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Sistema de Acumulação de Custos

Por:   •  2/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.275 Palavras (10 Páginas)  •  802 Visualizações

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Sistema de Acumulação de Custos

Introdução

Entende-se por sistema de acumulação de custos a forma com que os custos são transferidos aos produtos ou serviços, ou seja, para formar o valor do custo de cada produto, deve-se utilizar um critério específico e coerente, de acordo com uma metodologia lógica, racional. 

Há custos que não variam ou variam quase nada de período para período, como é o exemplo de alugueis, diferente dos custos da produção que variam todo período, que aumenta ou diminuiu conforme a demanda. Em alguns casos tem empresas que produzem tipos de diferentes produtos, ou empresas que oferecem serviços variados. O que dificulta que a gestão calcule os custos de um produto ou serviço dentro destas condições, visto que o calculo depende muito da natureza do processo envolvido.

Com base nisso, dois sistemas de acumulação de custos são utilizados tanto nas fábricas como nas empresas de prestação de serviços, são eles o Custeio por Ordem e o Custeio por Processo.

Custeio por Ordem 

O custeio por ordem ou por produção é utilizada em empresas que fabricam seus produtos por encomenda, seja elas unitárias ou em lote. Sua ordem de fabricação é realizada através de encomendas de clientes, ou produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma contínua. Utiliza custeio por ordem como exemplos as indústrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, indústrias de móveis, empresas de construção civil, confecção de moda por estação climática, etc. Também sendo aplicado a empresas de serviços como escritórios de planejamento, auditoria, engenharia, consultoria, etc. 

Contabilmente a produção por ordem segue o critério de acumulação de seus custos em uma conta específica para cada encomenda. Assim, essa conta recebe todos os custos até ser encerrada a ordem, se caso terminar o período contábil e a ordem ainda não estiver terminada, não haverá encerramento, continuando os custos já ocorridos na forma de bens em elaboração, e quando realmente a ordem estiver acabada será transferida para a conta estoque de produtos acabados ou ao custo de produtos vendidos. 

A contabilização quando há danificações de materiais poderá ser realizada de duas formas, dependendo de quanto teria sido a perda. Se caso fosse uma perde de pequeno valor, seria rateado aos custos indiretos da produção do período, já se o valor for de grande valor e anormais, deverá ser considerado como custo do período. E quando há danificação de ordens indiretas, será contabilizado como baixa direta para perdas do período, sem acumulação aos novos custos de reelaboração da ordem. 

A acumulação dos custos para serem transferidas para o resultado deve ser feitas mediante a entrega, e quando houver o reconhecimento da receita. Mas quando há uma ordem de longa duração terá um tratamento diferenciado, pois se não o seu resultado só conteria despesas administrativas. Sendo assim, a contabilidade terá que fazer uma apropriação do resultado de forma parcelada durante a produção, reconhecendo parte da receita a cada período e apropriando seus custos transformados em despesas. 

Nas encomendas de médio e longo prazo, os custos deveriam ser corrigidos a cada período de acordo com a inflação para depois ser somados com o do período atual. E também ser corrigidos os adiantamentos recebidos de clientes, pois assim poderá comparar com os custos atualizados monetariamente.  

Custeio por Processo 

O Custeio por Processo, também conhecido como Produção Contínua, é um processo baseado na homogeneidade da produção ou de serviços idênticos ou similares. Por exemplo, empresas que prestam o mesmo tipo de serviço para todos os seus clientes, ou indústrias que produzem o mesmo produto em grande escala para o estoque e posteriormente vende-las. São exemplos comuns desse tipo de custeio as indústrias alimentícias. 

Nesse tipo de custeio é comum avaliar os estoques em processamento de acordo com os custos já alocados para o início de sua fabricação, com isso, se faz necessário estimar o percentual de completude dos itens em processo, e com base nesse percentual calcular á quantas unidades prontas esse estoque iniciado equivale. Por exemplo, se uma quantidade x de produtos começa a ser produzida, porém não é toda finalizada, e os produtos iniciados ficaram meio acabados, significa que essa quantidade de produtos não acabados equivale a 50% da sua quantidade, pois é o que teria sido iniciado e concluído. 

Na Produção Contínua acaba por adotar o critério PEPS (FIFO) de avaliação dos estoques, para avaliar produtos inacabados vindos de outro períodos e os produtos iniciados e acabados dentro do próprio período. 

No que se refere a contabilização dos seus custos, eles são acumulados em contas representativas das linhas de produção e só então, no fim do período, essas contas são encerradas. E quanto aos custos indiretos eles são primeiramente alocados nos departamentos para só depois serem alocados aos produtos.

Comparativo entre Custeio por Ordem e Custeio por Processo 

No custeio por ordem o desenvolvimento do produto é realizado através de especificações do cliente, já no custeio por processo o produto é realizado através de especificações do fabricante; A quantidade de produção no custeio por ordem é limitado pelo cliente e no custeio por processo a quantidade de produção é planejada pelo fabricante; Nas vendas no custeio por ordem é realizada através da procura do cliente, no custeio por processo a venda é realizada por procura do cliente ou oferta do fabricante; Na produção,  no processo por ordem os prazos de produção são geralmente médios ou longos, já na produção do processo esse prazo é geralmente curto; O estoque de produtos na produção por ordem se faz indesejável, já na produção por processo se faz necessário; A acumulação dos custos de matéria prima, mão de obra e custos indiretos de fabricação, no custeio por ordem, é por ordem de produção e na produção por processo é acumulado por departamento e em seguida aos produtos; A apuração dos custos unitários no custeio por ordem será realizado pelo custo específico, por encomenda de produção ou lote de produtos e no custeio por processo é realizado pelo custeio médio por unidade produzida no período. 

Produção Conjunta ou Custos Conjuntos

A produção conjunta ou custos conjuntos é definido pela ocorrência do aparecimento de diversos produtos a partir, normalmente, da mesma matéria-prima, como e o caso do tratamento industrial de quase todos os produtos naturais da agroindústria. (MARTINS, 2003, p. 162).  

Para Bruni & Famá (2004), a produção conjunta ocorre quando uma empresa fabrica diferentes produtos com base em um mesmo conjunto de matérias-primas, sendo comercializados diferentes tipos de coprodutos ou subprodutos.

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