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A PSICOLOGIA JURÍDICA

Por:   •  27/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  483 Palavras (2 Páginas)  •  166 Visualizações

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1º) Reflexão: Interprete a seguinte afirmação

“Para a psicanálise o homem não é, mas torna-se capaz de se submeter às normas do dever ser ou normas jurídicas”

“O homem é o lobo do homem” é uma frase tornada célebre pelo filósofo inglês Thomas Hobbes, que significa que o homem é o maior inimigo do próprio homem. Partindo dessa premissa, podemos identificar a natureza selvagem escondida em todos nós.

Para a psicanálise o homem não é, mas torna-se capaz de se submeter às normas do dever ser ou normas jurídicas, ou seja, sua natureza selvagem é domesticada pela vida em sociedade. Seus instintos e seus pensamentos são amaciados, dando-lhe em troca a chance de conseguir ascender em um meio social a qual ele quer se encaixar.

Inserido nessa sociedade, aceitando o pacto social, deixando para trás a irracionalidade e tentando levar uma vida racional, o homem se molda em prol de princípios, regras e leis dos quais ele não participou na criação, e sim aceitou para conseguir viver.

A adaptação é uma das maiores habilidades dos seres humanos, com ela somos capazes de viver na selva, no mar, no gelo, no deserto e em sociedade, fortalecendo-nos e fazendo com que a qualidade de vida aumente, gerando uma troca benéfica ao homem, porque, mesmo ele estando perto de outro lobo, a domesticação social faz a paz sobrevir, e com a coletividade, ter uma progressão de vida muito maior do que a de um lobo solitário.

2°) Estabeleça uma relação entre o conteúdo das aulas e o vídeo de entrevista do Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque. Mencione como o inconsciente atuou (ou não – explique) nas condutas criminosas de Francisco.

Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, é um assassino em série da cidade de São Paulo, tendo estuprado e matado, pelo menos, seis mulheres e tentou assassinar outras nove em 1998.

Como o Maníaco do Parque consegue tal comportamento? Como um assassino consegue dormir sem pesadelos? Como, após todos seus crimes, Francisco consegue afirmar com certeza que “irá para o céu”?

Francisco era um sujeito frio e ardiloso, onde premeditava todos os seus ataques, buscando a justificativa de suas barbáries nas próprias vítimas, conseguindo, então, se distanciar do sentimento de culpa, fugindo da penitência moral a qual, em vias normais, estaria fadado a punição.

Para o assassino, devido a uma interpretação errada da realidade, os atos que praticou, são para ele, de certa forma, toleráveis. Seu consciente não consegue discernir onde está a linha entre o crime e a justiça. Seu inconsciente trabalha para saciar seus desejos tenebrosos.

Há de convir que para Francisco viver em sociedade não é viver pelas regras desta sociedade, e sim pelas regras do Maníaco. Psicologicamente, Francisco está desiquilibrado, seu único limite são suas próprias leis, as quais, inconscientemente produzidas e conscientemente seguidas apenas por ele, ao esbarrar em alguém vulnerável, serão aplicadas e, de uma maneira simples, não haverá culpa, porque seu inconsciente não permite.

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