Resenha Crítica do Livro: Discurso do Método
Por: Bianca Muniz • 19/6/2018 • Resenha • 2.087 Palavras (9 Páginas) • 1.125 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO [pic 1]
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, IMOBILIÁRIAS E ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
RESENHA CRÍTICA
DISCURSO DO MÉTODO, RENÉ DESCARTES
BIANCA FERREIRA MUNIZ
SÃO LUÍS-MA
JUNHO-2018
BIANCA FERREIRA MUNIZ [pic 2]
RESENHA CRÍTICA
DISCURSO DO MÉTODO, RENÉ DESCARTES
Trabalho elaborado pela aluna Bianca Ferreira Muniz, como avaliação parcial da disciplina Metodologia Científica Aplicada a Contabilidade, ministrada pelo professor Francisco Gilvan Lima Moreira do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Maranhão.
SÃO LUÍS-MA
JUNHO-2018
SUMÁRIO[pic 3]
1. CREDENCIAL DO AUTOR4
2. INTRODUÇÃO5
3. DISCURSO DO MÉTODO 6
4. CONCLUSÃO9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS10
DISCURSO DO MÉTODO
DESCARTES, R. Discurso do método; Tradução: Maria Ermantina Galvão. 3. Tir. São Paulo: Martin Fontes, 2001
1. CREDENCIAL DO AUTOR
René Descartes, nascido em 31 de março de 1596, foi filósofo, físico e matemático francês. Nasceu em La Haye, antiga província de Touraine hoje, Descartes. Reconhecido pelo seu trabalho, principalmente, na área da filosofia e da ciência. Além de obter prestígio pela sua atuação na matemática ao gerar a geometria analítica através da fusão entre álgebra e geometria, como também o sistema de coordenadas, conhecido como Plano Cartesiano.
Considerado o “pai da matemática moderna” e o “fundador da filosofia moderna”, a filosofia pós Descartes foi reação de suas obras, devido sua grande importância e influência da história do pensamento Ocidental, além de ter consagrado o racionalismo da Idade Moderna. Á partir deste, escreveu um tratado filosófico e matemático como única base de conhecimento, tem-se o nome de “Discurso do Método”, criada em 1637, acreditando na verdade absoluta e incontestável comprovada pelo método da dúvida, alcançada através do questionamento de ideias e teorias. Descartes faleceu em 1650, em Estocolmo, Suécia.
2. INTRODUÇÃO
O Discurso do Método é uma obra de René Descartes, de 1637, foi responsável por ser base do racionalismo da Idade Moderna, razão que na época era muito mais que incipiente, foi redigido em língua vulgar da época, ou seja, francês, visto que, no século XVII a linguagem usada era latim, voltada apenas para os doutores. Logo, deduz-se que Descartes acreditava que a razão era direito de todos.
Trata-se de um manual, escrito de forma metafórica, resultado da decisão de Descartes de colocar em dúvida todo o conhecimento que ele herdou de seus mestres, os jesuítas, que tinham um grande conhecimento sobre a filosofia escolástica. Ele postulava a inserção da razão em todas as áreas da vida humana, visto que, a apreciação racional era parâmetro pra tudo, inclusive para qualquer dogmatismo. Dessa forma, através dessa premissa revolucionária, houve problemas com a igreja, fazendo com que suas obras fossem barradas, pois, segundo a igreja obtinha-se o emprego de exercícios metafísicos em assuntos religiosos.
Descartes usa uma narrativa autobiográfica, visto que, o Discurso não é pragmático, tampouco um tratado científico ou um manual pedagógico: “Assim, o meu desígnio não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão, mas apenas mostrar de que maneira me esforcei por conduzir a minha. [...] Mas, não propondo este escrito senão como uma história, ou se o preferirdes, como uma fábula [...]”. (DESCARTES, René. Discurso do método. 3. Tir. São Paulo, 2001). Um dos objetivos é mostrar a insatisfação, e o que foi percorrido para solucionar os questionamentos obtidos, mostrando a vida particular, sobre a metafísica e do método científico.
Tais pressupostos, revelam-se á partir da frase cogito, ergo sum, “penso (duvido), logo existo”. É notório que, já que se pensa e, consequentemente duvida-se, visto que, o pensamento é uma realidade em si mesmo distante e diferente da matéria. Porém, de acordo com um conceito fundamental do século XVII, somos feitos de duas substâncias finitas: res cogita (substância pensante) e res extensa (substância que possui matéria), logo, o dualismo cartesiano evidencia que cada indivíduo reconhece a própria existência enquanto sujeito pensante.
3. O DISCURSO DO MÉTODO
Como supracitado, o discurso além de uma sintética exibição do método, ou das principais regras é, também, uma autobiografia. O texto não nos descreve como deve-se proceder para alcançar a verdade, mas como Descartes, procedeu para alcançá-la.
O discurso do método divide-se em seis partes:
A primeira parte expõe primordialmente o período educacional, disciplinas exploradas na escola bem como com os livros que teve oportunidade de ler, encontrando considerações atinentes á ciência. Estando desgastado de tal tipo de conhecimento, liberta-se dos preceptores, abdica o estudo das letras e buscar somente a ciência que poderia encontrar nele mesmo, em outras pessoas ou no resto do mundo.
Na segunda parte estão inseridas as principais regras do método, Descartes usa argumentos que exponham o caminho que será utilizado para distinguir entre o verdadeiro e o falso. Dessa forma, explica que a forma mais verdadeira está no ato de raciocinar do homem a respeito das coisas do mundo, ao invés das opiniões reunidas e contidas nos livros da ciência. Revelando a essência do cartesianismo, uma razão invariável, que se restabeleceria em sua probidade e candidez, desde que dela fosse abandonado tudo o que se refere ao ensino e à educação, o autor levou-se a rejeitar todo tipo de conhecimento proveniente de diversas opiniões, como também, foi levado a constatar que "o costume e o exemplo nos persuadem mais do que um conhecimento certo".
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