A LEI MARIA DA PENHA EM FAVOR AO GÊNERO MASCULINO
Por: Ingrid Dellatorre • 15/7/2019 • Monografia • 15.439 Palavras (62 Páginas) • 289 Visualizações
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL E ASSITENCIAL SANTA LÚCIA
FACULDADE SANTA LÚCIA
Curso de Direito
A APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA EM FAVOR DO
GÊNERO MASCULINO
Ingrid Dellatorre
Mogi Mirim
2016
Ingrid Dellatorre
A APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA EM FAVOR DO
GÊNERO MASCULINO
Trabalho apresentado à Faculdade Santa Lúcia da Associação Educacional e Assistencial Santa Lúcia, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito, sob a orientação da Professora Ms. Maria Amélia Marchesi Tudisco.
Mogi Mirim
2016
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL E ASSITENCIAL SANTA LÚCIA
FACULDADE SANTA LÚCIA
Graduação em Direito
INGRID DELLATORRE
FOLHA DE APROVAÇÃO
Membros da Comissão Julgadora da Monografia de Graduação de INGRID DELLATORRE apresenta a monografia "A APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA EM FAVOR DO GÊNERO MASCULINO”, à Faculdade Santa Lúcia da Associação Educacional e Assistencial Santa Lúcia, em 08/10/2016.
COMISSÃO JULGADORA:
Nome: Prof. Ms. Maria Amélia Marchesi Tudis
Faculdade Santa Lúcia
Nome: Prof. Ms. Tacilio Alves da Silva
Faculdade Santa Lúcia
Nome: Prof. Dr. Tânia
Faculdade Santa Lúcia
Aos meus pais, Flaviani e José Robison, ao meu noivo Rafael, ao meu padrasto Paulo e aos meus sogros Roseli e Benedito, pelo constante amor e incentivo.
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus, meu eterno provedor, a minha orientadora, Profa. Ms. Maria Amélia Marchesi Tudisco, exemplo de humildade e excelência, às funcionárias da Biblioteca da Faculdade Santa Lucia, pela ajuda e paciência e aos meus amigos que me apoiaram e me incentivaram.
Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.
Khalil Gibran
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar a possibilidade de aplicação extensiva e analógica da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha) em favor de pessoas do sexo masculino e do gênero feminino, de forma que não seja afastada, de plano, a aplicação da mencionada Lei apenas pelo sujeito passivo ser do sexo masculino. Para tanto, defende-se a análise do caso concreto, a fim de analisar a possibilidade de pessoas do sexo masculino serem consideradas a parte mais vulnerável de uma relação afetiva. Dessa forma, será analisada a possibilidade de aplicação da Lei Maria da Penha, inclusive, nas relações homoafetivas entre dois homens, pela aplicação extensiva ou pela analogia.
Palavras Chave: Maria da Penha, Lei 11.340/06, aplicação extensiva, analogia, sexo masculino, gênero feminino, relações homoafetivas, caso concreto.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
1.A LEI 11.340/2006 3
1.1 Origem, conceitos e objetivos da Lei 11.340/2006 3
1.2. O Combate da violência doméstica e o direito comparado 5
1.3. Formas de violência doméstica 5
1.4. Conclusão parcial 8
2. AS RELAÇÕES HOMOAFETIVAS E A LEI 11.340/2006 9
2.1. Os polos da ação, sujeito ativo e passivo 9
2.2. Evolução da aplicação Lei 11.340/2006 em relação aos casais homoafetivos 12
2.3. Conclusão parcial 19
3. APLICAÇÃO DA LEI 11.340/2006 EM FAVOR DO GÊNERO MASCULINO 21
3.1. Da violência doméstica praticada pela mulher contra o homem 21
3.2. Das medidas protetivas de urgência em favor do gênero masculino 30
3.3. Conclusão parcial 38
CONCLUSÃO 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42
INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva demonstrar a possibilidade de aplicação analógica e extensiva da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, em favor do gênero masculino. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa abordará discussão que passou a repercutir recentemente no mundo jurídico: se a Lei Maria da Penha pode ser aplicada ao gênero masculino.
Originalmente a Lei Maria da Penha só é aplicada em favor do sexo feminino. Porém, com a evolução social e o crescente número de casais que constituem verdadeiras famílias com pessoas do mesmo sexo, se faz necessário o estudo proposto.
Dessa forma, o primeiro capítulo apresentará a referida Lei, citando a história de sua criação, os objetivos que se pretendia alcançar com sua promulgação e a comparação da proteção a violência doméstica contra a mulher em outros países.
Será tratada, ainda a história de Maria da Penha Maia Fernandes, mulher que deu nome a mencionada Lei, haja vista que ela sofria violência praticada por seu marido, homem excessivamente ciumento e que a agredia fisicamente, fato que a deixou paraplégica.
Além disso, o primeiro capítulo irá abordar, os objetivos da referida Lei, os quais são coibir e prevenir a violência doméstica, familiar ou em relação intima de afeto contra a mulher, todos eles descritos especificadamente nos artigos 1º e 5º da Lei. Por fim serão tratadas as formas de violência no âmbito doméstico, descritas brevemente no artigo 7º do mesmo diploma legal.
No segundo capítulo será estudada a aplicação da Lei 11.340/2006 nas relações homoafetivas, analisando-se os sujeitos que podem figurar nos polos ativo e passivo da ação penal decorrente de violência doméstica. O referido capítulo tratará, por fim, da evolução da aplicação da Lei, nos casos de violência doméstica entre casais homoafetivos.
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