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A Universidade no Século XXI - Primeira parte

Por:   •  25/9/2018  •  Resenha  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  251 Visualizações

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  Universidade Federal da Bahia[pic 1]

 Aluno: Eliel de Oliveira Chaves dos Santos

 Professor Carlos Eduardo

                     

                                      FICHAMENTO

               A Universidade no Século XXI - Primeira parte

Dados sobre o autor:

Boaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático Jubilado e diretor do Centro de Estudos Socais (CES) na Universidade de Coimbra (em Portugal), Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick (em Reino Unido). Atua também como Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça também na Universidade de Coimbra.

Dados sobre a obra:

A obra foi publicada em 2008 pela editora “Edições Almedina” e consta originalmente com 184 páginas. Teve como coautor Naomar de Almeida Filho, ex-reitor da Universidade Federal da Bahia, Ph.D. em Epidemiologia e Honoris Causa pela McGill University localizada no Canadá.

Do que se trata a obra:

Boaventura, nesse livro, explora minuciosamente os problemas que a universidade pública vem enfrentando ao longo dos últimos 30 anos. Após uma grande sistematização do ensino superior associada a uma expansão neoliberal no mundo durante década de 80, a universidade pública começou a sofrer com o desinvestimento do Estado em sua estrutura como um todo. Isso acabou levando a ascensão das universidades particulares que, criticado por Boaventura e combatido pelas universidades públicas, acabou se tornando apenas uma qualificadora de mão de obra rápida para adentrar-se no mercado de trabalho.

Transcrições de trechos do livro:

“A indução da crise institucional por via de crise, acentuada nos últimos anos, é um fenômeno estrutural decorrente da perda de prioridade da universidade pública entre os bens públicos produzidos pelo Estado. ”   Pag. 9

“À medida que a ciência se insere mais na sociedade, esta insere-se mais na ciência. A universidade foi criada segundo um modelo de relações unilaterais com a sociedade e é esse modelo que subjaz à sua institucionalidade actual. O conhecimento pluriversitário substitui a unilateralidade pela interactividade, uma interactividade enormemente potenciada pela revolução nas tecnologias de informação e comunicação. ” Pag. 31

Conclusão:

Isto posto, é possível concluir que Bonaparte em sua obra, é extremamente factual. Ele apresenta acontecimentos históricos reais que tiveram relação com a atual situação do ensino superior, expondo a ascensão do neoliberalismo que se globalizou e trouxe diversas alterações na forma como é vista a universidade pública diante do Estado e da Sociedade (a universidade passa ser vista como irreformável e sofre de críticas sociais após enfraquecida). Suas propostas de intervenção parecem ser bem fundamentadas, principalmente quando ele aborda sobre a transição do modelo universitário para o modelo pluriversitário, em busca do resgate da hegemonia e da legitimidade da universidade pública. Claramente a busca de um rápido e simples diploma tem sido frequente. As pessoas não buscam mais aproveitar tudo o que uma universidade, inclusive as públicas, tem para oferecer a seu corpo discente. Os estudos giram em torno do ’mercado de trabalho’ e se tornam monótonos. Isso é apenas uma das consequências da “mercadorização da universidade” (explicada por Bonaparte no seu livro) que se é enxergada até os dias atuais.

 

 

                         

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