para acompanhar a inflação.
Claro que isso provocou vários efeitos na economia do país. Nos primeiros meses houve o controle da inflação com o congelamento dos preços, porém após alguns meses começou a faltar mercadorias no mercado. Como não podiam reajustar seus preços devido ao congelamento, os empresários não colocavam seus produtos no mercado, provocando assim o desabastecimento do país.
Além disso o governo não conseguia controlar seus gastos, além de fazer o país perder grandes quantias de reserva internacional.
No final de 1986, o Plano Cruzado deixou de funcionar e a inflação voltou a crescer.
Plano Bresser.
Após o fracasso do Plano Cruzado, a inflação voltou a acelerar. Com isso houve o aumento de diversos preços e tarifas. O câmbio voltou a ter correções, assim como as aplicações financeiras. Com a perda de credibilidade do país as negociações externas se tornaram cada vez mais difíceis. Em fevereiro de 1987, Sarney declara o país em "moratória técnica" e tenta reviver o clima nacionalista aos poucos.
Bresser Pereira assume em abril e dá início a uma correção larga e acelerada de preços, visando eliminar supostas defasagens para que um novo congelamento não fracassasse. Ele diagnostica que o Cruzado pegara alguns preços e contratos no contrapé e por isso sofreu pressões muito grandes para realizar correções: como elas não eram autorizadas, as mercadorias sumiram ou criaram-se ágios. A inflação bate seu recorde histórico no mês de maio: 23,26%.
No dia 12 de junho Bresser anuncia o novo plano de estabilização, que tinha a seguinte medida:
-Congelamento po 90 dias de preços, salários e câmbios. A equipe econômica trabalhou para evitar uma valorização da moeda, o que prejudicaria as exportações.
No primeiro mês do Plano, a inflação caiu de 27,7%, em maio, para 4,5%, em agosto. O congelamento provocou perda salarial e para evitar a queda do poder de compra do trabalhador, o governo voltou a permitir reajuste de salários. O Brasil retomou as negociações com o Fundo Monetário Internacional para o pagamento dos juros da dívida e a moratória, decretada em fevereiro de 1987, foi suspensa.
Plano Verão.
O Plano Verão foi um plano de estabilização da economia brasileira instituído em 15 de janeiro de 1989, durante o governo do presidente José Sarney, tendo sido implementado pelo Ministro da Fazenda Maílson Ferreira da Nóbrega, que havia assumido o lugar de Bresser Pereira.
O Plano Verão seguiu-se ao Plano Bresser e foi o quarto plano de estabilização do governo Sarney. Assim como os planos anteriores, seu principal objetivo era o controle da inflação.
- Entre as medidas do plano estavam:
- Um novo congelamento de preços e salários.
- A criação do cruzado novo.
O plano determinou a demissão de um terço dos servidores federais contratados sem concurso nos cinco anos anteriores. Outro ponto do pacote foi a decisão de propor uma reforma administrativa, com a extinção dos ministérios da Habitação e Bem-Estar, da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, da Irrigação, da Ciência e Tecnologia e da Administração, além de órgãos federais e autarquias.
Apesar da queda inicialmente da inflação, de 70% para 3,6%, em outubro de 1989, ela atinge 36%.Assim como o Plano Bresser, o Plano Verão também gerou grandes desajustes às cadernetas de poupança, cujas perdas chegaram a 20,37%
A inflação no fim do governo Sarney é alta, mas seus efeitos sobre a economia popular são reduzidos pela manutenção do regime de correção monetária plena, que mantinha o poder de compra dos salários. Ao mesmo tempo, e como resultado do empenho pessoal de Sarney na administração da crise, não houve estagnação: os dados indicavam crescimento da economia, manutenção do emprego e recuperação da renda per capita.
Plano Collor I.
Um dia após sua posse na Presidência, em 16 de março de 1990, o então presidente Fernando Collor anunciou o Plano Brasil Novo – Plano Collor.
Tinha como objetivo, atacar a inflação em 3 frentes: redução do excesso de liquidez, corte de déficit público e desindexação.
- Tinha como suas principais medidas:
Bloqueio bancário - Foi a medida mais lembrada, na qual ocorreu o "confisco" da poupança, que bloquearia por 18 meses os valores investidos acima de NCz$ 50 mil. A logica era que tirando o dinheiro de circulação a inflação diminuiria.
Troca da moeda - O Cruzado Novo (NCz$) foi substituído pelo Cruzeiro (Cr$), com dois propósitos: permitir o bloqueio sem ferir a lei e marcar a mudança da política econômica.
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