A obra de Maquiavel, O Principe

A obra de Maquiavel, composta por 26 capítulos, apresenta uma análise dos principais pontos para se obter êxito no governo de um estado. Logo no primeiro capítulo, ele diferencia as formas de ascensão ao poder em hereditária e não-hereditária, dando exemplos de cada caso. No capítulo seguinte, ele aborda as Monarquias Hereditárias e destaca a dificuldade em se manter no poder de um estado novo, aconselhando que o governante evite ofensas aos seus súditos e que se torne estimado entre eles.

Maquiavel também analisa a queda de um soberano e como o povo tende a se levantar contra o novo governante em busca de mudanças, o que ele considera um engano. Ele defende a importância do exército e da dominação completa do território, além da exclusão do inimigo que liderava o país dominado e da aplicação da violência e crueldade para se alcançar objetivos positivos. Maquiavel ainda orienta que o governante deve avaliar sua conduta com os cidadãos e líderes estrangeiros para evitar conspirações e revoltas, escolher bons ministros e tratar com cuidado aqueles que lhe apresentam suspeitas.

Ao final da obra, Maquiavel faz um apelo à família real para adotar resoluções em prol da libertação da Itália que era dominada pelos bárbaros. Ele aborda a importância de um equilíbrio em ser amado e temido pelo povo, mas considera que ser temido é a opção mais adequada. Maquiavel diferencia o poder hereditário do adquirido, destacando a dificuldade deste último em se manter no poder e trazendo os principais pontos para que isso seja possível.

Em suma, a obra de Maquiavel é um modelo de conduta para governantes, abordando pontos positivos e negativos para se obter sucesso no mandato. Seus ensinamentos sobre estabilidade no poder ultrapassam o tempo e são objeto de estudo da ciência política até os dias atuais.

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