A Criminalidade Feminina: Um Olhar Diferente Do Crime No Brasil
Por: karabbath • 11/6/2023 • Artigo • 830 Palavras (4 Páginas) • 74 Visualizações
CRIMINALIDADE FEMININA: UM OLHAR DIFERENTE DO CRIME NO BRASIL
RESUMO
É inegável que, quando se trata de mulher em âmbito criminal, a posição esperada é de que ela seja a vítima, visto que a veiculação de notícias que envolvam tal cenário é comum, infelizmente tão comum, que a sociedade passou a encarar de uma maneira natural. Entretanto, quando tal posição é invertida, é válida a análise do porquê isso está acontecendo, além da percepção de um novo ponto de vista também pelo lado delinquente. O artigo tem como objetivo analisar e apresentar, por intermédio de pesquisa de dados e referências bibliográficas, de forma clara e sucinta, dados e justificativas para a situação acima descrita, pois uma vez que se entende o meio em que o problema se encontra, é possível buscar alternativas para solucionar.
Palavras-chave: Criminalidade feminina; Carceragem feminina; Mulher criminosa; Presídio feminino.
INTRODUÇÃO
Mesmo com o avanço social sobre questões que envolvam a maior parte da população brasileira, formada por mulheres, que equivalem a 51,1% da fração populacional do país segundo o IBGE, é inegável a constância do crescimento da população carcerária feminina no Brasil, pois de acordo o DEPEN, Departamento Penitenciário Nacional, houve um aumento de 37% durante o intervalo entre os anos de 2014 e 2018, o que propõe uma discussão que vai além do ponto de vista tradicional, cuja mulher se encontra como um alvo de crimes relacionados a natureza sexual ou feminicídios, criando assim, a possibilidade de entender quais delitos são comuns entre o sexo feminino do ponto de vista da infratora.
Apenas no primeiro semestre de 2022, houveram cerca de 699 casos de feminicídios no Brasil, de acordo o Fórum de Segurança Pública do país, o que demonstra uma clara cultura no país em que o machismo ainda vigora, sendo protagonista na violência baseada no preconceito de gênero, que não é recíproco, visto que a maioria considerável das mulheres que estão encarceradas, derivam do crime de tráfico de drogas, o que corresponde a quase 70% de toda população carcerária feminina do país, demonstrando a clara diferença entre o grau de periculosidade entre os crimes praticados por uma mulher e por um homem, pois somente a título comparativo, o sexo masculino corresponde como autor de 91,8% de todos os homicídios que acontece no Brasil.
OBJETIVOS
O artigo tem como objetivo analisar e apresentar, por intermédio de pesquisa de dados e referências bibliográficas, de forma clara e sucinta, dados e justificativas para a situação acima descrita, pois uma vez que se entende o meio em que o problema se encontra, é possível buscar alternativas para solucionar.
Como objetivos específicos, é possível mencionar:
- Saber qual o crime mais praticado pelas mulheres;
- Entender a diferença entre delinquentes do sexo masculino e feminino;
- Conhecer os motivos que as levam a praticar crimes.
METODOLOGIA
Por meio de pesquisas feitas na internet, que englobam reportagens, conteúdos acadêmicos e dados disponibilizados por órgãos de segurança, foi possível encontrar base para indicar quais as necessidades que influenciam as mulheres a delinquirem, que vão desde condições precárias de vida, que englobam uma questão social, até necessidades que são enraizadas na sociedade cujos sintomas são sentidos apenas pelo sexo feminino, como o abandono paterno recorrente em comunidades do país, cuja situação incentiva a entrada em crimes leves, principalmente o tráfico de drogas e furtos, pois segundo a reportagem da revista Veja, no ano de 2012, houve um súbito crescimento de furtos praticados por mulheres, chegando a crescer 400%. Ao contrário de roubos praticados por homens, é incomum notar assaltos com ou sem o emprego de violência por mulheres, sendo majoritariamente o furto sua principal forma de subtrair bens de outrem, distinguindo o modus operandi entre os sexos, destacando a violência praticada pelos homens.
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