A AÇÃO INDENIZATORIA
Por: adrielly boeira • 28/4/2022 • Trabalho acadêmico • 1.033 Palavras (5 Páginas) • 68 Visualizações
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE - MS.
RAFAEL PEREIRA, nacionalidade, profissão, estado civil, inscrito no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado na rua Avenida Centaurea, n. 532, bairro Chácara Cachoeira, na Cidade de Grande - MS, CEP…, endereço eletrônico: ..., por intermédio de seu advogado conforme procuração anexa, vem perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 966, inciso II, combinados com o artigo 144, inciso III, todos dos Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA CUMULADA COM TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA |
em face de BETA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CPNJ nº…., com sede na Rua São Roque, n 536, Centro, na cidade de São Paulo - SP, CEP …, endereço eletrônico:…., pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
DOS FATOS
A empresa de telefonia Beta realizou uma ligação ao autor oferecendo um plano pós- pago de telefonia móvel. O qual foi recusado, tendo em vista que o plano que possuía era mais satisfatório.
Alguns dias depois, Rafael foi até uma concessionária com o intuito de realizar a compra de um veículo com o preço reduzido, mediante financiamento. Contudo, teve suas expectativas frustradas ao ser informado que seu nome estava incluso na lista de maus pagadores mediante uma dívida ativa com a empresa Beta, no valor de 649,00 (seiscentos e quarenta e nove reais), vencida em setembro de 2021.
Ao receber a informação, Rafael entrou em contato com a empresa, onde foi informado que ele tinha ativado o plano naquela ligação, e estavam sendo geradas faturas desde então. Este inconveniente fato ocasionou constrangimento ao autor, pois a telefônica não apresentou uma solução ao problema, diante disso, não restou alternativa senão propor a presente demanda.
DA RELAÇÃO DE CONSUMO
Diante do caso exposto, requer o cumprimento da típica relação de consumo, uma vez que se enquadra na condição de consumidor conforme o Art. 2º do Código de defesa do consumidor. Além disso, o autor sofreu danos decorrentes da falha na prestação de serviço da empresa Beta.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
O autor ao ser impedido de realizar o financiamento de seu veículo, por causa da errônea inadimplência, sofreu vexame e humilhação na concessionária.
Assim, conforme o ato ilícito do cadastro nos órgãos de proteção ao crédito realizado pela empresa de telefonia, requer a imediata retirada do nome do autor RAFAEL PEREIRA da lista de maus pagadores.
DO DANO MORAL
Diante da inadimplência, o autor ficou extremamente envergonhado, na medida em que não conseguiu concretizar a compra de automóvel e passou constrangimento irreversível.
É de responsabilidade da empresa reparar os danos causados pela negativação ocasionada pelos erros deles. Pois, o consumidor se sentiu lesado pela falha na prestação de serviço. Ademais, por mais que não foi contratado o serviço, o autor consta como cliente para ré e estão sendo emitidas cobranças por um serviço que ele sequer utiliza.
Por conseguinte, acabou sendo prejudicado os seus direitos da personalidade da parte autora, da sua honra, reputação e bom nome, causando-lhe grande constrangimento, conforme o art. 5º, inciso V e X da CF/88, caracteriza dano moral por ato ilícito, o qual deve ser indenizado, sendo direito básico do consumidor a sua reparação.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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