A Dama de Ferro e Normas Sociais
Por: Eduardo D'Alécio • 16/6/2016 • Trabalho acadêmico • 452 Palavras (2 Páginas) • 503 Visualizações
Trabalho de Sociologia
Eduardo Munhos D’Alécio – Turma A – Prof. Silvia – 12/05/2016
A DAMA DE FERRO E NORMAS SOCIAIS
No filme A Dama de Ferro, a personagem principal Margarett Thatcher é uma mulher que se mostra, desde o início, revolucionária. A moça, filha de donos de uma mercearia, apesar de ser simples, sempre buscou vencer na vida, se esforçando da maneira necessária para conseguir aquilo que almejava.
Margarett se via como diferente das demais mulheres pois não aceitava facilmente tudo àquilo a que a submetiam. A moça lutava para defender que a vida deve significar mais que filhos e cozinha, se referindo ao papel que a sociedade impõe de forma errônea às mulheres, que são vistas pela sociedade como donas de casa ou cuidadora dos filhos, rebaixando o potencial e capacidade do gênero.
No filme, Margarett sofre deboche por parte dos homens que detém o poder e são nacionalmente reconhecidos, enquanto não tinha alcançado ainda o poder da Grã-Bretanha. Tudo isso põe a protagonista em uma posição de minoria da população, ou seja, ela sofria preconceito por não ser vista como “gente”.
Assim que a personagem começa sua luta pela liderança de movimentos políticos, as normas sociais já aparecem no filme. Estas, que são exercidas na sociedade como normas informais e não obrigatórias, pois não estão positivadas, são criadas quando necessárias para a convivência em grupo, ou seja, é um fenômeno que ocorre com um comum acordo de um grupo ou sociedade, com a finalidade do bem-estar geral. Diferente das normas jurídicas, as normas sociais sofrem constantes mudanças, pois acompanham o momento histórico que vive a população, levando em conta a cultura, os hábitos, as necessidades e os anseios dos indivíduos.
Em A Dama de Ferro, a personagem é rodeada e pressionada por normas sociais, pois, por assumir o papel de mulher revolucionária, principalmente por ser mulher, a sociedade taxa suas opiniões e desconsidera seus atos no meio político, visto que a maioria que ocupa este cenário são homens.
Margarett decide, então, sem deixar de ser quem ela sempre foi, enfrentar os desafios e a disputa pelo poder, chegando ao cargo mais alto da Grã-Bretanha. Porém, para isso, ela passa por uma renovação de personalidade mas não de caráter, modificando seu visual, sua fala e postura, o que novamente é visto como uma norma social, pois espera-se a boa apresentação em público de uma autoridade. Enfrentando diversas crises que o país passava, com suas decisões muitas vezes contrárias aos demais ministros, mas sempre bem pensadas e com efeitos positivos para a evolução do país, Margarett ganha o apoio de grande parte da população, o que contribuiu para suas várias reeleições na liderança do país que estava sob seu comando e a que ela tanto queria o bem comum.
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