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A Arte de argumentar: Gerenciando razão e emoção

Por:   •  4/6/2018  •  Seminário  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  360 Visualizações

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Aluno: Eduardo Henrique Santin Silveira                                 Turma: ME1

RA: 00214727                                                         Data: 29/05/18

Questões sobre o livro A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção, de Antônio Suárez Abreu.

1-Na argumentação o que é mais importante: gerenciar a informação ou a emoção?

2-Por que o discurso do senso comum é tão poderoso? Como os sofistas o combatiam?

3- Quais as condições necessárias à argumentação? Comente cada uma delas.

 4- Explique e exemplifique cinco técnicas argumentativas cujo uso pode ser bastante eficaz em um processo argumentativo.

5- O que são recursos de presença? Qual a função deles?

6- Relate uma situação na qual o uso de determinado lugar da argumentação serviu para que o orador re-hierarquizasse seus valores em relação aos do auditório.

7- Escolha quatro falácias não-formais, explique-as e crie exemplos diferentes daqueles presentes no livro ( um exemplo por tipo).

8-  Qual a importância das figuras retóricas para quem argumenta? Escolha quatro delas e elabore um exemplo para cada uma delas.

Respostas

1- A argumentação, como o autor explica, é a arte que envolve convencer e persuadir. Convencer está relacionado diretamente com a informação e o seu gerenciamento, ou seja, utilizar de provas concretas para demonstrar e/ou provar. Já persuasão está relacionada com a emoção, ou seja, como gerenciar a emoção do outro, para sensibiliza-lo a agir. Desse modo, para que haja uma boa argumentação, o orador deve adequar seu discurso a cada situação pois, existem momentos em que o interlocutor vai estar convencido, mas não persuadido, assim, deverá se utilizar mais da emoção; e existem momentos em que o interlocutor vai estar persuadido, mas não convencido, assim, deverá se utilizar preponderantemente do gerenciamento de informação.

2- O senso comum se faz poderoso ao passo que permeia todas as classes sócias, formando assim a opinião pública. Quando, por exemplo, há uma ideia presente desde as pessoas mais humildes até as pessoas mais bem estabelecidas economicamente pois, esse discurso, é reflexo direto da vida real. Em Atenas, os sofistas combatiam esse discurso se utilizando dos paradoxos, opiniões contrárias ao senso comum, que levava seus ouvintes ao “maravilhamento”, situação na qual o interlocutor se surpreende com comum e desconstrói pensamentos pré-estabelecidos socialmente.

3- O autor descreve quatro principais condições à argumentação, são elas: 1) possuir uma tese bem definida e saber a qual problema essa tese é resposta, ou seja, é necessário vender uma ideia ao auditório/ouvinte que satisfaça seus anseios e questionamentos; 2) a “linguagem comum” com o auditório, pois, cabe, impreterivelmente, ao orador se adequar às condições intelectuais e sociais do auditório tendo em vista que é pela comunicação que se constrói uma boa argumentação, se a comunicação estiver falha a argumentação também a será;

3) estabelecer um contato positivo com o auditório, gerenciando assim a relação que está sendo estabelecida, como por exemplo, respeitando hierarquias e agendas, desenvolver uma capacidade empática do auditório, perceber a postura corporal do outro, suas expressões faciais, como gesticula e até mesmo como se veste são importantes pontos a serem observados para estabelecer esse contato positivo; 4) por último, mas o mais importante, é agir de forma ética, assim, deve-se argumentar sempre de forma honesta e transparente para que a argumentação não se confunda com manipulação e, como reflexo, construir sua credibilidade para a plateia.

4- As técnicas argumentativas são os fundamentos que relacionam as teses de adesão inicial e a tese principal, ou seja, são técnicas que demonstram a veracidade de determinada fala e são divididas em dois grupos, os argumentos quase lógicos e os argumentos fundamentados na estrutura do real. 1) regra de Justiça, consiste em aplicar um mesmo tratamento a seres e situações idênticas para assim, tratar com equidade o mesmo, e se constrói de forma importante na argumentação pois utiliza-se de um pressuposto fundamental que é a própria Justiça; 2) retorsão, trata-se de uma réplica feita utilizando os próprios argumentos do interlocutor, essa técnica é importante pois volta o interlocutor contra ele mesmo e o desmoraliza, fazendo com que a tese do orador se sobreponha; 3) outro modo muito eficaz de desmoralizar o argumento do interlocutor é o argumento do ridículo, consiste em construir uma situação irônica que se utiliza do argumento do outro para gera conclusões ilógicas e impossíveis; 4) definições lógicas consistem em definir um conceito de modo a, primeiramente, definir seu gênero e , posteriormente, estabelecer diferenças entre ele e conceitos similares, essa técnica auxilia o orador a fixar um pressuposto como único é verdadeiro; 5) argumentação pelo exemplo, caracteriza-se em sugerir uma similaridade entre, principalmente, duas pessoas, esse tipo de técnica mostra ao interlocutor que como alguém pode fazer algo outra pessoa também pode, afinal, ambos são iguais.

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